DownloadDivulgação/Unesp/Reprodução/Google Meet
No âmbito do iNOVAGrad, programa que estimula a inovação no ensino de graduação, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) oferecerá a todos os professores da instituição uma formação para ajudar na ambientação das tecnologias digitais de apoio ao ensino e à aprendizagem que estão sendo aplicadas nas aulas online durante as medidas restritivas que vigoram desde março no setor educacional em razão da pandemia de COVID-19.
Nesta quarta-feira (17), a pró-reitora de graduação, professora Gladis Massini-Cagliari, mediou um encontro virtual que marcou o pré-lançamento do projeto de formação, que será realizado pela consultoria Nuvem Mestra, especializada nesse tipo de capacitação.
Participaram desse primeiro encontro, via Google Meet, 160 pessoas, entre coordenadores dos cursos de graduação, diretores de Unidades, integrantes da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e coordenadores do Instituto de Educação e Pesquisa em Práticas Pedagógicas da Unesp (IEP³), além de docentes do Instituto de Química do campus de Araraquara, primeira unidade universitária que se organizou para o início da formação docente.
O lançamento para todos os docentes da Unesp será realizado na próxima segunda-feira (22), às 15h. A partir da próxima semana, as inscrições para a formação docente estarão abertas a todos os professores, de todas as unidades universitárias.
Atendimento
O projeto estará focado nas ferramentas do GSuite for Education, disponíveis para a comunidade da Unesp por meio do acordo firmado em 2018 com a Google, e oferecerá a possibilidade de atendimento permanente até setembro para os professores, por meio de chat, e-mail e encontros virtuais agendados, além de reuniões temáticas periódicas para aproximar os docentes das tecnologias digitais que apoiam o ensino remoto.
“Em razão do momento adverso que vivemos com a pandemia e da necessidade do ensino remoto por um período mais prolongado, decidimos realizar esta formação no universo do iNOVAGrad para apoiar todos os nossos professores e, para fazer isso na escala de que precisamos, contratamos esta consultoria. Assim, viabilizamos, de forma rápida, uma forma de apoio que se mostrava necessária para os docentes”, afirma a pró-reitora de graduação da universidade, professora Gladis Massini-Cagliari, ao Portal da Unesp.
Nesse trabalho de assistência viabilizado pelo processo formativo, os professores terão oportunidade, por exemplo, de solicitar o “ensalamento” de suas disciplinas. Ou seja, incluir os alunos em uma sala virtual criada para a disciplina, na qual ele poderá inserir os conteúdos preparados para as aulas.
Esse processo de criação de salas, importante para a comunicação com os estudantes no ensino remoto, será feito de acordo com a demanda dos docentes, que, ao receberem as salas já prontas, poderão dedicar seu tempo às atividades pedagógicas essenciais.
“Outra vantagem da formação é que o docente poderá realizá-la no tempo dele, com atividades assíncronas, embora estejam também previstas discussões temáticas síncronas. É uma maneira de aperfeiçoar as habilidades docentes na plataforma digital”, afirma Gladis Massini-Cagliari.
Processo formativo
A Unesp mantém de 85% a 90% das unidades com aulas remotas na graduação e na pós-graduação no primeiro semestre e já está definido que iniciará o segundo semestre também com ensino remoto, podendo evoluir para híbrido –aulas remotas e presenciais. “Uma das poucas certezas que temos no momento é que não voltaremos às aulas 100% presenciais até o fim de 2020. Daí a importância do processo formativo”, diz a pró-reitora de graduação.
A Pró-Reitoria de Graduação promoveu no início desta semana uma série de encontros com os coordenadores de todos os cursos de graduação da Unesp para abordar questões relativas à reprogramação do calendário escolar no contexto da pandemia de COVID-19. A ideia é priorizar, neste momento, as disciplinas teóricas e teórico-práticas.
“A adoção de estratégias remotas de ensino-aprendizagem é a alternativa possível para manter os vínculos acadêmicos e os professores estão se esforçando muito nesse sentido, mostrando versatilidade e grande capacidade de diálogo com os alunos e conseguindo se reinventar a partir de uma situação adversa”, diz a professora Gladis Massini-Cagliari.
A formação dos próximos meses permitirá reunir grupos de docentes de uma mesma unidade ou de uma mesma área de atuação. O percurso, no entanto, é individual.
“Precisamos apoiar os professores porque eles não são nativos digitais. Vamos trabalhando conteúdos teóricos de forma remota e aguardando o momento mais adequado para fazer as atividades presenciais”, afirma o reitor da universidade, professor Sandro Roberto Valentini, ao Portal da Unesp.
O plano de retomada das atividades presenciais enviado às unidades pelo Comitê Unesp COVID-19 em 12 de junho prevê o retorno gradual às atividades presenciais, em cinco fases, e indica que as tecnologias digitais serão importantes “estratégias para se alcançar o necessário distanciamento social” exigido pela situação de emergência em saúde pública.