O homem acusado de estuprar e matar a enteada de 13 anos em Bom Princípio, no Vale do Caí, foi condenado, na madrugada da última sexta-feira, 7 de abril, a 85 anos e três meses de prisão. O júri aconteceu em São Sebastião do Caí e contou com a participação da promotora de Justiça Lara Guimaráes Trein.
Acolhendo a denúncia do Ministério Público, por meio da promotora Cláudia Rodrigues Pegoraro, o réu Elias dos Santos Silvestre foi condenado pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio quintuplamente qualificado (motivo torpe; emprego de asfixia; mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; para assegurar a execução, a ocultação e a impunidade de outro crime; e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino). O padrasto da vítima confessou ter matado a menina, porém, durante o júri, negou o estupro. Ele está preso desde 7 de abril de 2021.
De acordo com a denúncia do MPRS, na noite de 4 de abril de 2021, o homem teria fingido interesse em levar a enteada Jordana Tamires para dar uma volta de carro, indo até um matagal na localidade de Arroio Forromeco. No local, conforme laudo de necropsia, teria estuprado a menina. Após, ela teria sido estrangulada por asfixia até a morte. O acusado abandonou o corpo da vítima em um córrego nas proximidades do local do crime.
“Os crimes causaram grande comoção social, pois, além da extrema violência empregada, foram cometidos pelo padrasto contra a enteada, de apenas 13 anos, em pleno domingo de Páscoa”, afirmou a promotora, salientando que ao longo da investigação e da instrução do processo ficou claro que ele tinha um comportamento desajustado, atuando como um verdadeiro predador sexual. “Inclusive, já havia sido condenado pelo estupro de uma menina de 15 anos, além de figurar como réu em outra ação penal pela prática de crime sexual contra uma adolescente de 14 anos”, contou Lara.