Em agosto de 2022, o volume de serviços no Brasil se expandiu 0,7% frente a julho, na série com ajuste sazonal. O setor está 10,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,9% abaixo ponto mais alto da série histórica (novembro de 2014).
Período
Variação (%)
Volume
Receita Nominal
Agosto 22 / Julho 22*
0,7
0,5
Agosto 22 / Agosto 21
8,0
16,4
Acumulado Janeiro-Agosto
8,4
16,4
Acumulado nos Últimos 12 Meses
8,9
16,1
*série com ajuste sazonal
Na série sem ajuste sazonal, frente a agosto de 2021, o volume de serviços cresceu 8,0%, sua 18ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano chegou a 8,4% e o acumulado nos últimos doze meses passou de 9,6% em julho para 8,9%.
Pesquisa Mensal de Serviços – Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação – Agosto 2022 – Variação (%)
Atividades de Divulgação
Mês/Mês anterior (1)
Mensal (2)
Acumulado no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
JUN
JUL
AGO
JUN
JUL
AGO
JAN-JUN
JAN-JUL
JAN-AGO
Até JUN
Até JUL
Até AGO
Volume de Serviços – Brasil
0,9
1,3
0,7
6,4
6,3
8,0
8,9
8,5
8,4
10,5
9,6
8,9
1. Serviços prestados às famílias
0,4
0,6
1,0
28,1
22,6
22,0
36,2
33,9
32,2
34,6
31,1
29,5
1.1 Serviços de alojamento e alimentação
-0,8
1,9
1,8
28,8
22,2
23,0
38,1
35,3
33,6
36,8
32,7
30,9
1.2 Outros serviços prestados às famílias
3,0
2,2
-4,4
24,6
24,5
16,3
26,3
26,0
24,7
23,1
22,5
21,9
2. Serviços de informação e comunicação
-0,5
1,1
0,6
0,9
2,1
2,9
2,9
2,8
2,8
6,7
5,9
5,1
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)
-0,7
0,7
2,0
1,5
2,1
3,6
2,8
2,7
2,8
6,4
5,7
5,0
2.1.1 Telecomunicações
0,2
-1,8
1,5
-6,3
-9,1
-6,8
-7,1
-7,4
-7,3
-3,8
-4,7
-5,4
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação
-5,2
6,8
0,8
11,3
17,1
17,1
16,7
16,8
16,8
21,2
20,7
19,6
2.2 Serviços audiovisuais
0,4
0,1
-2,4
-4,6
2,7
-2,3
4,3
4,1
3,2
9,0
7,6
5,8
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares
0,8
-1,1
0,0
8,3
4,1
7,3
8,4
7,7
7,7
8,8
7,9
7,5
3.1 Serviços técnico-profissionais
3,1
-2,6
1,0
9,8
-2,2
8,5
8,3
6,6
6,8
10,1
8,0
7,7
3.2 Serviços administrativos e complementares
0,0
-0,1
-0,5
7,7
6,8
6,8
8,5
8,2
8,0
8,2
7,9
7,4
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio
0,9
2,4
-0,2
10,1
12,9
13,6
13,9
13,8
13,8
14,7
14,1
13,6
4.1 Transporte terrestre
2,5
0,9
-0,7
20,6
18,8
21,1
17,8
17,9
18,3
16,1
16,0
16,3
4.2 Transporte aquaviário
1,6
3,8
1,0
14,6
14,2
16,4
11,6
12,0
12,6
14,6
14,0
14,0
4.3 Transporte aéreo
-9,1
6,5
0,3
-3,3
15,4
8,7
53,5
46,6
40,0
54,0
47,3
40,1
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio
-2,3
5,5
0,7
-3,4
2,7
3,1
1,7
1,9
2,0
5,7
5,1
4,3
5. Outros serviços
0,8
-5,0
6,7
-4,6
-12,1
-2,4
-4,2
-5,4
-5,0
-1,6
-3,5
-4,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores.
