A vacina contra a covid-19 da farmacêutica americana Pfizer e do laboratório alemão BioNTech teve o uso aprovado no Reino Unido “sem omitir procedimentos”, destacou nesta quarta-feira (2) o órgão regulador britânico.
O Reino Unido é o primeiro país do mundo a aprovar esta vacina, que demonstrou 95% de proteção para todos os grupos da população, de jovens a idosos, e que começará a ser aplicada na semana que vem.
Ao explicar o processo que levou à aprovação, a diretora da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês), June Raine, deixou claro que nada foi omitido ao “avaliar a segurança” da vacina e que foram cumpridos “os rigorosos níveis de segurança”.
“A segurança da população sempre terá prioridade. Esta recomendação foi dada pela MHRA após a mais rigorosa avaliação científica de cada dado”, ressaltou Raine em entrevista coletiva virtual em Downing Street. A vacina “atende a padrões rigorosos de segurança, eficácia e qualidade”, acrescentou.
Raine observou que centenas de milhares de dados foram avaliados e que diferentes grupos de especialistas, incluindo cientistas e médicos, trabalharam em paralelo para agilizar a aprovação.
Idosos são os primeiros na fila
Wei Shen Lim, presidente do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização, que assessora o governo, disse que a vacina é “segura” e “eficaz” e que os grupos mais vulneráveis serão os primeiros a serem vacinados.
Ao comentar o assunto, listou um total de nove grupos aos quais será dada prioridade para doses. Os primeiros serão os idosos que vivem em asilos e os pessoal que trabalham nesses estabelecimentos.
Na sequência, a prioridade será de todos com mais de 80 anos de idade e profissionais de saúde, enquanto o terceiro grupo será das pessoas com idade acima de 75 anos, seguidos por aqueles com mais de 70 anos.
Em quinto lugar, aqueles com 65 anos ou mais. Em sexto, pessoas com idade entre 16 e 64 anos com problemas de saúde anteriores e em risco de Covid-19.
Depois, o sétimo lugar será reservado para os maiores de 60 anos, seguido pelos maiores de 55, enquanto o nono lugar contempla os maiores de 50 anos.
Raine acrescentou que os reguladores responderam à situação nacional causada pela pandemia, mas que os padrões internacionais de segurança foram seguidos em todos os momentos. Esta vacina contra o coronavírus requer duas doses, com um intervalo de quase um mês entre elas.
De acordo com os reguladores, a vacina será eficaz sete dias após uma pessoa receber a segunda dose, embora haja alguma proteção 12 dias após a primeira dose. Os reguladores também explicaram que a segurança do processo de vacinação será monitorada em todos os momentos.
O Reino Unido, que encomendou 40 milhões de doses da vacina, tem 50 hospitais prontos para iniciarem a vacinação.
Fonte: R7