Em setembro de 2022, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,9% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O setor de serviços se encontra 11,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e alcança o novo ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014.
Período
Variação (%)
Volume
Receita Nominal
Setembro 22 / Agosto 22*
0,9
0,5
Setembro 22 / Setembro 21
9,7
16,5
Acumulado Janeiro-Setembro
8,6
16,5
Acumulado nos Últimos 12 Meses
8,9
16,2
*série com ajuste sazonal
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com setembro de 2021, o volume de serviços avançou 9,7%, décima nona taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o volume de serviços subiu 8,6% frente a igual período de 2021. O acumulado nos últimos doze meses passou de 9,0% em agosto para 8,9% em setembro, mantendo a trajetória descendente iniciada em abril de 2022 (12,8%).
Ao avançar 0,9% em setembro de 2022, o volume de serviços registra o quinto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,9%. Com isso, o setor de serviços alcança o novo recorde histórico, superando novembro de 2014, que agora está 0,7% abaixo de setembro de 2022. O volume de serviços está 11,8% acima de fevereiro de 2020, o patamar pré-pandemia.
A alta de 0,9% do volume de serviços de agosto para setembro de 2022 foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas. Os destaques foram para informação e comunicação (2,0%), que registrou o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%. As demais expansões vieram dos serviços prestados às famílias (1,0%) e dos profissionais, administrativos e complementares (0,2%). O primeiro setor emplacou o sétimo crescimento seguido, período em que assinalou um ganho acumulado de 11,7%; e o segundo mostrou um comportamento mais modesto, com ganho agregado de 0,3% nos dois últimos meses.
Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) e os outros serviços (-0,3%) exerceram as influências negativas de setembro. O primeiro interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço 7,7% verificado em agosto.
A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em setembro de 2022 frente ao mês anterior, mantendo a trajetória ascendente desde julho de 2020.
Em setembro de 2022, o volume do setor de serviços avançou 9,7% frente a setembro de 2021, décima nona taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,3%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (6,0%); dos profissionais, administrativos e complementares (6,9%); dos prestados às famílias (17,8%) e de outros serviços (2,6%).
O acumulado do ano, frente a igual período de 2021, foi de 8,6%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 65,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,1%), impulsionado pelo aumento das receitas nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; e navegação de apoio marítimo e portuário. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (30,3%), profissionais, administrativos e complementares (7,6%); e informação e comunicação (3,2%).
Pesquisa Mensal de Serviços – Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação – Setembro 2022 – Variação (%)
Atividades de Divulgação
Mês/Mês anterior (1)
Mensal (2)
Acumulado no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
JUL
AGO
SET
JUL
AGO
SET
JAN-JUL
JAN-AGO
JAN-SET
Até JUL
Até AGO
Até SET
Volume de Serviços – Brasil
1,3
1,1
0,9
6,3
8,7
9,7
8,5
8,5
8,6
9,6
9,0
8,9
1. Serviços prestados às famílias
0,6
1,0
1,0
22,6
21,8
17,8
33,9
32,2
30,3
31,1
29,5
28,2
1.1 Serviços de alojamento e alimentação
1,8
1,5
0,0
22,2
22,7
17,0
35,3
33,5
31,4
32,7
30,9
29,1
1.2 Outros serviços prestados às famílias
2,4
-3,9
4,4
24,5
16,9
22,1
26,0
24,8
24,4
22,5
22,0
23,0
2. Serviços de informação e comunicação
1,2
0,8
2,0
2,1
3,1
6,0
2,8
2,9
3,2
5,9
5,1
4,8
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)
0,7
2,2
1,7
2,1
3,7
6,8
2,7
2,8
3,3
5,7
5,0
4,8
2.1.1 Telecomunicações
-2,0
1,9
1,7
-9,1
-6,7
-3,5
-7,4
-7,3
-6,9
-4,7
-5,4
-5,7
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação
7,0
1,1
2,3
17,1
17,3
20,0
16,8
16,8
17,2
20,7
19,7
19,3
2.2 Serviços audiovisuais
0,0
-2,4
1,2
2,7
-2,3
-0,7
4,1
3,2
2,7
7,6
5,8
4,5
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares
-1,0
0,1
0,2
4,1
7,6
6,9
7,7
7,7
7,6
7,9
7,5
7,3
3.1 Serviços técnico-profissionais
-2,6
1,6
1,4
-2,2
9,1
7,6
6,6
6,9
7,0
8,0
7,7
7,0
3.2 Serviços administrativos e complementares
-0,1
-0,4
-0,3
6,8
7,0
6,7
8,2
8,1
7,9
7,9
7,4
7,4
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio
2,5
1,0
-0,1
12,9
15,3
15,3
13,8
14,0
14,1
14,1
13,8
13,9
4.1 Transporte terrestre
1,2
1,1
-0,3
18,8
24,5
22,2
17,9
18,8
19,2
16,0
16,7
17,6
4.2 Transporte aquaviário
3,7
1,0
-1,3
14,2
16,4
14,8
12,0
12,6
12,9
14,0
14,0
14,1
4.3 Transporte aéreo
6,2
0,8
2,1
15,4
8,7
21,9
46,6
40,0
37,7
47,3
40,1
38,3
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio
5,6
0,7
1,1
2,7
3,2
3,5
1,9
2,0
2,2
5,1
4,3
3,5
5. Outros serviços
-5,1
7,7
-0,3
-12,1
-2,3
2,6
-5,4
-5,0
-4,1
-3,5
-4,6
-4,2
Fonte: IBGE, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior. (3) Base: igual período. (4) Base: 12 meses anteriores do ano anterior.
