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Por Odir Cunha, do Centro de Memória
As circunstâncias de um calendário podem modificar as probabilidades de uma partida a tal ponto de tornar seu resultado imprevisível. Naquele sábado, 28 de agosto de 2015, o Santos recebeu o Avaí na Vila Belmiro – como fará agora neste domingo, às 16 horas – e o torcedor quase lotou o estádio, mas no fundo estava ressabiado. A prioridade era o confronto com o Corinthians, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, e temia-se que o técnico Dorival Junior escalasse uma equipe reserva.
Um alívio percorreu as arquibancadas do Urbano Caldeira quando entraram em campo os titulares Vanderlei, Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Zeca; Renato e Thiago Maia; Gabriel, Lucas Lima e Geuvânio; Ricardo Oliveira (no transcorrer da partida entrariam Leandro no lugar de Gabriel, Marquinhos Gabriel no lugar de Geuvânio e Nilson no de Ricardo Oliveira).
O Avaí, que tentava fugir das últimas posições, foi escalado por Gilson Kleina com Diego, Nino Paraíba, Jéci, Antônio Carlos e Romário (depois entraria Marrone); Adriano e Tinga (Roberto); Pablo, Néstor Camacho e Rômulo (Conrado); Léo Gamalho, que fazia sua estreia na equipe catarinense.
Naquele dia o Santos estreou um novo uniforme, cinza escuro, com gola polo, como se estivesse engalanado para uma grande festa. Em campo, a equipe mostrava a mesma volúpia de gol que costuma acompanhar suas melhores exibições. Quando está assim, nenhum adversário surfa na Vila.
Aos 10 minutos, Gabriel aproveitou a cobrança de um escanteio, pela direita, e apareceu no chamado segundo pau para empurrar para as redes. Três minutos depois, Thiago Maia carregou a bola rente à linha lateral, com o pé esquerdo, tabelou, recebeu dentro da área e bateu cruzado, com o pé direito, em um lindo gol.
Aos 28 minutos, Léo Gamalho recebeu entre os beques e chutou cruzado para vencer Vanderlei, mostrando que a situação ainda não estava definida. O primeiro tempo terminou assim, mas logo a dois minutos do segundo Ricardo Oliveira recebeu uma bola enfiada por Geuvânio, penetrou em velocidade e encheu o pé no canto direito de Diego.
Mesmo artilheiro do campeonato até ali, com 11 gols, Oliveira vinha sendo criticado por perder muitos gols e estar há três jogos sem marcar. Recentemente tinha desperdiçado dois pênaltis. Por isso, em vez de correr para o alambrado, como costumava fazer após um gol, saiu andando devagar, com aquela empáfia que às vezes adotava.
O jogo voltou a ficar à mercê dos Santos e aos 35 minutos Nilson, que substituíra Oliveira, aproveitou um rebote da defesa para marcar o quarto. Dois minutos depois, Léo Gamalho, de novo, diminuiu para 4 a 2. Mas aos 46 minutos Lucas Lima cobrou pênalti e definiu os 5 a 2 finais.
No Brasileiro o Santos ficou em sétimo lugar e Ricardo Oliveira terminou artilheiro da competição, com 20 gols. O Avaí acabou em 17º lugar e não conseguiu evitar o rebaixamento. Com ele caíram para a Série B Vasco, Goiás e Joinville. Na Copa do Brasil, o Santos ficou em segundo lugar, perdendo apenas na disputa de pênaltis para o Palmeiras, e Gabriel sagrou-se artilheiro, com oito gols.
Santos está invicto na Vila
Por Guilherme Guarche, do Centro de Memória
O Santos jamais perdeu para o Avaí na Vila Belmiro, todas elas pelo Campeonato Brasileiro. Em seis jogos, venceu três e empatou três, marcou 13 gols e sofreu sete.
No retrospecto de todos os 14 confrontos entre ambos – 11 pelo Brasileiro, dois pela Copa Sul-americana e um amistoso –, o Santos soma seis vitórias, seis empates e duas derrotas, com 24 gols a favor e 18 contra. No único amistoso, em 15 de agosto de 1972, o Alvinegro venceu por 2 a 1, com dois gols de Alcindo.
Fonte: www.santosfc.com.br/ha-quatro-anos-foi-assim
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