Encontro tem a participação de servidores da Rede de Assistência à Saúde da SES e representantes da OPAS/OMS (Foto: Julyane Galvão).
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou, nesta segunda-feira (15), diálogo sobre as novas estratégias de atenção neonatal no Maranhão, como forma de ampliar os serviços ofertados pela Sala Cuidar – Rede de atenção às urgências e emergências obstétricas. O encontro, que acontecerá até esta terça-feira (16) no auditório da SES, conta com a presença de servidores da Rede de Assistência à Saúde da SES e representantes da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
“O foco é ouvir as experiências exitosas que a comitiva veio compartilhar conosco. Dessa maneira, faremos a seleção daquilo que está dentro da nossa realidade a fim de ampliarmos a assistência da Sala Cuidar, que atualmente está voltada para as emergências obstétricas como hipertensão e hemorragia”, disse a coordenadora do Departamento de Qualidade da Secretaria Adjunta de Assistência à Saúde (SAAS/SES), Joedilma Santos.
Entre os assuntos discutidos nos dois dias do encontro estão a “Explanação sobre os protocolos clínicos da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (MACMA)”, “Explanação sobre a Estabilização do Recém-nascido” e a apresentação e discussão dos conteúdos a serem considerados como “Protocolo Operacional Padrão dos Serviços da Sala Cuidar”.
Para a coordenadora da Unidade de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS/OMS no Brasil, Haydée Padilla, o momento é resultado do bom diálogo que tem havido desde 2016 com o Governo do Estado. “Além do apoio do governo, temos recebido suporte da Secretaria de Saúde e da sua equipe técnica e administrativa. Em toda iniciativa precisamos de três coisas: decisão política, capacitação técnica e condições mínimas de recursos financeiros e humanos. O Maranhão está apto porque possui todas elas”, destacou Padilla.
Presente no encontro a convite da OPAS/OMS, o neonatologista e professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Sérgio Marba, observou que o transporte é uma área sensível na atenção neonatal.
“O que apresentamos foram as boas práticas de assistência dada por um profissional de saúde aos recém-nascidos, que por alguma circunstância nasceu em um local que não dispõe de competência médica para cuidar dele. Mesmo em um ambiente de poucos recursos instrumentais, essa criança precisa ser estabilizada para que seja feito o transporte com segurança até a unidade de alta complexidade mais próxima”, enfatizou Marba.
A fase neonatal compreende até os primeiros 28 dias de vida do bebê. Com a ampliação dos serviços, além de garantir seguridade às mães, a Sala Cuidar também poderá prestar assistência às crianças que necessitem de apoio especial ou que nasceram fora do ambiente hospitalar.
Segundo o enfermeiro obstetra da Sala Cuidar, Tarcísio Nélio, todos os casos são administrados de forma assertiva. “Sejam os casos de hemorragia ou hipertensão, nós fazemos a condução e instrução. Paralelamente, entramos em contato direto com o profissional de saúde que está fazendo o transporte da paciente para que seja feito o monitoramento da pressão arterial e administração de medicação, enquanto é realizado o referenciamento para a unidade de saúde mais próxima”, descreveu.
Sala Cuidar
Inaugurada em abril de 2019, o serviço fica instalado na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, realizando suporte técnico e validação das conduções de situações de emergências à distância para 67 unidades de saúde de 60 municípios maranhenses. Essas unidades fazem parte das referências regionalizadas para o parto no Maranhão, hospitais que atendem demanda de outros municípios e que realizam mais de 350 partos por mês.
O serviço está disponível 24 horas através do número (98) 3245-2989, todos os dias da semana, e conta com equipe de plantonistas formada por seis enfermeiros obstetras especializados e treinados. Com a ampliação para atendimento neonatal, a Sala Cuidar engloba mais um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para 2030.
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