A taxa anual de desocupação do país foi de 7,8% em 2023, o que representa uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) frente à média do ano anterior. Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda nesse indicador, com destaque para o Acre (-4,9 p.p.), o Maranhão (-3,5 p.p.) e o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.). Por outro lado, o único estado onde a taxa de desocupação cresceu foi Roraima (1,7 p.p.).
No país, a população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, caindo 1,8 milhão (-17,6%) frente a 2022. Nesse período, 25 UFs registraram queda no número de desocupados. Enquanto Mato Grosso do Sul se manteve estável (0,0%), em Roraima, o número de pessoas em busca de trabalho cresceu 38,5% no ano. As maiores quedas nesse contingente foram registradas no Acre (-45,7%), no Espírito Santo (-34,1%) e no Maranhão (-29,7%).
A população ocupada do país chegou ao maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, ao atingir 100,7 milhões de pessoas em 2023. Esse número representa um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Houve aumento desse indicador em 22 UFs, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
Em 2023, seis estados responderam por cerca de 60% da ocupação do país: São Paulo (24,3%), Minas Gerais (10,7%), Rio de Janeiro (8,1%), Bahia (6,0%), Paraná (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,8%).
O nível da ocupação do país (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%). As maiores proporções foram registradas em Santa Catarina (65,9%), Goiás (64,7%) e Mato Grosso (64,7%). Já as menores estavam no Acre (45,7%), no Rio Grande do Norte (46,6%) e no Maranhão (46,7%).
A estimativa anual da taxa composta de subutilização foi de 18,0%, queda de 2,9 p.p. ante 2022, quando a taxa era de 20,9%. As maiores taxas estavam no Piauí (40,3%), na Bahia (33,1%) e em Sergipe (32,5%). Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,5%) e Mato Grosso (9,0%) registraram as menores.
A taxa anual de informalidade passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023. Entre os estados com maior taxa estavam o Maranhão (56,5%), o Pará (56,5%) e Piauí (54,4%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (31,5%).
Taxas anuais de desocupação recuam em 26 unidades da federação em 2023Com a queda de 1,8 p.p. na taxa anual de desocupação do país (7,8%), 26 unidades da federação também registraram retração nesse indicador. Os maiores recuos foram do Acre (-4,9 p.p.), do Maranhão (-3,5 p.p.) e do Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.), enquanto o único aumento foi registrado em Roraima (1,7 p.p.). Já as maiores taxas de desocupação estavam em Pernambuco (13,4%), na Bahia (13,2%) e no Amapá (11,3%). As menores, em Rondônia (3,2%) e Mato Grosso (3,3%), que atingiram o menor patamar da série histórica, e em Santa Catarina (3,4%).
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
Brasil
7,4
7,3
7,0
8,9
11,7
12,6
12,2
11,8
13,8
14,0
9,6
7,8
Rondônia
5,7
5,2
3,9
5,7
8,2
7,6
9,4
8,1
10,0
9,4
4,2
3,2
Acre
9,1
8,5
8,2
8,9
10,5
14,2
