A responsabilidade integral de criar e educar uma criança não é tarefa fácil. Cada fase é pautada por uma nova descoberta como a palavra “não”, que se torna resposta universal em certa parte da infância, ou a curiosidade expressa pela palavra “por que”, o tempo todo, para todas as coisas. Além disso, as famosas “birras” também têm seu lugar especial e deixam muitos pais sem saber como agir diante de tais comportamentos; ou fazem com que os pais adotem reações não tão assertivas nestas situações.
Por conta disso, a PsiMama, Nanda Perim, psicóloga e mãe, elaborou o conceito de Inteligência Parental para auxiliar pais, mães e cuidadores a agir de maneira mais consciente na relação com os pequenos.
“Inteligência Parental é a capacidade que a gente precisa desenvolver para sermos pais e mães que efetivamente conseguem dar pras crianças e pros adolescentes – e pros adultos que nossos filhos vão se tornar – a melhor versão da educação que a gente dá conta de dar. Não é sobre sermos pais e mães perfeitos, mas são os conhecimentos necessários para a gente buscar o mais próximo que conseguimos ser de uma educação que vá tornar essa criança (e esse futuro adulto) uma pessoa que tenha inteligência emocional” afirma.
Além disso, a PsiMama também comenta sobre como a Inteligência Parental pode ser benéfica para que as crianças consigam ter opinião própria, a partir do senso crítico, e desenvolvam a capacidade de chegarem às próprias conclusões. Essa habilidade também se estende ao fato da criança conseguir se comunicar de forma carinhosa, efetiva, afetiva e respeitosa, diante das conclusões em que chegou. O que igualmente permite que os pequenos saibam administrar bem as próprias emoções e se tornem adultos com essa prática cada vez mais aprimorada. Segundo Nanda, a intenção dessa aplicação não é gerar futuros adultos perfeitos, mas pessoas mais felizes e genuínas consigo. Que tenham internalizado o amor próprio, e também a compaixão com o outro.
Para entender mais o conceito de Inteligência Parental, é necessário conhecer seus três pilares: Conhecimento, Autoconhecimento e Relacionamento.
1- Conhecimento
Nesta primeira etapa, a demanda é conhecer a criança a qual o cuidador cria. Por “conhecer”, PsiMama explica que se trata da necessidade dos pais de saberem o que esperar dessa criança, saber como funcionam os seus processos. Isso tornará mais fácil entender essa criança e interpretá-la sem levar para o lado pessoal. Por exemplo, como se a criança estivesse “testando” ou “desafiando” seus responsáveis. Trata-se da compreensão de que a criança está sendo desafiada pelo desenvolvimento, que é complexo.
2- Autoconhecimento
Esta etapa se trata da necessidade do adulto (cuidador) aprender a entender a si mesmo: Quem ele é? o que ele precisa? o que deixa ele com raiva? Quais são seus gatilhos? Que fatores deixam o limiar de paciência desse cuidador mais baixo e que fatores tranquilizadores deixam esse limiar mais alto? Qual a rotina que o deixa feliz? Entre outras inúmeras perguntas como essas que permitem a geração de uma paciência mais flexível com a criança, para que as reações sejam otimizadas e mais decididas ao invés de impulsivas.
Também se trata de compaixão, autoestima, auto amor e auto acolhimento para lidar com as próprias “feridas” geradas por uma educação tradicional que, segundo a psicóloga, foi aplicada na melhor das intenções na infância desses cuidadores, mas não deixa de reverberar intensamente até os dias de adulto. Ao entender isso, os pais que tiveram essa criação mais rígida têm a possibilidade de quebrar ciclos, já que se olhar de forma mais compassiva faz toda a diferença na forma como passam a ver e lidar com suas crianças.
3- Relacionamento
Esta etapa fala a respeito da comunicação: saber se comunicar e ensinar a criança a se comunicar de forma cada vez mais assertiva. Saber o que falar e como falar de forma respeitosa, e como passar uma mensagem de amor e respeito mesmo que haja discordância entre ambas as partes, ou mesmo que a resposta seja “não”.
Desta forma, Nanda Perim também afirma ser importante a compreensão sobre o termo “Educação Democrática”, conceito que a Inteligência Parental defende já que, por meio dele, é possível quebrar ciclos – como já compreendido na etapa de autoconhecimento. E o que seria a Educação Democrática? Nanda explica que trata-se da existência de voz da criança dentro de casa, pelo fato de existir uma democracia e não uma hierarquia dentro do lar. Com isso, a criança tem assegurado o direito de ser ouvida e ter sua opinião considerada, assim como o direito de discordar do adulto e de dizer, por exemplo, que não gostou de alguma atitude realizada por ele, fazendo isso de maneira carinhosa e respeitosa, através do ensino que os pais prestam a ela.
A especialista também fala que na educação democrática não se castiga a criança por um erro, mas se ensina habilidades que tornarão possível que ela não cometa mais esse erro, e faz o seguinte adendo: da mesma forma que muitas vezes os pais prometem não mais gritar com os filhos e acabam gritando, por exemplo, também não se pode esperar que a criança nunca mais erre determinada coisa. Se trata de ter uma visão mais humana daquele erro e do processo de crescimento daquela criança.
PsiMama conta que seu maior sonho não é ser famosa, mas ter visibilidade o suficiente para que, com o seu trabalho, consiga tornar esses conceitos partes do senso comum e conscientizar as pessoas a respeito de que uma educação mais humanizada não torna as crianças “mimadas”, mas são necessárias para uma relação mais assertiva.
Em prol disso, além dos projetos que mantém no Instagram, PsiMama também é autora do livro Educar sem Pirar, um guia prático com objetivo de descomplicar relações entre pais e filhos, que tem como base o conceito de Inteligência Parental. O livro já ajudou famosas como Sabrina Sato e Ivete Sangalo, e foi Top 10 de vendas na Veja, no mês de seu lançamento.
Conheça mais sobre Nanda Perim:
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Imprensa Concedida por: Roberta Nuñez – https://instagram.com/rnassessoriaimprensa