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Durante palestra em Cuiabá, a engenheira civil que liderou o primeiro acelerador de startups construtech do Brasil, Gláucia Alves, afirmou, que a maioria das empresas acaba inovando sem saber ao certo se terão resultado efetivo com a ação. Segundo ela, muitas vezes, a empresa chama de inovação algo que não gera resultado e que, portanto, não pode ter essa denominação.
“A grande maioria das empresas inova por inovar. O que vemos é que o termo “inovar” virou moda. Colocar puffs coloridos na empresa, por exemplo, não é inovação, pois não gera valor. Quando se mede o resultado da ação constata-se que não houve resultado e isso tira a credibilidade da palavra, do entendimento real do que deveria ser”, esclareceu ela, que atualmente é diretora de Inovação da Delloite Brasil.
Ela também mencionou que, no ranking mundial de inovadores, divulgado pelo Global Innovation Index 2018, o Brasil configura no 64º lugar, atrás de países como Chile, Colômbia, Uruguai, México e Costa Rica. A liderança mundial é da Suíça. O índice é formado a partir de dados de pesquisa, registro de marcas e patentes, capital humano e sofisticação de mercado, entre outros fatores.
“O Brasil é um mau inovador. Investe em inovação, mas não consegue gerar valor proporcional. Se a empresa não fomenta novas idéias, não fomenta experimentação e não entende que o erro faz parte do aprendizado, dificilmente terá uma cultura inovadora. O erro é necessário, pois se você não está errando, significa que não está inovando o suficiente”, acrescentou.
Para o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Nilton Borgato, que assistiu a palestra durante o evento ‘Building 19’, em Cuiabá, a inovação vai além da tecnologia e o governo do estado está empenhado em contribuir para estimular essa cultura no estado. Segundo ele, um dos principais investimentos do governo é a construção do Parque Tecnológico Mato Grosso.
“O empreendimento já é considerado o maior projeto estratégico para o desenvolvimento da inovação no Estado. Com o parque, as indústrias da inovação terão a possibilidade de nascer, crescer e agregar valor a outros setores econômicos. Queremos atrair empresas de base tecnológica, fomentar o empreendedorismo e a criação de startups”, afirmou ele.
Durante o evento, o coordenador do Parque Tecnológico MT, Rogério Nunes, apresentou a palestra ‘Ambientes de Inovação’ e destacou que, para a projeção de uma ação inovadora, é necessário que ambientes de inovação sejam estruturados no estado. “Dessa forma, será possível contribuir para uma inovação verdadeiramente efetiva, que permita ao empreendedor inovar com propósito de alcançar resultados em sua empresa por meio da ciência, da tecnologia e da inovação”, garantiu.
BUILDING 19
O evento, que encerrará amanhã (17), tem como objetivo discutir inovação, tecnologia e empreendedorismo nas cidades e na indústria da construção civil. Uma série de palestras com especialistas de todo o país estão sendo apresentadas, além de cases e soluções de inovação e tecnologia.
Promovido pelo HCG, o evento conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional, Univag, Fiemt, Senai, Fenabrave, Archdaily, Deloitte, Trimble, CBCA e CEBIC.
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