13,4
14,7
15,7
16,2
12,4
7,5
Amazonas
9,7
9,9
8,7
9,5
14,0
14,5
13,9
14,1
14,8
15,4
13,1
9,9
Roraima
8,0
7,8
7,5
8,9
8,7
10,5
13,0
14,9
16,6
13,8
4,9
6,6
Pará
7,4
7,1
7,8
9,4
11,4
11,4
11,6
10,6
10,5
13,0
9,7
7,7
Amapá
13,3
12,5
12,6
10,9
16,0
17,4
20,7
16,3
16,8
14,4
13,7
11,3
Tocantins
7,9
7,1
6,6
9,8
12,2
10,9
10,9
12,0
11,2
14,2
7,6
5,8
Maranhão
7,9
8,1
7,6
8,8
11,9
13,5
14,6
14,1
15,5
17,5
11,4
7,9
Piauí
6,0
7,4
6,0
8,2
9,9
12,2
12,8
12,2
14,6
13,0
10,0
9,8
Ceará
7,8
7,7
7,1
8,8
11,9
12,4
11,6
11,1
13,3
14,0
9,4
8,5
Rio Grande do Norte
10,8
10,8
11,2
11,6
13,5
14,6
12,9
13,1
16,3
15,6
11,9
10,7
Paraíba
9,6
9,2
8,1
9,6
11,1
10,2
10,5
12,6
17,8
16,1
12,4
9,6
Pernambuco
9,3
8,8
8,2
10,3
15,1
17,0
16,2
15,2
17,1
20,2
15,9
13,4
Alagoas
11,4
10,3
9,8
11,5
14,5
17,4
16,6
14,5
19,4
18,7
12,0
9,2
Sergipe
10,3
10,2
8,9
9,2
12,1
14,4
16,5
15,5
19,6
20,6
13,1
11,4
Bahia
11,4
11,5
9,8
11,3
16,2
16,6
16,6
16,3
20,3
21,3
15,1
13,2
Minas Gerais
6,7
7,0
6,7
8,8
11,3
12,1
10,8
10,3
12,7
12,1
7,7
5,8
Espírito Santo
7,4
6,8
7,1
9,0
12,4
13,0
11,0
10,3
12,9
12,7
8,5
5,7
Rio de Janeiro
7,6
6,9
6,9
8,7
12,3
14,9
14,8
14,7
17,7
18,1
13,3
10,1
São Paulo
7,2
7,5
7,4
10,1
12,4
13,5
13,2
12,4
14,0
14,4
9,1
7,5
Paraná
5,0
4,3
4,0
6,0
8,2
8,9
8,3
8,3
9,7
8,9
6,0
4,8
Santa Catarina
3,4
3,4
3,0
4,4
6,5
7,4
6,3
6,3
6,4
5,1
3,8
3,4
Rio Grande do Sul
5,4
5,0
5,5
6,3
8,1
8,5
8,3
7,8
9,4
8,8
6,4
5,4
Mato Grosso do Sul
6,1
4,6
4,1
6,6
7,1
9,6
8,0
7,9
9,5
9,5
4,9
4,7
Mato Grosso
5,1
4,4
4,2
6,2
9,6
8,8
7,8
8,2
9,5
9,4
4,0
3,3
Goiás
5,0
5,6
6,1
7,5
10,7
11,0
9,2
10,7
13,1
11,8
7,7
5,8
Distrito Federal
8,9
9,0
9,7
10,4
12,0
12,5
12,3
13,4
14,1
14,6
11,3
10,1
Fonte: IBGE – PNAD Contínua
População desocupada cai em 25 unidades da federação
No ano, a população desocupada do país caiu 17,6% e chegou a 8,5 milhões de pessoas, o que representa 1,8 milhão de pessoas a menos em busca de trabalho. Das 27 UFs, 25 registraram queda no número de desocupados, com destaque para o Acre (-45,7%), o Espírito Santo (-34,1%) e o Maranhão (-29,7%). Nesse mesmo período, Mato Grosso do Sul ficou estável (0,0%). Já em Roraima, a população desocupada cresceu 38,5%. Os estados com maior contingente de desocupados eram São Paulo (2,0 milhões), Bahia (922 mil) e Rio de Janeiro (914 mil).
População ocupada cresce em 22 unidades da federação
A população ocupada do país cresceu 3,8% frente ao ano anterior e chegou a 100,7 milhões de pessoas. Isso representa o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O indicador aumentou em 22 UFs, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
No país, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentou 5,8%, ao totalizar 37,7 milhões de pessoas, atingindo também o ponto mais alto da série iniciada em 2012. Apenas quatro UFs recuaram nesse indicador: Rio Grande do Norte (-8,4%), Rondônia (-6,2%), Tocantins (-4,0%) e Acre (-1,3%). As demais apresentaram variações positivas. O maior contingente de empregados com carteira de trabalho estava em São Paulo (11,4 milhões), seguido por Minas Gerais (4,3 milhões) e Rio de Janeiro (3,1 milhões).
