Parlamentar pede mais concursos públicos e melhorias salariais para membros das forças de segurança pública.
Em seu discurso durante a sessão ordinária de terça-feira (25), na tribuna da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero), o deputado estadual Pedro Fernandes (PTB) pediu mais valorização aos membros das forças de segurança pública do estado. “A Polícia Militar também precisa de valorização. Tem alguns gargalos que precisam ser resolvidos. Hoje tem 200 soldados da PM. O restante é cabo e outras patentes. Precisamos rever essas questões, os concursos públicos e valorizar as pessoas. Tudo bem que tem que investir em tecnologia, em armamentos”.
Fernandes também comentou a atual situação dos policiais civis: “Os agentes estão sobrecarregados, não conseguem tirar suas folgas. A Polícia Civil está com um efetivo muito baixo. Conversei com o diretor-geral da Polícia Civil e antes tinha 2 mil policiais. Hoje, só tem 1.500. O concurso vai trazer 350. Então não vai recompor o efetivo”.
Para ele, “precisamos ver a questão de orçamento, índice de folha. Precisamos dar uma resposta bem sincera sobre a segurança pública em Rondônia, especialmente a questão das escolas nos últimos dias. A gente sentiu essa falta de segurança na pele, onde as pessoas ficaram todas apreensivas. Nós do parlamento vamos dar total apoio ao governador Marcos Rocha, que tem essa vontade de recompor o quadro de policiais”.
Segundo o parlamentar, somente com melhorias salariais e aumento do efetivo, todos os policiais civis, militares e penais terão orgulho de protegerem a população rondoniense. “Precisamos que voltem a ter o sentimento de amor à farda, pelo distintivo, com aquela vontade de proteger a população de Rondônia. Precisamos investir nas pessoas que estão por trás das instituições: da Polícia Militar, da Polícia Civil, os policiais penais. Todas essas pessoas que estão combatendo a criminalidade”, destacou ele.
Meio Ambiente
Pedro Fernandes também trouxe vários pontos discutidos na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é presidida por ele. “Também tivemos hoje a reunião da nossa comissão do Meio Ambiente, onde discutimos a questão da audiência pública sobre as unidades de conservação, onde quero destacar o discurso do deputado [Alex] Redano [Republicanos] sobre o marco temporal de 2008. Nossa preocupação é sobre os embargos aqui no estado de Rondônia, com propriedades embargadas”.
E ele seguiu: “Como disse o deputado Ezequiel [Neiva, União Brasil] é que os embargos são proporcionais às áreas, onde as pessoas têm a oportunidade de regularizar. Aprovamos um requerimento para que a Sedam, Emater e Idaron enviem uma nota de esclarecimento sobre os embargos nas propriedades rurais rondonienses e qual a solução que os produtores podem buscar a regularização parcial de suas áreas. É importante que os órgãos de controle façam um papel não só de comando e controle, de aplicar multas, fazer embargos, mas de orientação aos nossos produtores”.
O deputado estadual trouxe detalhes sobre o Fundo Amazônia e seus investimentos em Rondônia nos tempos atuais. “Pesquisei sobre o Fundo Amazônia, que traz apoio. Eu pesquisei essa semana, tive a curiosidade, onde falam de investimento em Rondônia, na questão ambiental. Nossa preocupação é com incentivadores da produção rural. Precisamos verificar se esse recurso está chegando na ponta. Aqui no estado, só existem três projetos. Sem contar as iniciativas que abrangem vários estados ao mesmo tempo. O resultado é pouco palpável aqui na ponta. A gente não vê essas pessoas que vivem nessas áreas envolvidas nesses projetos”.
Ele completa as sugestões: “A gente quer propor um modelo para aplicação desse recurso. Na Embrapa existe a integração da Lavoura-Pecuária-Floresta, a LPF. Podemos trazer projetos positivos para essa questão ambiental do nosso estado trazendo esses recursos com mais efetividade. As reuniões sobre as ocupações do parque estadual de Guajará-Mirim e da reserva extrativista Jacy-Paraná, na Área de Proteção Ambiental (APA) e a Floresta Estadual do Rio Pardo estamos buscando soluções e maneiras as situações de ocupações em áreas de conservação do estado”.
De acordo com Pedro Fernandes, “a maioria dessas áreas já são antropizadas ou são plantações ou pastagens e é algo que não tem como voltar. O que precisamos fazer é a regularização. A partir do momento que regularizamos essas terras, evitamos conflitos agrários e estimulamos a economia do estado. A pauta ambiental é importante para Rondônia. Precisamos estar atentos e temos a nossa comissão para buscar soluções para o estado”.
Saúde
No setor da saúde, o parlamentar ainda destacou que “no dia 13/04, estive em uma reunião de Gestores Bipartite, que é a CIB, uma comissão que reúne todos os secretários de saúde do estado. É uma causa municipalista, onde estive defendendo as causas do Vale do Jamari. Como fui prefeito no município de Cujubim, onde a gente sofreu na pele essa situação da descentralização da saúde, onde precisamos descentralizar”.
O deputado, que é um dos representantes do Vale do Jamari, ainda reforçou que “é uma pauta que vem sendo muito falada e debatida há muitos anos e nunca aconteceu de verdade. Tivemos uma reunião lá em Ariquemes, na prefeitura, com a prefeita Carla, com a secretária de Saúde, deputado Alex Redano, deputado Camargo estava lá, deputado Lucas. Debatemos a descentralização da saúde de Ariquemes, a construção do hospital regional”.
Ele ainda sugeriu no encontro: “Por isso, eu pactuei lá na CIB que o município de Ariquemes possa receber recursos do governo do estado e passe a atender a demanda da região com atendimento de urgência e emergência, além de cirurgias eletivas, e cirurgias de baixa e média complexidade. Vamos enviar para o coronel Jefferson, que é o secretário da Sesau, pactuar isso, e não vamos mais precisar mandar essa gente toda para Porto Velho”.
Pedro Fernandes ainda disse que tem um desejo antigo: diminuir essas ambulâncias nas estradas rondonienses. “Temos ali o município de Monte Negro que é próximo, temos Cacaulândia, Alto Paraíso, Rio Crespo, Cujubim, Buritis, que regula muita gente, Campo Novo. Todos regulam para Porto Velho e vamos regular para Ariquemes. Isso tudo no papel e depois, temos que ver a questão do Hospital Regional de Ariquemes, que é uma outra história, pois envolve obras”, comentou ele.