Função ajuda a criar cerimônia para unir crenças distintas, mas não substitui juiz de paz
Quando o assunto é casamento, é comum pensar na noiva entrando pela igreja com a famosa marcha nupcial ao fundo e, em seguida, uma celebração religiosa. No entanto, essa não é a realidade de muitos casais, principalmente daqueles com crenças diferentes entre si. Esse assunto é, inclusive, um dilema para quem deseja trocar votos.
Quando seguem religiões distintas, os noivos se deparam com a dúvida sobre qual cerimônia escolher. Em boa parte das vezes, um dos dois acaba abrindo mão de tradições familiares ou até mesmo de sonhos que tinham para o grande dia. Entretanto, além da lista de presentes, do espaço para a festa e dos fornecedores, colocar no checklist a contratação de um celebrante de casamento pode ajudar a passar por essa situação com mais tranquilidade.
Assim como as cotas de lua de mel podem substituir os presentes, o celebrante entra no lugar do líder religioso para conciliar as duas crenças no evento.
O que é e como funciona o trabalho de um celebrante
O profissional é responsável por conduzir todas as etapas do casamento. É ele quem vai entreter os convidados abordando histórias e particularidades do casal, ou seja, seu papel é parecido com o do padre, pastor ou outra figura religiosa durante o evento.
Quem trabalha com esse tipo de serviço costuma também atuar em áreas ligadas à comunicação, mas não há uma formação específica ou sindicato para exercê-lo. O valor cobrado pode variar de acordo com a localização e tempo de cerimônia, mas geralmente custa a partir de R$ 2 mil.
O celebrante é uma opção válida para quem deseja personalizar ainda mais a cerimônia. Alguns casamentos podem conter ritos próprios que variam conforme a preferência dos noivos, como banhar as alianças no mar ou misturar areia de cores diferentes para simbolizar a união.
Para que o evento tenha a ver com o casal, o profissional realiza entrevistas a fim de entender sua história, preferências e curiosidades. Esses encontros podem acontecer de diferentes formas — com cada noivo, com o casal e pessoas próximas. Isso ajuda a elaborar um casamento mais leve e descontraído.
Cabe ressaltar que, diferentemente de um juiz de paz ou líder religioso, o celebrante não tem autoridade para legalizar a união. Por esse motivo, muitos noivos com crenças diferentes optam por também contar com um juiz para conduzir a cerimônia.
O que é preciso para escolher um celebrante
Por se tratar de um momento especial, é importante que o casal saiba selecionar o celebrante certo para o casamento. A escolha deve ser baseada na identificação e confiança adquirida com o profissional.
Antes de tudo, é essencial que os noivos busquem por diferentes opções e tentem conhecer um pouco mais sobre o trabalho de cada celebrante. Vale procurar por vídeos de eventos anteriores nas redes sociais ou ouvir a opinião de outros casais que o contrataram.
O ideal é marcar uma conversa antes de contratar o serviço. Esse encontro dá ao casal a possibilidade de entender mais a fundo o trabalho de cada um dos profissionais e a ter segurança na hora de assinar o contrato.
Após fechar o serviço, os noivos devem manter o contato com o celebrante frequentemente para que se sintam mais confortáveis a compartilhar sua história. Além disso, o casal também pode sugerir ideias a fim de criar uma cerimônia única, retratando a personalidade, preferências e essência dos noivos.