terça-feira, 1 julho, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Molécula de bactéria marinha pode trazer avanço para tratar melanoma

18/04/2019
in Saúde

Em parceria com a Universidade da Califórnia (UC), EUA, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP descobriram que a molécula seriniquinona, capaz de matar células tumorais de melanoma, poderá também ser eficiente para tratamento de células quimiorresistentes.

Segundo a professora Letícia Lotufo, do Departamento de Farmacologia do ICB, que ajudou a descobrir os efeitos da molécula, as pesquisas atuais indicam que a seriniquinona pode se tornar uma terapia importante para pacientes que desenvolvam resistência aos tratamentos convencionais. O primeiro estudo sobre a seriniquinona foi publicado em 2014 na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

A descoberta da molécula foi liderada pelo professor William Fenical, da UC, que trabalha até hoje em colaboração com o laboratório da professora Letícia para buscar uma terapia eficiente a partir da molécula. “A seriniquinona é muito insolúvel, o que é um problema na hora de aplicá-la pois ela não se distribui no organismo. O desafio seguinte foi realizar transformações na molécula para melhorar as suas propriedades e assim poder testá-la em animais”, explica.

Atualmente, a equipe de Letícia Lotufo trabalha com uma molécula análoga, que tem características físico-químicas melhoradas e que é muito mais solúvel do que a original. Essa “nova” molécula foi testada em células tumorais resistentes – células de melanoma com mutações na proteína B-Raf que desenvolveram resistência ao tratamento com inibidores seletivos para essa proteína. Isso ocorre em cerca de 50% a 60% dos casos e, de acordo com a pesquisadora, faz com que o tratamento deixe de funcionar. Nesses casos a doença pode voltar de forma ainda mais severa.

Com esses testes, os pesquisadores descobriram que, mesmo em células tumorais resistentes, o efeito da seriniquinona não é perdido. Isso ocorre porque o seu mecanismo de ação não tem relação com a proteína B-Raf, e sim com a proteína dermicidina. “A dermicidina é responsável por promover a sobrevivência da célula tumoral, e a molécula seriniquinona inibe o seu funcionamento, provocando a morte celular”, esclarece a professora.

Fármacos de origem natural

O laboratório de Letícia Lotufo busca novas possibilidades de fármacos anticâncer dentro da biodiversidade brasileira, analisando principalmente substâncias de origem marinha. A atuação consiste em coletar bactérias de diversos pontos do litoral brasileiro e isolar as substâncias presentes nessas bactérias, para testar o seu efeito em células tumorais. No caso da seriniquinona, o próximo passo é continuar analisando o seu efeito em células resistentes a partir de testes em peles de biópsia humana e em animais, para que se possa pensar no desenvolvimento de uma terapia complementar àquelas já existentes.

 Aline Tavares/Assessoria de Comunicação do ICB

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.