O avanço de 0,7% do volume de serviços, de julho para agosto de 2022, foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para outros serviços (6,7%), que se recuperaram da queda de 5,0% no mês anterior, e informação e comunicação (0,6%), que avança 1,8% nos últimos dois meses. A outra expansão do mês foi dos serviços prestados às famílias (1,0%), seu sexto crescimento seguido, período em que acumulou 10,7%. Em sentido oposto, os transportes (-0,2%) exerceram a única influência negativa de agosto. Já os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,0%)mostraram estabilidade.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral foi de 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2022 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento positivo desde agosto de 2020. Quatro das cinco atividades acompanharam o crescimento do índice global: transportes (1,0%); serviços prestados às famílias (0,7%); outros serviços (0,7%); e informação e comunicação (0,4%). Já os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,1%) mostraram ligeiro decréscimo neste mês.
Na comparação com agosto de 2021, o volume do setor de serviços, ao avançar 8,0% em agosto de 2022, registrou a 18ª taxa positiva seguida. O resultado desse mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades e altas em 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,6%) deu a principal contribuição positiva, impulsionado pelo aumento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas; rodoviário coletivo de passageiros; aéreo de passageiros; ferroviário de cargas; gestão de portos e terminais; transporte por navegação interior de carga; e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); dos serviços prestados às famílias (22,0%) e de informação e comunicação (2,9%).
A única taxa negativa do mês foi de outros serviços (-2,4%), pressionado pela menor receita das atividades de administração de fundos por contrato ou comissão; recuperação de materiais plásticos; atividades de pós-colheita; e consultoria em investimentos financeiros.
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 8,4%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
A contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,8%). Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (32,2%); profissionais, administrativos e complementares (7,7%) e de informação e comunicação (2,8%). A única taxa negativa foi de outros serviços (-5,0%).
Serviços avançam em 18 das 27 unidades da Federação em agosto
Houve altas em 18 das 27 unidades da federação, na comparação com o mês imediatamente anterior. Os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,6%), Distrito Federal (5,0%), Minas Gerais (1,0%) e Rio de Janeiro (0,5%). As principais influências negativas vieram do Paraná (-7,1%), Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).
Na comparação com agosto de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (8,0%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da Federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (10,8%), seguido por Minas Gerais (12,5%), Rio de Janeiro (4,8%), Pernambuco (13,8%) e Santa Catarina (7,2%). Em sentido oposto, Paraná (-6,0%) assinalou o resultado negativo mais importante do mês, seguido por Distrito Federal (-0,6%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, 25 das 27 unidades da Federação tiveram avanço no volume de serviços. Os principais impactos positivos vieram de São Paulo (10,2%), Minas Gerais (10,9%), Rio Grande do Sul (12,7%), Rio de Janeiro (2,6%), Pernambuco (12,7%), Bahia (8,6%) e Ceará (14,5%). Já o Distrito Federal (-1,6%) e Rondônia (-0,4%) registraram as únicas influências negativas sobre o índice nacional.
Atividades turísticas crescem 1,2% em agosto
Em agosto de 2022, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 1,2% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 2,7%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 0,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Apenas três dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de crescimento verificado na atividade turística nacional (1,2%). As contribuições positivas mais relevantes vieram de Minas Gerais (3,9%), São Paulo (0,6%) e Pernambuco (0,8%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-6,0%) e Santa Catarina (-6,0%) assinalaram os principais recuos.
Na comparação agosto de 2022 / agosto de 2021, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 22,8%, 17ª taxa positiva seguida, impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita nos ramos de restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte aéreo; serviços de bufê; e rodoviário coletivo de passageiros.
Todas as doze unidades da Federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (32,8%), Minas Gerais (40,8%), Rio de Janeiro (10,5%), Rio Grande do Sul (25,6%) e Paraná (25,0%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 39,1% frente a igual período de 2021, impulsionado pelos aumentos de receita nos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. Todos os doze locais investigados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (45,7%), Minas Gerais (62,9%), Rio de Janeiro (20,4%), Rio Grande do Sul (51,8%) e Bahia (34,6%).
Transporte de passageiros e transporte de cargas recuam em agosto
Em agosto de 2022, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou decréscimo de 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ter avançado 4,1% em julho último. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 0,1% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 22,3% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou variação negativa de 0,3% em agosto de 2022. O segmento se situa 0,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado no mês anterior. O transporte de cargas está 31,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
No confronto com agosto de 2021, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros assinalou a 17ª taxa positiva seguida ao avançar 19,2% em agosto de 2022, ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 18,7%, registrando, assim, o 24º resultado positivo consecutivo.
No indicador acumulado dos primeiros oito meses deste ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 37,6% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 14,1% no mesmo intervalo investigado.