Com as eleições municipais programadas para outubro do próximo ano, esse pode ser o momento ideal para o nascimento de carreiras políticas. Assim, figuras conhecidas pela comunidade e com perfil de liderança podem ganhar destaque e, assim, surgir com uma nova ideia de representação regional. Contudo, o início desse caminho precisa ser bem planejado e com algumas normas básicas que devem ser seguidas.
Para qualquer cargo político exige-se que a pessoa seja brasileira, possua título de eleitor, tenha mais de 18 anos, resida no local da candidatura e seja filiada a um partido político. Isso sem falar, é claro, das idades mínimas para cargos específicos. Para vereador, por exemplo, é necessário ser maior de idade. Para prefeito, a idade mínima é de 21 anos.
Cumprindo com esses requisitos básicos, qualquer pessoa pode se candidatar e tentar mudar a sua cidade. De acordo com o analista político Giuliano Salvarani, nunca na história do Brasil tivemos tantas oportunidades de abrir novas lideranças na política.
“Você não precisa ser famoso, ter milhares de seguidores ou ser um “líder nato”, como muitos idealizam ser a política. O voto chega na urna geralmente para quem teve a oportunidade de ganhar a confiança das pessoas. E isso pode se dar com um gesto solidário, com a divulgação com consistência de um trabalho de impacto ou até mesmo com um hit nas redes sociais”, explica.
Mas mesmo que esteja dentro das regras e a chance de investir na área seja interessante, o futuro candidato precisa saber que é essencial reservar tempo, além da necessidade de escolher uma boa equipe e criar um vínculo com o público. Segundo Giuliano, existem três grandes erros que iniciantes acabam cometendo ao dar os primeiros passos na política.
- Falta de organização: esse erro é geral, que vai desde entender o tempo a ser dedicado na política, quanto de dinheiro é necessário investir, escolher qual o melhor partido e até um planejamento mais estratégico, como definir as melhores pautas, ter uma comunicação digital, entre outros.
- Não ter uma boa equipe: nesse contexto, a equipe é fundamental. O político não vai saber tudo sempre e por isso é necessário ter uma série de pessoas ao lado para auxiliar em tarefas específicas, como comunicação, tesouraria, agenda, mobilização e até mesmo dirigir ou tirar foto.
- Subestimar o processo: tudo isso se junta em poucos meses, sendo que muitos não estão preparados. A decisão de entrar na política é muito séria e envolve abdicar de inúmeras coisas na vida pessoal e profissional. Mas isso não quer dizer que as pessoas devam se afastar da política, pelo contrário: procure ajuda, entenda o processo e busque fazer o melhor possível. Vai ser sempre difícil pra todo mundo.
No fim, o especialista afirma que hoje há novos caminhos e as pessoas que pensam em mudança precisam entender e buscá-los. Agora, há também outras oportunidades além de se candidatar. É possível trabalhar em campanhas de diversas formas, sendo na rua, nas redes, nos aplicativos de mensagem. Existem muitos espaços que ainda não foram ocupados e no qual a política tradicional ainda não consegue perceber.