Leia também: Vigilantes armados nas escolas públicas poderiam ter evitado massacre como o de Suzano. Estados com argumento de “economicidade” trocam segurança armada por vigilância eletrônica; e ainda, Dracma é necessária, mas cuidados se fazem necessários para preservar empresas
Como era
Em tempos de redes sociais, falta de leitura e linchamentos virtuais, cuidados redobrados por parte das autoridades se fazem necessários. No passado recente, operações policiais tinham algemas, pausa para foto dos suspeitos e ampla divulgação das acusações, sendo que grande parte delas eram derrubadas posteriormente quando provas contradiziam as investigações. O Supremo Tribunal Federal colocou um freio e proibiu esse tipo de ação. Apesar disso, muita coisa ainda precisa mudar. Eu mesmo defendi no passado a exposição dos acusados, mas com o passar dos anos e a percepção que autoridades são passíveis de falhas graves, revi meus conceitos sobre o tema.
Atualmente
Pedir por cautela, evitar pré-julgamentos virou motivo para apedrejamento.; Mas vamos lá…
Dracma
Nesta quinta-feira, a Receita Federal, Polícia Federal e Exército deflagraram em Rondônia e outros estados a operação Dracma, que segundo a acusação investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico e fomenta a compra de narcóticos na Bolívia com os recursos que passam pelos caixas de quatro empresas de Rondônia, sediadas em Guajará-Mirim. Uma delas é a Distribuidora Coimbra, uma das maiores empresas do Estado, cuja história é conhecida por grande parte da população de Porto Velho, já que seu proprietário foi candidato a prefeito por essas bandas.
Power point
De acordo com a denúncia exposta pela polícia, “traficantes do Nordeste enviam dinheiro para pessoas físicas ou jurídicas de Rondônia que repassam esses valores para duas empresas grandes sediadas em Guajará-Mirim. Essas grandes empresas exportam produtos lícitos para importadores da Bolívia. Parte dos valores que deveriam ser repatriados são destinados à casas de câmbio na Bolívia. Essas casas de câmbio enviam dólares para traficantes estabelecidos na Bolívia. Traficantes estabelecidos na Bolívia enviam drogas para traficantes no Nordeste do Brasil”. Isso ai é o organograma da operação deflagrada nesta quinta. Trata-se de uma investigação que envolve o crime de narcotráfico, hediondo, inafiançável e inaceitável.
Tem que investigar e responsabilizar, mas…
São quatro empresas envolvidas. Além da Distribuidora Coimbra, a MS Distribuidora, Rical e Potosi Material de Construção. Devido a informações desencontradas repassadas no calor da operação, foi ventilada a Nova Era, mas ela não está no rol. Porém, por se tratar de empresas de grande porte, que empregam mais de 2 mil pessoas, é preciso ter cuidado com esse tipo de operação. A idéia geral que vai circular é a de que “todos são traficantes”, o que, salvo as primeiras impressões, não é verdade. Tanto a Receita quanto a própria Polícia Federal poderiam ter feito todo o trabalho de forma discreta.
Os prejuízos
São irreparáveis, ainda mais se ficar provado, no decurso das investigações e do processo, que alguns dos acusados nada tem a ver com o esquema. Por favor, compreenda, não estou defendendo empresário ou fazendo juízo de valor sobre a investigação, apenas observando que é ncessário ter responsabilidade quando tratamos de questões que afetam o equilíbrio econômico e social. Essas empresas serão, daqui em diante, sempre referenciadas pelo imaginário comum como “envolvidas com bandidos”. Isso, claro, se elas conseguirem se recuperar do baque, ou claro, se não for provada culpa real nas acusações, gravíssimas, repito, que estão sendo feitas.
Vergonha…
Fato que chamou a atenção nesta quinta-feira (14), foi que após dois anos o, eterno vereador Alan Queiroz (PSDB) resolveu desabafar sua frustração e definir a gestão do prefeito Hildon Chaves. Segundo nota enviada à imprensa, o parlamentar, que é correligionário e líder do prefeito na Câmara de Vereadores, afirmou que acreditava no sucesso da gestão tucana dentro da capital rondoniense, porém o que se constatou até o momento foi uma “tristeza”. “É cada ideia que eu vejo nessa gestão que eu me pergunto quem teve esse pensamento. A prefeitura tem maquinário parado que poderia produzir seu próprio asfalto e os vereadores ficam de mãos atadas para resolver os problemas dos buracos na cidade”, afirmou Alan Queiroz. Continuou e pontuou: “Uma prefeitura que não se conversa, secretários que são ilhas e fazem com que suas secretárias se tornem feudos, esquecendo que a Câmara representa o povo em uma totalidade”.