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado também cresceu no período, chegando a 13,4 milhões (5,9%). Das oito unidades de federação que registraram queda nesse contingente, as maiores variações estavam no Acre (-26,1%), Rondônia (-15,2%) e Mato Grosso (-7,4%). Entre as que tiveram aumento no número de empregados sem carteira, destacaram-se Mato Grosso do Sul (26,5%), Amazonas (25,9%) e Rio Grande do Norte (25,8%).
Já o número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões em 2023, alta de 0,9% no ano. Nesse indicador, 15 UFs registraram variação negativa, com destaque para o Pará (-8,2%) e o Tocantins (-6,6%).
Por fim, o número de trabalhadores domésticos cresceu 6,1% no ano passado, chegando a 6,1 milhões de pessoas. Houve aumento desse contingente em 19 UFs, com as maiores variações percentuais no Piauí (31,9%), no Acre (27,8%) e na Paraíba (21,3%). Já as maiores quedas foram registradas por Roraima (-22,2%), Amazonas (-18,9%) e Distrito Federal (-12,5%).
Maranhão registra a maior taxa de informalidade e Santa Catarina, a menorEntre 2022 e 2023, a taxa anual de informalidade do país passou de 39,4% para 39,2%. Entre os estados com maior taxa estavam o Maranhão (56,5%), o Pará (56,5%) e Piauí (54,4%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (31,5%).
Taxa anual de informalidade (%), por unidades da federação – 2023
Brasil/unidade da federação
Valor em (%)
Santa Catarina
26,4
Distrito Federal
29,7
São Paulo
31,5
Paraná
31,9
Rio Grande do Sul
31,9
Mato Grosso do Sul
34,5
Mato Grosso
34,5
Rio de Janeiro
37,1
Minas Gerais
37,4
Goiás
38,2
Espírito Santo
39,0
Brasil
39,2
Amapá
41,7
Rio Grande do Norte
44,7
Tocantins
44,9
Acre
45,5
Roraima
45,6
Alagoas
45,7
Rondônia
46,1
Paraíba
49,8
Pernambuco
50,1
Sergipe
51,9
Ceará
53,1
Bahia
53,7
Amazonas
54,0
Piauí
54,4
Pará
56,5
Maranhão
56,5
Piauí tem a maior taxa de subutilização, Santa Catarina, a menor
Em 2023, a taxa composta de subutilização foi estimada em 18,0%, uma queda de 2,9 p.p. frente ao ano anterior, quando foi de 20,9%. Enquanto as maiores taxas estavam no Piauí (40,3%), na Bahia (33,1%) e em Sergipe (32,5%), as menores foram registradas por Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,5%) e Mato Grosso (9,0%).
Taxa anual de subutilização da força de trabalho (%), por unidades da federação – 2023
Brasil/unidade da federação
Valor em (%)
Santa Catarina
6,0
Rondônia
6,5
Mato Grosso
9,0
Mato Grosso do Sul
9,8
Paraná
10,8
Goiás
11,6
Espírito Santo
11,9
Rio Grande do Sul
12,0
Roraima
12,8
Minas Gerais
14,0
São Paulo
14,7
Distrito Federal
16,2
Rio de Janeiro
17,1
Brasil
18,0
Acre
18,0
Tocantins
18,4
Amazonas
20,3
Amapá
20,6
Pará
24,1
Ceará
24,7
Rio Grande do Norte
26,1
Pernambuco
27,2
Paraíba
27,4
Alagoas
28,1
Maranhão
28,4
Sergipe
32,5
Bahia
33,1
Piauí
40,3