Mais de 300 atendimentos foram realizados na terceira edição do Saúde Itinerante Especializado Multidisciplinar em Neuropediatria, nesta sexta-feira e sábado, 17 e 18. Dessa vez, o município de Senador Guiomard sediou a ação que é voltada para o público infanto-juvenil. A emissão da Carteira Estadual da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (e-CEPTEA) também fez parte da programação.
Promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), o programa tem o objetivo macro de reduzir a fila de espera da regulação para atendimentos em neuropediatria, bem como oferecer assistência de qualidade aos usuários, sem a necessidade de deslocamento para Rio Branco.
“E aqui, em Senador Guiomard, estamos retornando com a equipe multidisciplinar. Estamos fazendo o caminho inverso, ao invés dessas famílias se dirigirem à Fundhacre ou ao Centro de Reabilitação, na capital, nós estamos trazendo os atendimentos até elas. É uma preocupação da gestão que ofertemos esse serviço em cada município do estado, pelo menos uma vez ao ano, com dois retornos”, ressaltou a chefe da Divisão de Saúde Itinerante Especializada da Sesacre, Rosemary Ruiz.
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Segundo Jussimara Sotero, mãe do pequeno José Luís de apenas 2 anos, alguns comportamentos que o filho apresenta levou a família à investigação do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Ele era diferente das minhas outras crianças, o modo de se comportar, não dormia a noite. Por isso, procuramos o pediatra e ele decidiu seguir avante para descobrir se tinha o autismo. E receber esse atendimento aqui, perto de casa , é maravilhoso”, disse.
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A equipe multidisciplinar do programa é composta por especialistas em neuropediatria, pediatria, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional e serviço social, contando com o apoio multiprofissional também dos municípios. A abordagem visa proporcionar cuidados de saúde integral às crianças que necessitam de atenção especializada.
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“As professoras me chamaram na escola para falar sobre alguns sintomas que ele estava tendo. Por aí começamos a investigação. A secretaria de saúde sempre nos apoiou e esse tipo de ação facilita o acesso aos especialistas e as terapias. Eu só tenho a agradecer, pois só quem tem crianças com autismo entende a dificuldade de mudar a rotina, ir a lugares com muito barulho, então eu fico muito feliz de receber esse serviço aqui”, declarou a mãe do Ryan Erik de 11 anos, Rosimara Moraes.