No ar em “O Rico e Lázaro”, a atriz Juliana Kelling, de 30 anos, vive sua carreira como atriz de uma forma muito positivamente.
Ano passado em “A Terra Prometida”, ela aceitou o desafio de viver uma personagem que como suas características, ela teve de montar uma personalidade desprovida de qualquer vaidade e também de ter que conviver com o contraste entre a beleza da atriz e o desleixo da sua personagem, o que levava o telespectador a poder ver o trabalho da atriz em cena.
Bastante fã dos trabalhos do diretor Alexandre Avancini. Como foi poder trabalhar diretamente com ele em “Os Dez Mandamentos” e em “A Terra Prometida”?
Pra mim trabalhar com o Avancini foi a realização de um sonho, porque eu já o conhecia a um bom tempo e já tinha visto grandes obras em questão dele como diretor. Um sonho realizado, foi maravilhoso trabalhar com ele, um diretor super profissional, super calmo, muito bom no que ele faz. Então pra mim foi um presente.
Um dos papéis que te concedeu maior reconhecimento entre o público foi a Neziá. Por ser uma personagem de época, foi complicado o estudo para que pudesse construir a personagem?
A Neziá foi um presente também de Deus, da Record e do Avancini, porque foi um desafio muito grande, um desafio em que ela era feia e ela se tornava bonita, era de uma tribo, é uma personagem que é bíblica porém fazia parte ali da história. Então, eu não diria que foi complicado, mais diria que me colocou em grandes desafios, que envolviam a transformação da personagem de feia pra bonita. Foi um papel que eu só tenho gratidão, que foi um grande desafio na minha vida.
Ativa na Rede Record, como está sendo participar da sua terceira produção na casa?
Tá sendo maravilhoso! Tô na terceira novela na Record, é muito maravilhoso fazer parte do “Rico e Lázaro” sendo a Dalila, uma personagem completamente diferente da Neziá, uma personagem mais confiante no trabalho dela, porém ao mesmo tempo têm a coisa da insegurança de que queria agradar as pessoas. Tá sendo algo muito desafiador, superei muitas coisas também, objetivos, e fico muito feliz.
Como e quando foi que você decidiu que queria levar a arte como profissão?
Eu comecei desde criança, quando eu tinha 5 anos minha mãe me levou na minha primeira agência, e dali eu já comecei a fazer teatro, fiz muita publicidade e de criança eu já vi que era aquilo que eu queria pra minha vida. Eu gostava de trabalhar com câmera, com o palco, adorava o palco e o público, gostava de falar muito, conversava com as pessoas. Então vi que ali a comunicação, a atuação, o teatro e a tv já fariam parte da minha vida.
Com vasta experiência tanto no teatro como na televisão. Na sua opinião como profissão, qual é a principal diferença entre atuar no palco e na telinha?
O palco e a televisão são coisas bem diferentes pra mim, porque no palco você tá ali vendo a resposta do público na hora, tem uma resposta na hora, você também vê se sua peça tá indo bem ou não pela bilheteria, vê se aquela parte foi engraçada ou não pelas risadas. Já na televisão você precisa gravar 20 ou 15 dias antes, precisa ir pro ar e tudo mais. Porém eu acho que ambas tem o lado bom e o lado da dificuldade. Na televisão a gente tem a facilidade de chegar, ter um maquiador, cabeleireiro, figurino pronto, passado, levado, aí e você vestir, construir seu personagem e entrar em cena.
No teatro não, você têm que montar tudo, desde a pré-produção até a pós-produção. Então é você que se maquia, é você que arruma a roupa, entra no palco e improvisar caso algo dei errado. Acho que o mundo do palco e da televisão são bem diferentes, porém o trabalho do ator é o mesmo, o sentimento é o mesmo, a verdade é a mesma.
Tendo deixado São Paulo e vindo gravar a novela “Os Dez Mandamentos” aqui no Rio de Janeiro. Como foi essa mudança? Sente falta de São Paulo as vezes?
Sinto muita falta de São Paulo! Amo minha cidade e mudei pra cá já faz dois anos e meio. O Rio é muito diferente na a cultura, na vivência, o próprio estado é muito diferente de São Paulo.
Ambos também têm suas vantagens e desvantagens, me sinto mais segura em São Paulo, mais também me sinto acolhida aqui. Ganhei grandes amigos e conheci meu namorado. Foi uma cidade que me acolheu de braços abertos, mais sinto saudades de onde eu nasci, de onde é minha casa mesmo, porque hoje eu tenho meu apartamento aqui no Rio, mais minha vida era ali em São Paulo. Porém a vida é feita de mudanças, de novos desafios e eu falo que não tenho medo não.
Durante os últimos anos, você têm conquistado cada vez mais fãs pelo seu trabalho. Hoje em dia, que significado eles conquistaram na sua vida?
Pra mim, eu falo que na carreira de um ator, os fãs são grandes incentivadores. São pessoas que jogam você pra cima, pra frente, apoiam você, te tratam com carinho e amor. Eu recebo mensagens pelo Instagram tipo: “Poxa! Dalila fez tal cena, tava passando isso na minha vida e a Dalila me ajudou com que hoje eu fosse uma pessoa melhor”.
Então assim, você saber que você tá ajudando alguém, que tá podendo levar uma palavra boa ou um humor, uma risada e poder tar conhecendo pessoas que você imaginava que nunca ia conhecer. O fã aproxima você de ouvir opiniões, de mostrar o seu trabalho e de poder levar um pouquinho de alegria.
Então, o fã pra mim, eu considero família. Faço questão de responder todos e gosto de receber mensagens. Quando as pessoas vêm tirar foto, eu me sinto gratificada, tenho muita gratidão e o que eu poder fazer para os fãs e trazer-los mais pra perto de mim, eu vou fazer.
Deixe uma mensagem para terminarmos.
A mensagem que eu posso deixar é que as pessoas lutem pelo seus objetivos e principalmente que cheguem até eles sem precisar passar por cima de ninguém, e sem precisar deixar de ser você mesmo. Ter caráter, conduta e não ficar precisando se vulgarizar ou fazer alguma coisa errada pra chegar onde você quer, pois não é preciso. Colocar Deus na frente e seguir em frente, é isso aí! Essa é a frase: coloque Deus na frente e siga em frente.