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Por Odir Cunha,do Centro de Memória
Quando, neste sábado, Santos e Boca Juniors, as marcas mais conhecidas e respeitadas do futebol sul-americano, adentrarem o Estádio Olímpico Weifang para decidir a Weifang Cup 2019 – Torneio Internacional da China, estará em jogo não só o título desse importante torneio internacional de futebol juvenil, mas também a disputa por um mercado rico e emergente de um bilhão de torcedores.
A China está provando que ama o futebol e dará a este esporte uma nova dimensão. Mas ainda lhe faltam referências, que vem buscando nas grandes equipes do planeta, entre elas o mágico Santos e o aguerrido Boca, que já brigam fora de campo pela conquista dessa multidão de aficionados.
Como testemunha Pedro Dória, dirigente do clube encarregado de acompanhar a delegação santista, “o Santos tem mostrado um futebol vistoso, irreverente, que conquistou os chineses, enquanto o Boca é aquela equipe de muita garra que conhecemos”.
Ofensivo, como sempre, o Alvinegro Praiano marcou 19 gols e sofreu apenas três nas vitórias sobre Kashima Antlers, do Japão; Hibei Fortune, da China; Nice, da França, e Wolverhampton, da Inglaterra. O maior destaque individual tem sido o artilheiro Caio Mota.
Preferido dos chineses até aqui, o Santos contará com a maior parte dos 30 mil torcedores que lotarão o estádio. O título tem grande importância, mas a grande disputa entre Santos e Boca é pela conquista da preferência dos apaixonados chineses. Nesse particular, os jovens herdeiros de Pelé, Pepe, Coutinho, Robinho e Neymar já saíram na frente.
No retrospecto, vantagem santista
Há equilíbrio nos confrontos entre as equipes profissionais de Santos e Boca Juniors, principalmente nas decisões mais importantes, como as finais da Copa Libertadores da América. Se em 1963 o Santos ganhou no Maracanã (3 a 2) e em La Bombonera (2 a 1), em 2003 foi a vez do Boca derrotar o Alvinegro Praiano em La Bombonera (2 a 0) e no Morumbi (3 a 1). No geral, porém, a vantagem é santista.
Em 12 jogos realizados, o Santos tem seis vitórias, dois empates e quatro derrotas, marcou 24 gols e sofreu 20. No primeiro confronto, em sua estreia no Torneio Internacional Roberto Gomes Pedrosa, em 18 de março de 1956, na Vila Belmiro, o Santos perdia por 2 a 0 no primeiro tempo e virou para 3 a 2 no segundo. O Alvinegro conseguiria mais três vitórias consecutivas e conquistaria o seu primeiro torneio internacional (o troféu dessa conquista, a “Deusa Alada”, está exposta com destaque no Memorial das Conquistas da Vila Belmiro).
Em campo neutro, goleada do Santos
Na única partida entre Santos e Boca Juniors realizada em campo neutro, como o correrá agora na China, o Alvinegro Praiano venceu por 3 a 0, em Caracas. Disputado em 25 de agosto de 1971, no Estádio Olímpico de Caracas, o jogo mostrou amplo domínio do Santos, que bateu o então bicampeão argentino com gols de Nenê, Pelé e Laírton.
Orientado pelo técnico Mauro Ramos de Oliveira, o time brasileiro mais conhecido no mundo jogou com Joel Mendes, Lima, Paulo, Oderdan e Rildo; Léo Oliveira (Orlando) e Nenê (Fito); Davi (Douglas), Laírton, Pelé (Manoel Maria) e Edu.
Fonte: www.santosfc.com.br/a-disputa-por-um-bilhao-de-torcedores
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