Ramira Gomes da Silva, de 22 anos, presa no dia 18 de maio em Porto Velho, acusada de matar o menino Brian, de apenas quatro meses, confessou que assassinou o próprio filho e cortou seus braços e pernas para seguir com um relacionamento. Em depoimento, ela deu detalhes de como, de forma cruel, cometeu o homicídio e também como foi a sua fuga.
A mulher alegou, em depoimento, que matou a criança para seguir com um relacionamento. A investigada tem outro filho, que é criado pelos avós paternos. Natural do estado do Acre, ela morava em Sorriso desde fevereiro deste ano.
Ao delegado José Getúlio Daniel, ela disse que após matar e esquartejar o menor, foi a um supermercado onde comprou produtos como bicarbonato de sódio, álcool e água sanitária, que usou para terminar de limpar a cozinha. Depois disso, ela descansou na varanda da casa e à tarde foi ao dentista, seguindo depois para a rodoviária, onde consultou horários de ônibus.
Por volta da meia noite, após arrumar as malas, foi até a rodoviária, onde comprou uma passagem para Cuiabá. Na Capital, ela chegou no sábado de manhã e conseguiu comprar outra passagem, desta vez para Porto Velho, embarcando por volta das 10h. No domingo à tarde, chegou à capital de Rondônia.
Ela dormiu na rodoviária e na manhã da segunda-feira, 17 de maio, comprou uma passagem de barco a fim de seguir até Manaus. Ainda na segunda-feira, informou que recebeu mensagem de uma familiar pedindo explicações e falando que a Polícia Civil havia localizado o corpo do bebê.
Em seguida, Ramira foi para a barca, permanecendo no local até o momento em que foi presa, na manhã da terça-feira, por policiais civis de Porto Velho.
Crueldade
O bebê foi morto na sexta-feira, 14 de maio, por volta das duas horas da madrugada. Em depoimento ao delegado José Getúlio, na segunda-feira (24), ela confessou que matou o filho sufocando-o enquanto ele dormia em um carrinho de bebê.
Ramira conta que fez uma primeira tentativa pressionando um travesseiro contra a cabeça do pequeno para asfixia-lo, mas depois de um minuto notou que ele estava vivo, respirava e chorava.
Ainda de acordo com o depoimento, a investigada relatou que fez novamente o mesmo movimento para asfixiar o bebê, pressionando o travesseiro com mais força sobre a cabeça por aproximadamente três minutos e que não ouviu nenhum barulho, pois alegou que estava agitada com a situação.
Após esse tempo, ela o pegou no colo e constatou que ele não estava respirando e não tinha nenhum outro movimento. Depois de ir ao banheiro, ela pegou o corpo do bebê e o colocou na pia da cozinha, onde cortou braços e pernas, a fim de facilitar a ocultação do cadáver.
Em seguida, colocou os membros do filho dentro de duas latas de bebida láctea, embalou-as em sacos de lixo e depositou na lixeira. O restante da vítima foi enterrado em uma cova rasa, no quintal da casa.
O delegado José Getúlio concluiu o inquérito nesta terça-feira, com o indiciamento da investigada por homicídio qualificado (meio cruel, motivo torpe, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima) e ocultação de cadáver. A Polícia Civil segue a investigação para apurar se há envolvimento de terceiros no crime.
Por Wesley Santiago
Fonte:Olhar direto