O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou variação de 1,23% em fevereiro de 2025, 1,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em janeiro de 2025 (0,11%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,34% e, nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,96%, acima dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,78%.
Período
TAXA
Fevereiro de 2025
1,23%
Janeiro de 2025
0,11%
Fevereiro de 2024
0,78%
Acumulado no ano
1,34%
Acumulado nos 12 meses
4,96%
Dos nove grupos pesquisados, Habitação (4,34%) teve o maior impacto (0,63 p.p.) no índice do mês, enquanto Educação apresentou a maior variação (4,78% e impacto de 0,29 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,08% de Vestuário e o 0,61% de Alimentação e Bebidas.
IPCA-15 – Grupos – Variação e Impacto
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Janeiro
Fevereiro
Janeiro
Fevereiro
Índice Geral
0,11
1,23
0,11
1,23
Alimentação e bebidas
1,06
0,61
0,23
0,14
Habitação
-3,43
4,34
-0,52
0,63
Artigos de residência
0,72
0,38
0,03
0,01
Vestuário
0,46
-0,08
0,02
0,00
Transportes
1,01
0,44
0,21
0,09
Saúde e cuidados pessoais
0,64
0,54
0,08
0,07
Despesas pessoais
0,40
0,01
0,04
0,00
Educação
0,25
4,78
0,01
0,29
Comunicação
0,15
-0,06
0,01
0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema
No grupo Habitação (4,34%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,54 p.p.), ao avançar 16,33% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-15,46%), em função da incorporação do bônus de Itaipu.
Também em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,52%) é decorrente do reajuste de 6,42% nas tarifas em Belo Horizonte (3,60%) e do reajuste de 6,45% nas tarifas de uma das concessionárias em Porto Alegre (1,79%), vigentes desde 1º de janeiro. No subitem gás encanado (-0,32%), a variação de 2,01% no Rio de Janeiro foi resultado de um reajuste positivo de 4,71%, com início em 1° de janeiro, e de uma redução média de 1,78% nas tarifas, a partir de 1º de fevereiro; em Curitiba (-1,25%), houve redução de 3,01% nas tarifas, a partir de 1° de fevereiro; e, em São Paulo, a variação de -1,41% reflete a incorporação integral da redução nas tarifas, vigente desde 10 de dezembro de 2024.
Em Educação (4,78%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,50%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%).
No grupo Alimentação e Bebidas (0,61% e 0,14 p.p.), a alimentação no domicílio aumentou 0,63% em fevereiro, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As principais variações positivas foram as de cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%) e, no lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,17%) o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Tanto a refeição (0,43%) quanto o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
No grupo dos Transportes (0,44% e 0,09 p.p.), os combustíveis aumentaram 1,88%. Houve aumentos nos preços do etanol (3,22%), do óleo diesel (2,42%) e da gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo de 0,41%. As passagens aéreas mostraram redução de 20,42%.
Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano apresentou variação de 5,20%. Em Curitiba (-5,11%), a partir de 5 de janeiro, a tarifa modal aos domingos passou a custar metade do valor e, em Fortaleza (0,46%), houve a adoção da tarifa social no dia 31 de dezembro de 2024. Foram ainda apropriados os seguintes reajustes nas tarifas:
São Paulo (14,68%): reajuste de 13,64% a partir de 6 de janeiro;
Rio de Janeiro (6,34%): reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro;
Belo Horizonte (5,31%): reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro;
Salvador (5,05%): reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro;
Recife (3,37%): reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro;
Houve também aumentos no táxi (1,60%). Em Salvador (4,79%), realizou-se a incorporação integral do reajuste vigente desde 1° de janeiro, e, no Rio de Janeiro, o aumento foi de 4,61%, em decorrência do reajuste de 7,83% a partir de 2 de janeiro. Em São Paulo, foram registrados aumentos de 2,97% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens, a partir de 6 de janeiro. A variação de 9,69% na integração transporte público, em São Paulo, é reflexo da combinação dos reajustes citados e de gratuidades concedidas a toda população nos dias de Ano Novo (01/01) e do aniversário da cidade (25/01). No Rio de Janeiro houve reajuste de 7,04% na passagem de trem (2,68%), a partir do dia 2 de fevereiro.
Em fevereiro, IPCA-15 subiu nas onze áreas
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada em Recife (1,49%), por conta das altas da energia elétrica residencial (14,78%) e da gasolina (3,74%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,99%), em razão das quedas nas passagens aéreas (-26,67%) e do arroz (-2,67%).
IPCA-15 Regiões
Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Janeiro
Fevereiro
Ano
12 meses
Recife
4,71
0,06
1,49
1,55
4,64
Belém
4,46
0,01
1,39
1,39
5,00
Salvador
7,19
0,28
1,36
1,64
5,07
Brasília
4,84
0,26
1,34
1,60
5,33
Rio de Janeiro
9,77
0,00
1,32
1,32
4,81
Belo Horizonte
10,04
0,13
1,27
1,41
5,67
São Paulo
33,45
0,09
1,20
1,29
5,02
Curitiba
8,09
0,16
1,11
1,27
4,78
Fortaleza
3,88
0,21
1,10
1,31
4,71
Porto Alegre
8,61
-0,13
1,08
0,95
4,13
Goiânia
4,96
0,53
0,99
1,53
5,09
Brasil
100,00
0,11
1,23
1,34
4,96
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de janeiro de 2025 a 12 de fevereiro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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