Queda de preços pode ser oportunidade para ingressar na renda variável
À primeira vista, a renda variável pode não parecer atrativa para quem deseja começar a investir. A alta da taxa básica de juros Selic, fixada em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), tem favorecido a rentabilidade dos títulos de renda fixa.
Na avaliação do mercado financeiro, no entanto, o momento pode representar uma oportunidade para o investidor iniciante ingressar na Bolsa de Valores (B3). Isso porque o cenário torna os ativos mais acessíveis.
Levantamento realizado pela Monett em julho identificou que mais de 20 ações da B3 custavam menos de R$ 10. Dentre os papéis estavam os de grandes empresas, como brMalls, CVC Brasil, Gerdau, Gol, MRV e Usiminas.
Além das ações, há outras alternativas que podem ser a porta de entrada para a B3, como os ETFs, chamados de fundos de índice. O investimento reúne diferentes ativos que são indexados a um determinado índice. Além de contribuir para diversificar a carteira, também contam com valores acessíveis — a partir de R$ 30.
Segundo informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os ETFs que atraíram mais investimentos no mês de junho foram o BOVA11, o SMALL11 e o BOVX11.
Como escolher o ativo de renda variável
O mercado financeiro alerta que o preço não é o único critério a ser observado na hora de escolher um ativo, embora seja um fator interessante. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) orienta que o investidor iniciante conheça o seu próprio perfil a fim de alinhar os interesses com as características dos produtos financeiros.
A renda variável reúne ativos que oportunizam um maior retorno financeiro, mas também conferem mais riscos em comparação com os produtos de renda fixa. No caso das ações, é importante avaliar o desempenho das companhias que ofertam os papéis e as projeções para o futuro.
Se uma ação está mais barata, isso significa que ela sofreu desvalorização. Portanto, é preciso avaliar os motivos da queda e qual a expectativa de desempenho para os próximos meses. A dinâmica das ações consiste em comprá-las em períodos de baixa para vendê-las quando houver a valorização e, assim, conquistar o lucro.
ETFs são considerados investimentos mais seguros por conta da sua característica de reunir diferentes ativos. Isso confere ao fundo uma diversificação que permite minimizar os riscos.
A orientação do mercado financeiro para quem tem interesse pelos ETFs é avaliar o índice de referência no atual momento e a projeção para os próximos meses.
Como investir na bolsa de valores
Quem deseja começar a investir na bolsa deve abrir uma conta em uma plataforma de investimentos para ter acesso ao home broker. Por meio do sistema on-line, é possível consultar os ativos disponíveis na B3 e escolher quais operações serão realizadas.
Plataformas de investimentos costumam ter uma equipe de profissionais de finanças que oferece suporte aos investidores para a criação da carteira de investimentos.