Ex-governador quer acabar com concursos e estabilidade no serviço público, de quebra ainda ganhou imunidade; já o ex-deputado segue fazendo o que sempre fez, impostando a voz…
Apenas um surto explica
As eleições de 2018 foram uma grande trapalhada em vários sentidos, porém, entre erros e acertos dois nomes chamam a atenção e muitos se questionam, “de onde vieram esses votos”? Me refiro as eleições de Marcos Rogério e Confúcio Moura ao Senado. Ambos já possuíam carreira política considerada, mas daí a serem premiados com cargos na mais alta casa legislativa do país, em uma eleição que ficou marcada pelo desejo de mudança, nos faz até questionar se de fato existe alguma chance das urnas eletrônicas terem surtado. Não dá para achar uma explicação muito lógica. Segue o fio que eu explico.
Confúcio Moura
Destruiu o Estado de Rondônia em seus oitos desastrosos anos de governo. Derreteu a malha viária do Estado, teve denúncias de corrupção em todas as esferas de seu governo, inclusive contra ele mesmo, que passou cerca de 10 horas na superintendência da PF após ter sido levado coercitivamente para ‘prestar esclarecimentos’. Traiu seus companheiros de partido ao lançar-se candidato ao senado e largou o cargo em meio a uma das maiores greves da educação, e mesmo assim teve inacreditáveis 230.361 votos que garantiram sua vaga. Tudo bem que os eleitores do ‘capitão’ se atrapalharam na hora de votar no ‘candidato do 17’, mas mesmo assim, Confúcio deveria ter tido, se muito, 60 mil votos.
Fim da estabilidade
O ex-governador, e agora senador, está trabalhando duro no Senado para acabar com uma “praga” (segundo ele) que destrói o Brasil, a estabilidade no serviço público e com os concursos. Ele sempre defendeu isso abertamente, só que agora está na linha de frente para acabar com os direitos dos servidores públicos. Ninguém poderá foi ‘enganado’. Em 2018 publiquei uma postagem feita por ele em seu blog. E agora ele voltou ao ataque, em nova postagem.
E Marcos Rogério?
Foi relator do processo de cassação de Eduardo Cunha, que já era um morto-vivo. Com a voz sempre empostada, o deputado se vendeu como ‘novidade’ e conseguiu se eleger senador com incríveis 324.939 votos. Como senador, Marcos Rogério não agrega. Por enquanto tem falado sobre o óbvio. Pelo jeito, serão oito longos anos….
Assinou
O presidente da ALE, Laerte Gomes assinou nesta quinta-feira a convocação de aprovados em concurso público da Assembleia. Foi o primeiro certame em 30 anos. As provas do concurso foram aplicadas em agosto de 2018 em todo o Estado de Rondônia para mais de 35 mil inscritos. Foram ofertadas 106 vagas para os cargos de Assistente Legislativo, Analista Legislativo e Consultor Legislativo.
Perdendo a paciência
O vereador Aleks Palitot, que costuma ser uma pessoa paciente, subiu o tom de voz contra o staff do prefeito Hildon Chaves (PSDB) que não consegue resolver o transporte escolar de centenas de alunos da zona rural de Porto Velho, que desde o ano passado estão sendo prejudicados e não conseguem ir para a escola. Os pais já fizeram pelo menos três grandes protestos, com direito a bloqueio de rodovia contra a ineficiência do alcaide. Realmente vereador, o que faz essa legião de comissionados que não consegue sequer licitar um contrato de transporte…
Lampejo de racionalidade
Em dias como esta quinta-feira a gente renova a esperança que um dia o Brasil deixe de ser um hospício e voltemos à normalidade. O Congresso retirou de Sérgio Moro o COAF, que deve ficar onde está, no Ministério da Economia, e não nas mãos dos paladinos. Também está revisando o decreto das armas, de Jair Bolsonaro que deverá encolher.
Solenemente ignorado
Sérgio Moro ficou muito irritado com o decreto de armas do presidente Jair Bolsonaro. O assunto não foi debatido em nenhum momento com o ministério da Justiça. O decreto ampliou o porte de armas, a compra de munições e liberou a importação de armas. Para o ministro, vários pontos do texto são inconstitucionais. Moro não queria sequer ir à cerimônia de assinatura do decreto, informou a repórter do R7 Mariana Londres . Durante a assinatura, enquanto deputados e senadores da base aliada e da “bancada da bala” posavam ao lado de Bolsonaro fazendo “arminha com as mãos” e cumprimentando o presidente, Moro permaneceu sentado e aplaudiu, discretamente.
Aliás
Sérgio Moro está encolhendo e se não arranjar uma vaga no Supremo rápido, vai ter que arranjar uma vaga em Harvard, porque se como juiz ele era, digamos, ‘criativo’, como político é um fiasco. Sem o peso da caneta da magistratura federal, ele está vendo que na vida real precisa ter jogo de cintura, fazer concessões e ser flexível. Nesse quesito, ele está perdendo feio. Outro que também deve pular fora e não demora é Paulo Guedes, cuja missão é apenas uma, constituir o sistema de capitalização, que vai encher os cofres do sistema bancário privado e depois o ‘posto Ipiranga’ deve se voltar para seus negócios. À conferir.
Dependentes de smartphone demostram tendência de prejuízo no processo decisório
Pessoas com dependência de smartphones têm dificuldade de tomar decisões, assim como ocorre na dependência química e comportamental, aponta o estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicado em fevereiro no periódico Frontiers in psychiatry. O prejuízo se assemelha ao observado, por exemplo, em jogadores patológicos e compradores compulsivos. O Dr. Frederico Duarte Garcia, psiquiatra da UFMG, falou sobre o trabalho. O Dr. Frederico contou que em 2017 a sua equipe validou a versão brasileira do Smartphone Addicition Inventory (SPAI-BR) em uma amostra de 415 universitários entre 18 e 25 anos de idade. A ferramenta, segundo ele, se mostrou adequada para rastrear a dependência de smartphone na população analisada. Entre as principais características desse quadro estão interrupção ou redução das atividades sociais, ocupacionais e recreativas para se dedicar ao uso do aparelho celular; preocupação constante com a possibilidade de ficar sem o aparelho; e aumento da frequência e intensidade de uso. A pessoa tem dificuldade de controlar o uso do smartphone e apresenta sintomas disfóricos quando fica sem utilizar o aparelho. Atualmente, a dependência de smartphone não faz parte da 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5, sigla do inglês, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th Edition), mas, segundo o Dr. Frederico, muito provavelmente será incluída na próxima edição.