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A comitiva mato-grossense que está em missão aos países asiáticos participou de várias atividades em uma das maiores feiras de alimentos da China, Sial China 2019, além de reuniões e visitas técnicas a indústrias de processamento no entorno de Shanghai. A programação da semana começou com uma rodada de negócios, que foi seguida pela inauguração de um pavilhão específico para os negócios relacionados a proteína animal dentro da Sial.
O grupo, composto por representantes do governo e do setor produtivo da carne, tem o objetivo de acessar novos mercados e acompanha a delegação brasileira, que é liderada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Eles chegaram ao exterior na segunda-feira (17) e a expectativa é que fiquem até terça-feira (21), depois de passarem pelo Vietnã e Indonésia.
No começo da semana, houve uma reunião com executivos do Rabobank, uma multinacional bancária e líder global em serviços de financiamento para alimentação, agro-financiamento e sustentabilidade orientada. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, que lidera o grupo, conta que eles explicaram que os chineses têm a produção suína ameaçada pela peste e as perspectivas apontam para perda de mais de 30% do rebanho deste tipo de animal.
Para César, o fato favorece toda cadeia de proteína animal brasileira, uma vez que resultará na ampliação das exportações. Vale lembrar que no ano passado, apenas Mato Grosso comercializou US$ 143,7 milhões em carne bovina com a China. Quantia correspondente a 12% do total exportado pelo Estado. Se somado ao que foi comercializado para Hong Kong, que possui uma política diferenciada da China para importação do produto, a receita com a exportação de carne bovina foi de US$ 374,8 milhões para os dois destinos.
Desde que chegaram ao continente Asiático, os representantes do Estado se esforçam para mostrar aos importadores a qualidade da carne produzida em solo mato-grossense, bem como a interesse do governo e empresários de dar garantia ao comprador por meio de certificação.
Neste quesito, são apresentados o trabalho do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), que está finalizando a instalação de um sistema de rastreamento de animais inovador.
De acordo com o presidente do Imac, Guilherme Nolasco, com a crescente demanda de consumo de proteína animal da China, aliada à epidemia de Peste Suína que se alastra no país, o mercado de carne do país deve, a curto prazo, aumentar as compras de todas as carnes produzidas em Mato Grosso, inclusive da carne bovina. A busca chinesa por carne é grande por produtos de qualidade e não apenas por volume.
“Nesta missão tivemos a oportunidade de conversar com compradores de carne na China, conhecer o perfil dos produtos que precisam e ainda visitamos uma indústria de processamento de carne localizada próxima a Xangai e que abastece grandes mercado de e-commerce”.
Segundo Nolasco, um dos pontos positivos da missão é colocar na mesma mesa de negociação indústrias, produtores e o governo para estreitar relações e abrir mercados.
Soja
Na reunião com o Rabobank, os mato-grossenses foram tranquilizados quanto a redução da compra de soja devido ao problema no rebanho suíno chinês. Segundo os investidores, estima-se que a compra irá aumentar, uma vez que a ampliação de outras criações para subsidiar o consumo é algo certo.
Formação da comitiva
A comitiva é formada pelo titular da Sedec, César Miranda, pelo presidente do Imac, Guilherme Nolasco, e representantes de frigoríficos e produtores de carne bovina e suína. A Assembleia Legislativa é representada pelo deputado Xuxu Dal Molin.
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