Em julho de 2024, a produção industrial nacional caiu 1,4% frente a junho, na série com ajuste sazonal. O resultado acontece após o avanço de 4,3% em junho.
Julho 2024/ Junho 2024
-1,40%
Julho 2024/ Julho 2023
6,10%
Acumulado no ano
3,20%
Acumulado em 12 meses
2,20%
Média Móvel Trimestral
0,40%
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 6,1% em julho de 2024, marcando a segunda taxa positiva consecutiva e a expansão mais intensa desde abril de 2024 (8,4%). Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,2% nos sete primeiros meses de 2024.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 2,2% em julho, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).
Duas das quatro grandes categorias econômicas e somente sete dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e indústrias extrativas (-2,4%). Vale destacar também a influência negativa registrada pelo setor de celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).
Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram expansão na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias, ao assinalar 12,0% em julho de 2024, exerceu o principal impacto na média da indústria e intensificou o ritmo de crescimento frente ao resultado de junho (4,8%). Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos de metal (8,4%), de produtos diversos (18,8%), de produtos químicos (2,7%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (12,1%), de máquinas e equipamentos (4,2%), de impressão e reprodução de gravações (23,4%), de produtos de borracha e de material plástico (3,5%), de outros equipamentos de transporte (9,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) assinalou a taxa negativa mais elevada em julho de 2024 e eliminou parte do crescimento de 4,5% registrado no mês anterior. O setor produtor de bens intermediários (-0,3%) também apontou queda na produção neste mês, após avançar 2,3% em junho último. Por outro lado, os segmentos de bens de capital (2,5%) e de bens de consumo duráveis (9,1%) assinalaram os resultados positivos em julho de 2024 e intensificaram os avanços verificados no mês anterior: 0,8% e 5,9%, respectivamente.
Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias EconômicasBrasil – Julho de 2024
Grandes Categorias Econômicas
Variação (%)
Julho 2024 / Junho 2024*
Julho 2024 / Julho 2023
Acumulado Janeiro-Julho
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital
2,5
17,3
6,8
-2,4
Bens Intermediários
-0,3
4,0
2,3
2,1
Bens de Consumo
-2,5
8,7
4,5
3,4
Duráveis
9,1
31,4
8,1
3,5
Semiduráveis e não Duráveis
-3,1
5,5
3,9
3,4
Indústria Geral
-1,4
6,1
3,2
2,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com ajuste sazonal
Média móvel trimestral apresenta variação de 0,4% no trimestre encerrado em julho
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria teve variação de 0,4% no trimestre encerrado em julho de 2024 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2023.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (2,8%) assinalou a taxa positiva mais elevada em julho de 2024 e intensificou o avanço de 1,7% registrado no mês anterior. Os setores produtores de bens intermediários (0,5%), de bens de capital (0,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,3%) também apontaram crescimento na produção neste mês, com o primeiro mostrando ganho de ritmo frente ao verificado em junho último (0,2%), quando interrompeu quatro meses consecutivos de queda; o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2023; e o terceiro marcando o sexto mês seguido de expansão, período em que acumulou ganho de 3,1%.
Frente a julho de 2023, indústria cresce 6,1%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 6,1% em julho de 2024, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que julho de 2024 (23 dias) teve 2 dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (26,8%) e produtos químicos (10,5%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, autopeças, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para o transporte de mercadorias e caminhões, na primeira; e fungicidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para construção, desinfetantes, herbicidas para plantas, fertilizantes químicos das fórmulas NPK, inseticidas para uso na agricultura, polietileno linear, etileno não saturado e poliestireno, na segunda.
Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de produtos de metal (13,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (24,4%), de produtos de borracha e de material plástico (11,6%), de máquinas e equipamentos (10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,0%), de móveis (26,9%), de metalurgia (4,8%), de bebidas (8,4%), de produtos alimentícios (1,3%), de produtos diversos (19,4%), de outros equipamentos de transporte (17,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (10,9%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (14,3%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,2%).
Por outro lado, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção dos itens óleo diesel, naftas, gás liquefeito de petróleo (GLP) e álcool etílico.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (31,4%) e bens de capital (17,3%) assinalaram, em julho de 2024, expansão de dois dígitos e as mais acentuadas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (5,5%) e de bens intermediários (4,0%) também mostraram resultados positivos nesse mês, mas com avanços menos elevados do que o verificado na média da indústria (6,1%).
No índice acumulado para janeiro-julho de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 3,2%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas,20 dos 25 ramos, 57 dos 80 grupos e 58,7% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (4,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (8,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%) e indústrias extrativas (1,8%).
Vale destacar também os impactos positivos registrados pelos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,4%), de produtos de borracha e de material plástico (5,0%), de celulose, papel e produtos de papel (4,7%), de outros equipamentos de transporte (12,5%), de bebidas (4,7%), de produtos químicos (1,7%) e de móveis (9,2%).
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-julho de 2023, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,1%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pela menor produção de medicamentos.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os sete primeiros meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (8,1%) e bens de capital (6,8%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção de eletrodomésticos (24,2%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (12,6%), na segunda. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,9%) e de bens intermediários (2,3%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado do ano, com o primeiro assinalando avanço mais elevado do que o verificado na média da indústria (3,2%); e o segundo registrando o crescimento menos acentuado.
Palavras-chave: Produção industrial recua 1, 4% em julho
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