O Ministério Público em Santa Cruz do Sul denunciou na quinta-feira, 21 de julho, um homem de 69 anos por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), perseguição e violação de domicílio cometidos contra sua ex-companheira. Conforme o promotor de Justiça Flávio Eduardo de Lima Passos, no dia 8 de julho de 2022, o acusado foi até o trabalho dela e esperou escondido. Quando a vítima, de 61 anos, saiu do local, o homem se aproximou e, inconformado com o fim da relação e a negativa para reatar, efetuou disparos de arma de fogo, matando-a. O assassinato foi cometido contra mulher por razões da condição de sexo feminino, o que caracteriza feminicídio.
De acordo com o promotor, o homem vinha perseguindo ela “ameaçando-lhe a integridade física e psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção, bem como invadindo e perturbando sua esfera de liberdade e privacidade” desde janeiro deste ano. Neste período, o acusado deslocou inúmeras vezes até a residência da ex-companheira para vê-la dormindo, observando os momentos em que chegava e saia de casa. Inclusive, jogava-se em frente ao carro conduzido por ela, fazia menção de agredi-la e encaminhava diversas mensagens por meio de aplicativos de bate-papo. Além disso, em diversos dias e horários, o denunciado entrou e permaneceu clandestinamente na residência da vítima, configurando violação de domicílio.