O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e da Fundação de Tecnologia (Funtac), lançou na manhã desta quarta-feira, 16, na Federação da Indústria do Acre (Fieac), em Rio Branco, o Fórum de Bioeconomia da Amazônia. O evento será realizado nos dias 21, 22 e 23 de agosto, e vai reunir palestrantes especialistas em desenvolvimento de produtos e serviços, além de estrategistas de negócios internacionais.
Uma reunião preparatória envolveu secretarias e instituições participantes do fórum. O titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, voltou a destacar a Amazônia afirmando que a região abriga uma biodiversidade diferenciada. “Aliado a novas tecnologias, esse bioma pode gerar maior sustentabilidade a produtos e serviços, gerando mais emprego e renda”, acrescentou Mesquita.
José Luiz de Paula Junior – criador do Fórum de Paris – será um dos palestrantes. Ele é especialista em desenvolvimento de produtos, embalagens e branding (conjunto de ações alinhadas ao posicionamento, propósito e valores de uma marca). Na área da indústria de construção civil, o arquiteto João Castro Filho vai apresentar o Projeto de Casas Flutuantes Bioeconômicas para as Comunidades Ribeirinhas. Para expansão de mercado internacional, o fórum convidou Ângela Hirata, líder de projetos e estrategista internacional. Ela é responsável pelo posicionamento internacional da marca Havaianas em mais de 100 países.
O evento tem prata da casa. O presidente do Instituto de Mudanças Climáticas do Acre, Leonardo Neves, vai debater a distribuição de benefícios no âmbito da Lei Estadual de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa). O chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Bruno Pena, vai abordar o papel a ser desempenhado pela empresa no Acre.
Voltado ao corredor interoceânico e à relação comercial com países andinos, Paulo Santoio, empresário da Dom Porquito, vai falar sobre oportunidades e desafios da Logística Acre e Peru. Fechando os painéis de apresentadores, Assurbanipal Mesquita apresenta o Corredor Interoceânico Amazônia Ocidental.
Durante a reunião preparatória, a secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, defendeu um painel voltado para o que chamou de “trocas de experiências” nos cuidados dos patrimônios genéticos “e na sociobioeconomia, que vai muito além da Natura para além dos conhecimentos tradicionais, da legalização de territórios”, acrescentou.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), representada por Edilailson Pimentel, destacou o potencial de energia limpa da Amazônia. “É um momento ímpar para falar da energia solar, energia renovável de acesso a todos”, disse Pimentel.
A coordenadora do evento, diretora de Planejamento da Funtac, Mirla Miranda, garantiu que vai atender todos os encaminhamentos dados no encontro. “Precisamos colocar o Acre e a Amazônia como protagonistas. Ao final, vamos implantar o Plano Estadual de Bioeconomia para trabalhar os nossos ativos com conhecimento do que nós somos e o que nós temos”, concluiu Mirla.
Para a presidente da Agência de Negócios do Acre, Walesca Bezerra, a construção desse ambiente de negócios com segurança jurídica para atrair investidores é fundamental. “A Anac cumpre o seu papel como elo entre o investidor e o mercado de negócios. Estamos muito otimistas com esse vetor econômico”, acrescentou Waleska.