Nos serviços prestados às famílias, houve aumento na receita das empresas de restaurantes; hotéis; serviços de bufê e atividades de condicionamento físico. Em serviços profissionais administrativos e complementares a alta veio de, no primeiro ramo; de locação de automóveis; serviços de engenharia; soluções de pagamentos eletrônicos; consultoria em gestão empresarial; atividades de cobranças e informações cadastrais; gestão de ativos intangíveis; e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.
Já nos serviços de informação e comunicação, o aumento de receitas foi verificado em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; outras atividades de telecomunicações; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda.
Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-4,1%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano, pressionado, sobretudo, pela menor receita real recebida pelas empresas que atuam em recuperação de materiais plásticos; administração de fundos por contrato ou comissão; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e corretoras de títulos e valores mobiliários.
Serviços cresceram em 19 das 27 Unidades da Federação
Regionalmente, 19 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em setembro de 2022, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (0,9%) no Brasil. Os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (0,7%), seguido por Santa Catarina (2,6%), Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). Em contrapartida, Paraná (-2,3%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).
Frente a setembro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,7%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (12,5%), seguido por Minas Gerais (13,0%), Rio de Janeiro (4,0%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Santa Catarina (9,8%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-2,7%) e Mato Grosso do Sul (-0,1%), assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
Já no acumulado de janeiro a setembro de 2022, frente a igual período de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (8,6%) se deu de forma disseminada, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo veio de São Paulo (10,5%), seguido por Minas Gerais (11,1%), Rio Grande do Sul (12,2%), Rio de Janeiro (2,8%), Pernambuco (12,7%), Paraná (4,6%) e Bahia (8,2%). A única influência negativa sobre o índice nacional veio do Distrito Federal (-1,7%).
Índice de atividades turísticas tem alta de 0,4% em setembro
Em setembro de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 3,2%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Apenas cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam o movimento de alta verificado na atividade turística nacional (0,4%). O destaque positivo foi Rio de Janeiro (2,6%), seguido por São Paulo (0,7%), Distrito Federal (3,4%) e Pernambuco (1,6%). Em sentido oposto, Minas Gerais (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-3,2%) tiveram os principais recuos.
Na comparação com setembro de 2021, houve alta de 22,5%, 18ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, pelo aumento na receita de empresas que atuam em transporte aéreo; locação de automóveis; restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e rodoviário coletivo de passageiros.
Em termos regionais, todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços de turismo, com destaque para São Paulo (34,3%), Minas Gerais (33,6%), Rio de Janeiro (10,9%), Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (20,0%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2022, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 36,9% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelas altas nas receitas de empresas de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.
Os doze locais investigados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (44,3%), Minas Gerais (58,7%), Rio de Janeiro (19,2%), Rio Grande do Sul (47,6%) e Bahia (31,1%).
Transporte de passageiros tem alta de 1,6%, o de cargas caiu 0,5%
Em setembro de 2022, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ter recuado 0,5% em agosto. O segmento se encontra 1,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 21,0% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas teve variação negativa de 0,5% em setembro de 2022, após ganho de 22,5% entre setembro de 2021 e agosto de 2022. O segmento se situa 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado no mês anterior. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 33,7% acima de fevereiro de 2020
Na comparação com setembro de 2021, o transporte de passageiros teve a décima oitava taxa positiva seguida ao avançar 22,8%, ao passo que o transporte de cargas, no mesmo confronto, cresceu 20,6%, seu vigésimo quinto resultado positivo consecutivo.
No acumulado do ano, o transporte de passageiros cresceu 35,6% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 15,3%.