DownloadDivulgação/Fundação Itesp
Uma técnica diferenciada fornecida pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) demonstra resultados positivos no campo. Produtores estão intensificando o uso do mulching nos canteiros e estão obtendo ganhos expressivos no cultivo. Trata-se da tecnologia de cobertura com um filme plástico de espessura fina e de baixo custo, que protege o solo e o sistema radicular das plantas, utilizado para fazer o revestimento da área do plantio.
Antonio Goes e a esposa, Cecília Pereira da Silva, colhem bons resultados por meio a técnica de mulching no Assentamento Cachoeira do Estreito, no município Teodoro Sampaio. A tecnologia começou em 2019 no lote, logo depois que perceberam que as altas temperaturas estavam prejudicando as plantações e o trabalho não estava rendendo o que a família esperava.
Antonio fez questão de ressaltar que a diferença com a técnica é muito grande, principalmente na questão do tempo. “Sem o plástico a dedicação na horta era muito maior, pois tinha que mexer no canteiro, capinar, a adubação era mais constante, fora os insetos que com o uso plástico diminuiu”, conta.
Ele diz ainda que a técnica tornou mais ágil o cultivo, permitiu o aumento da produção e também trabalhar com mais culturas. “Apesar de ainda estarmos em fase de teste e consertando alguns erros, é possível notar a qualidade dos produtos que antes conseguíamos só com muita adubação”, explica o produtor.
Atualmente, o casal comercializa os seus produtos cultivados em mulching nas feiras e na venda dentro da cidade via delivery. “A qualidade do nosso produto aumentou, hoje recebemos vários elogios nas feiras e ficamos satisfeitos que essa tecnologia”, conclui.
Assistência técnica
Todo o trabalho está dentro das atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) da Fundação Itesp, que visa levar desenvolvimento, geração de renda e emprego no campo. O objetivo é fazer com que o produtor rural obtenha excelentes resultados, tenha acesso ao mercado e uma renda familiar melhor.
Segundo o técnico da Fundação Itesp Antonio Mendonça, o uso do mulching ocorreu também pela observação e necessidade de produção de hortaliças principalmente no verão. “Na região do Pontal do Paranapanema, as temperaturas elevadas prejudicam em demasia a produtividade. No caso do produtor em questão, a tecnologia está sendo positiva, pois os produtos ficaram melhores, a produtividade aumentou, a mão de obra diminuiu, e as pragas e doenças inerentes a atividade também diminuíram”, avalia.
Ainda de acordo com o técnico, a utilização do mulching combate e previne o crescimento de ervas daninha; reduz a perda de água do solo; faz o controle de microclima; diminui pragas e infestações diversas; controla a temperatura do solo; faz a proteção do solo contra geadas ou outros fatores climáticos; protege do contato direto da produção com o solo; é eficaz no uso de água na irrigação; faz a manutenção de nutrientes e reduz mão de obra no controle de ervas daninhas.
“Estamos atingindo os nossos objetivos. Primeiro identificamos as necessidades do produtor, em seguida apresentamos a técnica do mulching, aplicamos e estamos vendo que o resultado está sendo positivo. Nesse momento de pandemia fizemos o atendimento online para que o produtor não tivesse perda na produtividade, estamos felizes e confiantes que essa inovação pode render bons frutos”, completou.