A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC) do Acre informa que os níveis dos rios das bacias hidrográficas do Rio Iaco, Rio Purus, Rio Tarauacá e Rio Envira seguem com níveis dentro da normalidade. No entanto, algumas regiões requerem maior atenção: Na bacia do Rio Acre, os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Capixaba e Xapuri encontram-se em normalidade. O principal afluente, Riozinho do Rola, ainda em transbordamento, apresentou sinais de vazante.
Em Rio Branco , o rio Acre apresenta vazante, mas ainda encontra-se em transbordamento e está na cota de 14,87m. Os danos permanecem os mesmos tendo em vista as previsões de mais chuvas, ou seja, permanecem atingidos 43 bairros, 8.698 famílias, totalizando 31.318 pessoas. Essas famílias ainda permanecem abrigadas no parque de exposições. Em Porto Acre, também em transbordamento, apenas uma família está desalojada.
Na bacia do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, o nível do rio está marcando 13,78m, permanecendo acima da cota de transbordamento, mas dando sinais de estabilização, permanecendo com 12 bairros, 197 famílias estão com corte de energia elétrica e 34 famílias retiradas. Em Rodrigues Alves permanece acima da cota de transbordamento, mas não há registros de famílias desabrigadas. Já na bacia do Rio Abunã, em Plácido de Castro, o nível está estável e ainda continua acima da cota de transbordamento, impactando 3 bairros e deixando 2 famílias desalojadas e 6 famílias isoladas. Nas zonas rurais, 9 comunidades estão atingidas, deixando 150 pessoas isoladas.
Ações do governo
O governo do Acre republicou, no início desta semana, o Decreto de Situação de Emergência, em decorrência do aumento dos índices de chuvas e do nível dos rios e igarapés no estado, incluindo em situação de emergência os municípios de Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Marechal Taumaturgo, Porto Acre, Rio Branco, Plácido de Castro, Mâncio Lima e Santa Rosa do Purus. O decreto tem validade de 180 dias e institui Situação de Emergência de Nível 2 no Acre. O documento autoriza medidas administrativas urgentes para a instalação de abrigos, fornecimento de insumos e mobilização de recursos para o enfrentamento da crise.
Diante da situação de emergência causada pelas cheias dos rios e igarapés, o governo do Estado relançou nesta quinta-feira, 20, em Rio Branco, a campanha Juntos pelo Acre, agora de forma permanente, em parceria com todas as secretarias de governo. O objetivo é mobilizar a sociedade na arrecadação de alimentos, produtos de higiene, roupas e outros itens essenciais para atender às famílias que estão desabrigadas ou em situação de vulnerabilidade.
O governo do Acre lançou nesta sexta-feira, 21, o drive-thru beneficente da campanha Juntos Pelo Acre, iniciativa voltada para arrecadar donativos e fortalecer o atendimento às famílias atingidas pela enchente do Rio Acre. Durante o evento, também foi realizada a entrega de fardos de água doados pelo Mercale, à Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH). A vice-governadora e titular da Seasdh, Mailza Assis, liderou a ação, reforçando a importância da mobilização coletiva para ajudar a população afetada.
Para atender às famílias atingidas pelas cheias dos rios e igarapés no estado, nesta sexta-feira, 21, o governo do Acre enviou ajuda humanitária aos municípios de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó. Ao todo, foram enviados 100 colchões e 400 cestas básicas para Cruzeiro do Sul; 400 cestas básicas para Tarauacá e 300 cestas básicas para Feijó. Esta não é a primeira vez que o Estado envia ajuda aos municípios afetados pelas cheias deste ano e, posteriormente, deve encaminhar novos auxílios, de acordo com a demanda prevista.
O planejamento conciso e o alinhamento prévio é essencial para a realização de ações efetivas e, por isso, o governo do Acre reuniu, na manhã de sexta-feira, 21, representantes de diversas pastas na Secretaria de Estado da Casa Civil (Secc), em Rio Branco, para a elaboração de um plano de ação voltado à melhoria da qualidade do ar e ao enfrentamento de crises hídricas.
Para trabalhar o fortalecimento da autoestima e valorização das mulheres, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), continua com os atendimentos do Vestuário Social no Parque de Exposições, em Rio Branco. Ação integra o Programa Juntos Pelo Acre, com doações de roupas femininas para as abrigadas no local.
Apoio do governo federal
O governo federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e da Defesa Civil Nacional, reconheceu, na quarta-feira, 19, a situação de emergência em Rio Branco. O município foi afetado por inundações devido à cheia do Rio Acre. A Portaria nº 758, com o reconhecimento, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). A partir da publicação da portaria, a prefeitura já pode solicitar recursos do governo federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
O governo do Acre está utilizando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para garantir a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade devido à cheia do Rio Acre. Entre os beneficiados estão cerca de 65 indígenas do Povo Huni Kuin, alojados no Parque de Exposições, em Rio Branco. O PAA, iniciativa do governo federal executada pelo Estado, compra alimentos da agricultura familiar e os destina a instituições que prestam assistência social. No Acre, o programa atende organizações como hospitais, unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Instituto Socioeducativo (ISE). Entre as instituições cadastradas, está a Cozinha Solidária Marielle Franco, que, além de produzir milhares de refeições, também recebe e distribui os alimentos às comunidades mais necessitadas.
Cuidados com a rede elétrica
A Energisa orienta os clientes afetados pela cheia a não tentarem consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da alagação, deve-se desligar o disjuntor de energia (chave geral) antes que a água entre na residência, de forma segura (usando calçado de borracha e enxuto).
A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, para avaliar ou realizar o desligamento da energia, a fim de evitar acidentes e garantir a segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas, além da população.
A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e Call Center: 0800-647-7196.
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