Com colaboração de Cleide Santos
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Governo (Segov), da Secretaria Extraordinária de Povos IndÃgenas do Estado (Sepi), do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) e da Defesa Civil, está acolhendo as famÃlias indÃgenas atingidas pela cheia do Rio Acre na Escola Leôncio de Carvalho, em Rio Branco.
Em 2023, a escola pública foi usada para acolher famÃlias indÃgenas atingidas pelas enxurradas e alagações. Neste ano, abriga oito famÃlias, totalizando 31 indÃgenas, vindos dos bairros Base e Ayrton Senna. O espaço está sendo coordenado pela Diretoria dos Povos IndÃgenas (Dipi), ligada à Sepi.
Governo de todos
âO governo do Acre, por meio da Sepi e da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), em parceria com instituições como a Fundação Nacional dos Povos IndÃgenas (Funai), Distrito Sanitário Especial IndÃgena (DSEI), tem monitorado a população indÃgena em contexto urbano que reside nas regiões suscetÃveis à s enchentes e juntamente com os Bombeiros levado a lugares como a Escola Leôncio de Carvalhoâ, afirma o secretário de Governo, Alysson Bestene.
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âNeste espaço, os indÃgenas são assistidos com orientações e cuidados com a saúde, por meio da ação integrada com outras as secretarias, como a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Além disso, o monitoramento também ocorre nas aldeias de difÃcil acesso. Em parceria com o governo federal, reunimos os órgãos responsáveis para que juntos possamos apoiar e, se necessário, realizar resgatesâ, conclui o secretário.
Acolhimento e redes familiares
Na noite da última sexta-feira, as equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual fizeram a retirada das sete famÃlias indÃgenas que residem no Bairro Base, localizado à s margens do Rio Acre.
A ação faz parte do plano de contingência do governo do Acre para auxiliar e evitar maiores danos em decorrência das enchentes. Parte desses moradores foi encaminhada para a Escola Leôncio de Carvalho.
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âEsse abrigo foi usado ano passado, então acabamos pensando nele novamente, porque a equipe já nos conhece. Há uma identificação de solidariedade com os povos indÃgenas, então, tudo fluiu muito mais rápido para que pudéssemos trazer para cá as famÃlias indÃgenasâ, afirma Pamela Apurinã, assessora técnica da Dipi.
Para Gercileuda Kaxinawá, o bom acolhimento é fator importante para amenizar os transtornos causados pela alagação: â Com a ajuda da Sepi e Corpo de Bombeiros chegamos ao abrigo na madrugada de domingo, 25. Fomos muito recebidos, estamos sendo bem cuidados, com café da manhã, almoço e janta, tudo perfeitoâ.
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Moradora do bairro Ayrton Senna há três anos, esta é a segunda vez que Gercileuda precisa sair de casa por causa da cheia do Rio Acre. âDa primeira vez foi muito rápido, perdemos quase tudo, agora foi diferente, conseguimos tirar nossas coisas, não temos o que reclamar do abrigo, mas nada como a casa da gente, a expectativa é que a água baixe e a gente possa voltar logoâ, enfatizou Gercileuda.
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As redes familiares são de extrema importância nesse momento, pois, a partir de uma comunicação estreita com a Sepi e com a SEASDH, parentes recebem alguns alagados e comunicam ao Corpo de Bombeiros, onde possa haver mais necessitados que são encaminhados para a escola.
âAtualmente, estamos fazendo o reconhecimento das necessidades daqueles que estão abrigados aqui, mas nós já recebemos, no último final de semana, atendimento médico. Então, a perspectiva é trazer atividades lúdicas, pois não é uma situação muito agradável, mas estamos cuidando da saúde e da alimentação de todosâ, destaca a assessora técnica.
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A equipe da Dipi já pensa no pós-alagação e em como vai orientar as famÃlias de volta a suas casas, dando total apoio, com kits de limpeza e com o transporte dos pertences.Â
Em caso de emergência, ligue 193
Para solicitar atendimento em decorrência das chuvas, basta entrar em contato com o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), por meio do 193.
Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender à s famÃlias necessitadas.
Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.Â
Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.
Caso alguém deseje doar colchonetes, fraldas descartáveis, massas de mingau e ou cestas básicas, deve entrar em contato com o número (68) 9 8422-2412, ou ir até a Escola Leôncio de Carvalho, localizada na entrada do Benfica, Bairro Vila Acre.