Por fim
Alan Queiroz ainda deu um ultimato à prefeitura de Porto Velho, afirmando que dentro de um período de três meses, se as secretarias não estiverem promovendo um cronograma mensal de atividades alcançando pelo menos 70% de cumprimento das metas, sairá da liderança do governo na Casa de Leis Municipal.
Quando o barato sai caro
O massacre na escola em Suzano (SP) registrado na manhã da última quarta-feira poderia ter tido um desfecho diferente se o colégio tivesse um serviço de vigilância armada, igual acontecia antes. É um serviço caro, mas inibe e atrapalha esse tipo de ação. Mas, no Brasil em nome da “economicidade” esse tipo de serviço foi sendo retirado das escolas e foram substituídos por vigilância eletrônica, que serve apenas para registrar as imagens de tragédias como a de Suzano. “Há, mas isso aí só serve pra dar dinheiro pro Expedito Júnior”. Não. Contratos são licitados e vence quem tem preço e documentos necessários (porte de armas inclusive). No caso de Suzano talvez o vigilante fosse mais uma vítima. Ou ele poderia ter reagido e impedido o massacre.
Dever do Estado
E não. Armar professores não é uma solução, como delirou o pesselista Major Olímpio. É obrigação do Estado prover a segurança dos cidadãos. Professor não vai dar aula com arma em uma mão e giz na outra. Isso só pode ser cogitado por uma mente doentia. A solução passa por vigilância armada, por portões fechados, identificação para acessar as dependências e patrulhamento no entorno das escolas.
No Diário Oficial da União
A Superintendência do Ibama na Bahia publicou nesta quinta-feira no Diário Oficial da União uma portaria que cria uma comissão de pregoeiros. Porém, no artigo 2º, por algum tipo de revolta por parte do redator, ele tascou, “essa porcaria entre em vigor na data de sua publicação”. Pois é, a porcaria está vigorando desde hoje. Tá duvidando? CLIQUE AQUI para ver a publicação oficial.
Plano de emergência
O Ministério Público do Estado disponibilizou em seu site os planos de emergência para caso de rompimento da barragem das usinas de Jirau e Santo Antônio. Os documentos foram solicitados pela coordenadora do Grupo de Trabalho Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela Coletiva, Promotora de Justiça Aidee Maria Moser Torquato Luiz, para que a população do município de Porto Velho conheça os detalhes dos Planos de Ação de Emergência das UHEs de Jirau e Santo Antônio. Para ver, CLIQUE AQUI.
Pesquisa mostra aumento da incidência de câncer de pâncreas em vários países, incluindo o Brasil
Ao analisar tendências temporais de 1973 a 2015 em 41 países, incluindo o Brasil, pesquisadores da SunYat-sen University e da Shantou University Medical College, ambas na China, observaram aumento na incidência de câncer de pâncreas em homens e mulheres na maioria dos países pesquisados. Apesar do declínio da prevalência do tabagismo, os autores apontaram outros fatores que podem estar por trás desse crescimento, entre eles, o aumento da prevalência da obesidade e do diabetes, o consumo crescente de carne vermelha e processada, a diminuição da ingesta de frutas e vegetais e o aumento do sedentarismo. Os resultados mostram que, em 2012, a maior taxa ajustada por idade de câncer de pâncreas foi observada na Europa Central e Oriental para homens (8,9/100.000 habitantes), e na América do Norte para mulheres (6,4/100.000). A menor taxa foi registrada na Ásia Central do Sul para homens (1,3/100.000) e na África Média para mulheres (0,8/100.000). A maioria das regiões apresentou disparidades entre os gêneros, com taxas maiores em homens do que em mulheres. Nos últimos dez anos foram verificadas tendências crescentes em América do Norte, Europa Ocidental e Oceania. O maior aumento na incidência de câncer pancreático se deu na França, com variação média percentual anual de 4,4% para homens e 5,4% para mulheres. A análise de coortes de nascimento revelou ainda que, entre os homens, houve aumento no risco em Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Estônia, França, Israel, Letônia, Noruega, Filipinas, Coreia do Sul, Cingapura, Espanha, Suécia, Holanda e Estados Unidos e em norte-americanos brancos. Já, entre as mulheres, o aumento foi verificado em Austrália, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, China, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Israel, Itália, Japão, Lituânia, Nova Zelândia, Noruega, Filipinas, Coreia do Sul, Cingapura, Espanha, Suécia, Suíça, Holanda, Reino Unido, Estados Unidos e em norte-americanas brancas e negras. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde, o câncer de pâncreas é o 13º tipo de câncer com maior incidência no Brasil.