O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,31% em janeiro e ficou 0,09 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (0,40%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,47%, abaixo dos 4,72% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.
Período
Taxa
Janeiro de 2024
0,31%
Dezembro de 2023
0,40%
Janeiro de 2023
0,55%
Acumulado do ano
0,31%
Acumulado nos últimos 12 meses
4,47%
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em janeiro. A maior variação (1,53%) e o maior impacto (0,32 p.p.) vieram de Alimentação e Bebidas. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,56%) acelerou em relação ao mês anterior (0,14%), enquanto Habitação (0,33%) registrou alta menos intensa em janeiro. O grupo Transportes caiu 1,13% em janeiro e contribuiu com -0,24 p.p. As demais variações ficaram entre a queda de 0,03% de Comunicação e a alta 0,56% de Despesas Pessoais.
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Dezembro
Janeiro
Dezembro
Janeiro
Índice Geral
0,40
0,31
0,40
0,31
Alimentação e bebidas
0,54
1,53
0,12
0,32
Habitação
0,48
0,33
0,07
0,05
Artigos de residência
-0,15
0,26
-0,01
0,01
Vestuário
0,03
0,22
0,00
0,01
Transportes
0,77
-1,13
0,16
-0,24
Saúde e cuidados pessoais
0,14
0,56
0,02
0,08
Despesas pessoais
0,56
0,56
0,06
0,06
Educação
0,05
0,39
0,00
0,02
Comunicação
-0,46
-0,03
-0,02
0,00
No grupo Alimentação e bebidas (1,53%), a alimentação no domicílio subiu 2,04% em janeiro. Contribuíram para esse resultado as altas da batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%). A alimentação fora do domicílio (0,24%) desacelerou em relação a dezembro (0,53%). Tanto a refeição (0,32%) quanto o lanche (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior (0,46% e 0,50%, respectivamente).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,56%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (0,58%). Destacam-se as altas do desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).
No grupo Habitação (0,33%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,14%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), a partir de 22 de novembro.
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,56%) foi influenciada por reajustes tarifários aplicados nas seguintes áreas de abrangência da pesquisa: de 15,76% em Belém (6,00%), a partir de 28 de novembro; reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (2,79%), a partir de 1º de janeiro, e de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,29%), a partir de 1º de dezembro.
Em gás encanado (1,01%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: de 3,30% em São Paulo (2,74%), a partir de 10 de dezembro; redução média de 0,45% no Rio de Janeiro (-0,23%) a partir de 1° de janeiro; e redução de 6,82% em Curitiba (-3,15%), também a partir de 1º de janeiro.
No grupo Transportes (-1,13% e -0,24 p.p.), houve queda na passagem aérea, subitem com maior impacto individual no índice do mês (-15,24% e -0,16 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,63%), houve recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 0,69% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (1,97%) e de 4,61% em Salvador (2,18%).
Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-3,81%) foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (9,33%), a partir de 29 de dezembro; e em São Paulo (-21,88%), pela aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro. Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (6,36%) e metrô (6,36%) a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público caiu 11,56% em nessa área.
Quanto aos índices regionais, dez áreas tiveram alta em janeiro. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,88%), por conta das altas em ônibus urbano (9,33%) e na batata-inglesa (34,30%). Já o menor resultado ocorreu em Brasília (-0,41%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-21,31%) e na gasolina (-3,72%).
Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Dezembro
Janeiro
Ano
12 meses
Belo Horizonte
10,04
0,35
0,88
0,88
4,97
Fortaleza
3,88
0,77
0,69
0,69
4,92
Belém
4,46
0,29
0,63
0,63
4,82
Rio de Janeiro
9,77
0,59
0,43
0,43
4,20
Porto Alegre
8,61
0,29
0,42
0,42
4,88
Recife
4,71
-0,26
0,36
0,36
3,31
Salvador
7,19
0,45
0,35
0,35
3,97
Curitiba
8,09
-0,01
0,28
0,28
4,57
Goiânia
4,96
0,77
0,24
0,24
3,86
São Paulo
33,45
0,45
0,10
0,10
4,51
Brasília
4,84
0,68
-0,41
-0,41
4,70
Brasil
100,00
0,40
0,31
0,31
4,47
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de dezembro a 14 de janeiro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de novembro a 14 de dezembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.