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Lideranças quilombolas discutem com secretário Gerson Pinheiro acordo de salvaguarda tecnológico de Alcântara (Foto: Divulgação)
Para dialogar e buscar mais informações sobre o acordo de salvaguarda tecnológico de Alcântara, firmado pelo Governo Federal com os Estados Unidos, com a finalidade de uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, recebeu lideranças do movimento negro do PDT, na quinta-feira (16), na sede da Seir.
De acordo com os termos do acordo, os americanos usarão as instalações da base de Alcântara para lançar foguetes e experimentos científicos ao espaço com tecnologia própria. A preocupação do grupo é com relação ao território do município, historicamente ocupado por comunidades quilombolas centenárias, com a soberania nacional e com o retorno econômico e social para o desenvolvimento de Alcântara. Lideranças históricas da política maranhense e dos movimentos sociais como Pedro Lago, José Raimundo Aroucha, José Raimundo Jiquiri, Iracema Amorim, José Carlos Guerreiro e Ivanildo Farias estiveram na reunião.
Ivanildo Farias destacou a importância do diálogo com o gestor da Seir. “Este encontro com o secretário Gerson Pinheiro foi muito positivo porque recebemos novas informações sobre o acordo de Alcântara e percebemos que o Governo do Estado está comprometido tanto com o acordo no que diz respeito ao desenvolvimento do Maranhão, quanto com o compromisso e defesa dos direitos dos quilombolas alcantarenses”.
Pedro Lago, militante histórico dos movimentos sociais, demonstrou preocupação com a situação dos quilombolas. “É preciso debater bem esta questão com a sociedade organizada e acima de tudo, preservar o território e todos os direitos dos nossos irmãos quilombolas”, ressaltou.
Na reunião, o secretário Gerson Pinheiro disse que o acordo de Alcântara está sendo amplamente discutido pelo Governo do Estado, universidades, parlamentares estaduais e federais e que a soberania nacional e os direitos dos quilombolas estão em primeiro lugar nesses debates.
“Este acordo preocupa a sociedade brasileira e, em especial, a maranhense e a de Alcântara e por isso mesmo está sendo debatido pelos parlamentares federais e estaduais e pelos movimentos sociais e o entendimento é que o acordo deve, obrigatoriamente, levar em consideração a soberania nacional e as comunidades quilombolas que habitam aquele território a mais de 300 anos”, frisou o secretário.
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