sábado, 10 maio, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Plástico para proteção de superfícies inativa o novo coronavírus por contato | São Paulo

15/09/2020
in São Paulo

DownloadDivulgação/Agência Fapespimagem16-09-2020-02-09-27Em testes em laboratório, material com micropartículas de prata e sílica demonstrou ser capaz de eliminar 99,84% de partículas do SARS-CoV-2 após dois minutos de exposição

Um filme plástico adesivo para proteção de superfícies, como maçanetas, corrimãos, botões de elevadores e telas sensíveis ao toque, é capaz de inativar o novo coronavírus por contato. Lançado pela indústria Promaflex, o material possui micropartículas de prata e sílica incorporadas à estrutura, desenvolvidas pela empresa paulista Nanox, apoiada pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Em testes feitos no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), o material à base de polietileno demonstrou ser capaz de eliminar 99,84% de partículas do SARS-CoV-2 após dois minutos de contato.

“A norma técnica de medição da atividade antiviral em plásticos e outras superfícies não porosa, a ISO 21702, estabelece que o material tem que demonstrar essa ação em até quatro horas. O filme plástico com o aditivo mostrou ser capaz de atingir essa meta em um prazo muito menor e a ação virucida aumentou com o tempo”, diz à Agência Fapesp Lucio Freitas Junior, pesquisador do ICB-USP.

Metodologia

Para testar a ação virucida do filme plástico adesivo contra o novo coronavírus, foram realizados ensaios seguindo a norma ISO 21702:2019. As amostras do material com e sem micropartículas de prata e sílica incorporadas na estrutura foram mantidas em contato direto com o SARS-CoV-2 em intervalos de tempo diferentes.

Após os períodos estipulados, os coronavírus presentes nas amostras do material foram recolhidos e colocados em contato com células Vero – linhagem de células comumente utilizadas em culturas microbiológicas, sintetizadas a partir de células isoladas dos rins de uma espécie de macaco – para permitir avaliar a capacidade de infecção e multiplicação após a exposição ao filme plástico.

Os resultados das análises por quantificação do material genético viral por PCR indicaram uma redução de quase 100% das cópias do SARS-CoV-2 que entraram em contato com amostras do filme adesivo com as micropartículas de prata e sílica incorporadas após dois minutos de exposição ao material.

“Como as micropartículas de prata e sílica são adicionadas na massa do plástico durante a produção, a ação antimicrobiana permanece durante toda a vida útil do material”, afirma Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox, à Agência Fapesp.

A fabricante do filme plástico com o aditivo recomenda, porém, o uso por até três meses para evitar o desgaste do material por contato excessivo.

Máscara protetora

O filme adesivo é o segundo material plástico com micropartículas de prata e sílica comercializado pela Nanox para proteger contra a COVID-19 a chegar ao mercado.

Em parceria com a fabricante de brinquedos Elka, a empresa paulista desenvolveu uma máscara reutilizável, feita com um plástico flexível (termoplástico) e o aditivo aplicado na superfície, que promete conferir maior proteção contra o novo coronavírus.

No início de agosto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro do produto como uma máscara do tipo PFF2, permitindo o uso como equipamento de proteção individual (EPI).

“A empresa obteve os laudos do filtro usado na máscara de acordo com a NBR 13698 [norma que estabelece os requisitos para as peças semifaciais filtrantes para as partículas utilizadas como equipamentos de proteção respiratória do tipo purificador de ar não motorizado] e o registro da máscara como um EPI”, diz Simões.

As micropartículas de prata e sílica também foram aplicadas na superfície de tecido para o desenvolvimento de roupas anti-COVID-19. Em testes em laboratório, o material com o aditivo demonstrou ser capaz de inativar o SARS-CoV-2 também após dois minutos de contato.

Modelo de negócio

O aditivo tem sido utilizado em roupas e tecidos fabricados por empresas como a Santista, o grupo Malwee e a Cedro Têxtil, entre diversas outras, mediante contrato de licenciamento da marca Nanox.

“O case do tecido foi disruptivo para nós. Mudamos um pouco nosso modelo de negócio e começamos, além de vender o aditivo, a fazer contratos de licenciamento de uso da marca. Em alguns casos, passamos a ganhar royalties pelo uso da marca”, afirmou Simões.

Em tecidos, as micropartículas de prata e sílica são impregnadas na superfície por meio de um processo de imersão, seguido de secagem e fixação, chamado pad-dry-cure.

Como é um revestimento, à medida que o tecido é lavado o material vai se desprendendo. “Mas fizemos testes de tecidos com o material que foram excessivamente lavados e constatamos que não perderam a eficácia”, salienta Freitas Junior.

Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/plastico-para-protecao-de-superficies-inativa-o-novo-coronavirus-por-contato

Compartilhe isso:

  • WhatsApp
  • Imprimir
  • Tweet
  • Telegram
  • Threads

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.