No estado de São Paulo, escolas localizadas em regiões há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo e que foram autorizadas pelo município podem retornar com atividades de reforço e acolhimento. Para a retomada ocorrer de forma segura, a Secretaria de Educação do Estado estabeleceu normas para o funcionamento das unidades.
Veja também Guia de prevenção sobre o novo coronavírus Plano São Paulo: balanços e protocolos para retomada As medidas adotadas pelo Governo de SP para o combate ao coronavírus
O retorno gradual começou a valer na terça-feira (8) e não é obrigatório. Os municípios também têm autonomia de interferir no calendário, embasados por dados epidemiológicos de suas regiões. A Secretaria da Educação preparou materiais com respostas às dúvidas mais comuns:
– De pais, responsáveis e alunos
As escolas estaduais que retornarem podem receber, no máximo, 20% dos alunos por dia, independente da etapa do ensino. As unidades das redes municipais e particulares devem seguir o decreto do Governo do Estado que prevê o limite de 35% para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, e 20% para anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Todas as unidades também ficam autorizadas a funcionar em horário reduzido.
Dentro da escola é obrigatório usar máscara e cumprir o distanciamento mínimo de 1,5 metro. A higienização das mãos com água, sabão e álcool em gel deve ser constante. As escolas, além dos produtos de higiene, também disponibilizarão máscaras de tecido para servidores e alunos, protetores de face (faceshield) para servidores e termômetros para aferição de temperatura antes da entrada.
Outras medidas de segurança a serem adotadas nas escolas: – Higienização das salas de aula antes de cada turno; – Higienização dos banheiros e cada 3 horas e na abertura e fechamento unidade; – Marcação do distanciamento nos pisos; – Estudantes não podem compartilhar objetos e materiais; – Cada estudante deve ter seu próprio copo ou garrafa, caso não os possua deverá utilizar copos descartáveis. – Evitar que pais, responsáveis ou qualquer outra pessoa de fora entre na escola; – Os intervalos ou recreios com turmas fixas em revezamento de horários; – Priorizar na merenda alimento que não necessitem de manipulação para o consumo; – Eventos que causem aglomeração estão proibidos; – Organizar saída e entrada para evitar aglomerações preferencialmente fora do horário de pico do transporte público.
Cuidados no transporte escolar: – Alunos e servidores devem usar máscaras de tecido no transporte e por todo o percurso; – Veículos do transporte escolar deverão intercalar um assento ocupado e um livre, orientar os alunos a não tocarem nos bancos, portas e janelas e disponibilizar álcool em gel 70% para higienização das mãos; – Janelas devem permanecer semiabertas para circulação de ar – Veículos do transporte escolar deverão ser higienizados entre uma viagem e outra
Recomendações
A Secretaria também recomenda que, em determinadas condições, servidores ou alunos não retornem presencialmente. Não devem ir à escola o servidor ou aluno que:
– Teve um ou mais dos seguintes sintomas: febre (medida ou referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos (perda do olfato), distúrbios gustativos (perda do paladar), diarreia e dor no corpo – Teve contato nos últimos 14 dias com alguém que testou positivo para COVID-19 (ficou a menos de 1 metro de distância por ao menos 15 minutos); – Teve sintomas de gripe.
Em alguma dessas situações acima, a recomendação é para procurar a unidade de saúde mais próxima.
Pessoas do grupo de risco também não devem ir à escola e permanecer em isolamento social. São considerados grupo de risco:
– Pessoas com 60 anos ou mais; – Portadores de comorbidades, Diabetes tipo 1, Hipertensão Arterial (Pressão alta), Insuficiência cardíaca grave ou descompensada, Doença pulmonar crônica ou asma moderada a grave, Doença renal crônica (com necessidade de realização de hemodiálise), Hepatopatias (doenças do fígado); – Uso de medicamentos imunossupressores; – Uso de medicamentos imunobiológicos; – Pacientes imunodeprimidos; – Câncer em tratamento; – Obesidade mórbida (IMC> 40); – Gestantes; – Portador de doença cromossômica.