O inverno chegou e as temperaturas diminuíram. E por conta dessa mudança, alguns fatores podem ser importantes para o ressecamento da pele, tanto no corpo quanto no rosto.
Para tentar se aquecer no frio, é normal que a gente procure se esquentar com roupas mais grossas e tomarmos banhos mais quentes. Contudo, banhos quentes acabam interferindo a manutenção do manto lipídico protetor da pele, piorando dermatites, por exemplo.
“A pele pode passar por um intenso ressecamento caso alguns cuidados não sejam tomados, como aumento de coceiras e piora de dermatites. O recomendado é preferir banhos rápidos, de até 5 minutos, sem uso de buchas e com temperatura morna, e não muito quente, além de abusar dos hidratantes corporais e faciais. Uma dica extra é preferir óleos de banho aos sabonetes tradicionais, que ajudam a manter saudável o manto lipídico natural da pele ”.
Isso quem explica é a Dra. Juliana Palo, que é dermatologista. Devido a essa queda brusca do clima, algumas condições de pele podem se tornar mais prevalentes e as pessoas precisam ficar mais cuidadosas.
Dermatite seborréica: a famosa caspa, comum em locais com cabelos e pelos, é caracterizada por uma descamação da pele, que está inflamada. Essas regiões costumam coçar e originar uma descamação fina, conhecida como caspa. Para evitar, a Dra. Juliana aconselha banhos mornos, evitar dormir com os cabelos molhados, evitar químicas e, caso sinais da dermatite seborreica surjam, procurar um dermatologista.
Dermatite atópica: pessoas que sofrem de asma ou rinite alérgica são as principais vítimas desta doença, principalmente no inverno. Caracterizada por lesões cutâneas que coçam intensamente, pode se apresentar em qualquer parte do corpo, principalmente em áreas com dobras da pele.
Psoríase: é uma doença que é caracterizada por escamas brancas e manchas secas que podem coçar e causar irritação. É mais comum em homens e mulheres na faixa de 20 a 40 anos de idade e, além dos fenômenos emocionais e hereditários, o frio pode ser um fator agravante pelo ressecamento cutâneo.
Para evitar o agravamento dessas doenças, a Dra. Juliana Palo ressalta que é importante beber bastante água, não tomar banhos muito quentes e utilizar hidratantes e cremes específicos para a sua pele. Ter o acompanhamento de um profissional dermatologista é recomendável desde o aparecimento dos primeiros sintomas.