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O Dia Athié Jorge Coury foi celebrado na tarde desta quinta-feira (1) em frente aos bustos localizados no quarto andar da Vila Belmiro. A celebração contou com as presenças de atletas das Categorias de Base, dos Ídolos Eternos Dorval, Mengálvio e Pepe; de membros do Conselho Deliberativo, do membro do Comitê de Gestão Matheus Rodrigues, do jornalista e historiador Odir Cunha, de membros da equipe do Memorial das Conquistas e do Centro de Memória do Peixe. Esta celebração ocorreu exatamente na data de nascimento de Athié, que além de goleiro foi também um dos maiores dirigentes da história do Santos Futebol Clube, sendo certamente também uma das grandes personalidades do futebol mundial.
“Fizemos muitas excursões na grande fase do Santos FC. Em janeiro e fevereiro íamos até a América, e em maio e junho até a Europa. O Athié às vezes viajava conosco, e ele era uma pessoa muito inteligente. Um comandante. Até brincávamos com ele. Tínhamos uma grande relação, ele foi um grande dirigente. Transmitia confiança e segurança incríveis”, declarou o Ídolo Eterno Pepe.
Odir Cunha segue a linha do maior artilheiro humano da história do Peixe, ressaltando a trajetória gloriosa e a idoneidade de Athié. “Foi o presidente mais vitorioso da história do futebol brasileiro e talvez do mundo. Homem simples, afável, educado. Uma curiosidade é que Athié, além de jogador e presidente, foi vereador, deputado estadual e federal, e mesmo ocupando todos estes postos, quando morreu deixou apenas sua casa no testamento. Esse era seu único patrimônio! É uma mostra incrível de sua probidade”, disse.
Sobre Athié Jorge Coury
No dia 01 de agosto de 1904, nascia na interiorana Itú Athié Jorge Coury, que anos mais tarde teria sua vida ligada ao Santos FC como atleta. É considerado por todos os santistas como um dos maiores dirigentes. Athié se filou ao Santos no dia 09 de setembro de 1927, e seu proponente foi o então presidente Guilherme Gonçalves. Quem o trouxe para o Santos foram os dirigentes Zeca Ratto e Ricardo Pinto de Oliveira.
Athié veio do EC Sirio da capital para substituir o goleiro titular Tuffy (O Satanás Negro), que houvera sido expulso do clube naquele ano. Athié jogou defendendo o arco santista em 172 partidas durante os anos de 1927 a 1934 quando deixou a meta praiana foi substituído por Ciro Maciel Portieri (O Gato Preto).
Como político foi vereador, deputado estadual e federal sempre defendendo os interesses dos trabalhadores e também a cidade de Santos. Foi também um excelente corretor de café na cidade de Santos.
A primeira partida em que atuou como goleiro no Peixe foi no dia 09 de outubro de 1927 na vitória pelo placar de 9 a 0 diante do Corinthians FC de Santo André em partida amistosa na Vila Belmiro, com Feitiço marcando 05 gols, Siriri 03 e Camarão 1 gol, formando o time do ataque dos 100 gols com Athié; Bilú e David; Alfredo, Júlio e Hugo; Omar, Camarão, Siriri, Feitiço e Passos.
Foi durante os anos em que presidiu o Clube que o time santista conquistou as maiores glórias que um time de futebol não só no Brasil como no mundo poderia conquistar. Durante o período em que presidiu o clube, o time santista disputou 1687 partidas tendo vencido 1035 empatado 291 e perdido 361, marcando 4630 gols.
Em sua homenagem o Clube deu ao seu ginásio de esportes inaugurado no Estádio Urbano Caldeira no ano de 1950 o seu nome. Recebeu também o título de Presidente Emérito do Alvinegro. Seu falecimento ocorreu no dia 01 de dezembro de 1992.
(Foto: Ivan Storti)
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