O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (19) a ampliação da testagem para COVID-19. Essa nova etapa prevê a realização de 233,7 mil exames, que serão realizados prioritariamente em populações vulneráveis, dentre elas indígenas e idosos em abrigos, além de categorias do funcionalismo público como profissionais do sistema penitenciário.
“Massificar a testagem é uma das maneiras mais eficientes de combater a disseminação do vírus”, disse Doria.
Os projetos-pilotos são coordenados pelo Instituto Butantan, responsável pela Plataforma de Laboratórios de Diagnóstico de Coronavírus no Estado de São Paulo, em parceria com o Centro Paula Souza e as Secretarias de Desenvolvimento Social, Administração Penitenciária, Saúde, Habitação e Direitos da Pessoa com Deficiência.
Serão aplicados predominantemente testes rápidos sorológicos do tipo IgM/IgG, que identificam se a pessoa já teve contato com o coronavírus. Para aqueles que apresentam sintomas ou tiveram contato com pacientes confirmados para COVID-19 o exame indicado é o de RT-PCR, que aponta a presença do material genético (RNA) do vírus.
A Plataforma de Laboratórios coordenada pelo Instituto Butantan já processou 225,4 mil exames para COVID-19, dos quais 130 mil do tipo PCR e 95,4 mil rápidos.
Segurança Pública e Sistema Penitenciário
Os testes para profissionais de segurança pública e seus familiares no interior, litoral e Grande São Paulo foram iniciados na última quarta-feira, 17 de junho, com duração prevista de 12 dias. Ao todo, 101,2 mil pessoas deverão ser testadas. Na Capital, já foram aplicados 71,3 mil em 20 centros da Polícia Militar.
No sistema prisional, a testagem será feita prioritariamente nas unidades onde houver casos suspeitos/confirmados e deve ser realizada na própria unidade. Posteriormente, será estabelecido um cronograma da aplicação, considerando-se dados técnicos do mapeamento dos pontos onde a necessidade da testagem se apresentar mais urgente. Os testes deverão chegar às 176 unidades prisionais do Estado.
Na Fundação Casa, os testes envolvem inicialmente quatro centros da instituição, com a aplicação de 255 exames.
Saúde
Na área da saúde, o piloto desenvolvido pelo Butantan prevê a testagem de 2 mil funcionários do Samu na cidade de São Paulo a partir de 22 de junho e outros 12 mil no município de Ribeirão Preto, que já foram iniciados pelo Hospital das Clínicas da USP local.
População vulnerável
Foi iniciada, nesta semana, testagem na população indígena da Aldeia Filhos Dessa Terra, em Guarulhos, onde um caso positivo havia sido confirmado.
Também será realizada testagem piloto em 18 casas de longa permanência para idosos na cidade de Francisco Morato.
Já em relação à aplicação de exames em comunidades, eles têm início em São Remo, localizado no bairro do Rio Pequeno, zona oeste da capital.