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Os cinco acusados de terem participado do assassinato o agente federal penitenciário Henry Charles Gama e Silva, em abril de 2017, em Mossoró, irão a júri popular. A decisão foi do juiz federal Orlan Donato Rocha, titular da 8ª Vara Federal em Mossoró. O magistrado concordou com a denúncia do Ministério Público Federal de que o crime teve características de execução e que foi consumado em virtude da atividade profissional da vítima.
Em sua análise, o juiz Orland Donato Rocha, que manteve a prisão preventiva de três acusados, e a prisão domiciliar de outras duas acusadas pelo crime, disse que “existem indícios suficientes de envolvimento dos réus no homicídio do agente Henry Charles Gama e Silva, capazes de levá-los ao julgamento em plenário pelo Tribunal do Júri”.
De acordo com investigações policiais, a morte de Henry foi parte de um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção assassinou dois agentes penitenciários em menos de um ano; um deles sendo Henry Charles, e o outro Alex Belarmino Almeida Silva, em setembro de 2016, na cidade de Cascavel, Paraná. Foi descoberto que a facção intencionava matar dois agentes por unidade prisional, e que a morte de Henry havia sido planejada ainda em 2016, na cidade de São Paulo, por integrantes do PCC que conseguiram coletar dados sobre a vítima.
Após a descoberta do plano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Força e União, em julho de 2017, visando a desarticular o plano para matar agentes penitenciários. Cerca de 30 agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e São Paulo, além de mandados de condução coercitiva no Rio, e de prisão preventiva em São Paulo e Mossoró.
O crime
Henry Charles Gama e Silva foi morto no dia 12 de abril de 2017, enquanto estava em um bar localizado no bairro Boa Vista, em Mossoró. Quatro criminosos chegaram em um carro e atiraram contra ele.