Durante uma reunião com o Sindicato dos Produtores Rurais de Ariquemes, o senador Confúcio Moura (MDB) fez um pronunciamento inflamado, deixando claro o tom de revolta e frustração ao comentar a recente inauguração do novo teatro da cidade — obra que, segundo ele, foi construída com recursos garantidos por seu governo, mas sem que ele tivesse sido sequer convidado para o evento.
“Eles inauguraram agora, nem me convidaram! Nenhum convite eu recebi, nem da prefeitura, nem do governo do estado. Mas quem fez essa zorra aí fui eu! Foi eu, menino! Uma safadeza que não tem tamanho!”
Confúcio relembrou que destinou R$ 12 milhões do governo estadual para viabilizar a obra e destacou que toda a estrutura foi feita com planejamento e aplicação direta de sua gestão:
“Nós entregamos esse prédio com recurso próprio, bonito, com tudo em tecnologia, modernização. Tudo foi feito por nós.”
Ao longo de sua fala, o senador também resgatou sua trajetória pioneira em Rondônia, afirmando que chegou em Ariquemes antes da cidade existir:
“Me respeitem! Eu não sou aventureiro! Eu sou um construtor de sacrifícios!”
Sem esconder a indignação, ele mandou um recado direto aos críticos:
“Nós temos uma folha de serviço para calar a boca da cidade, para entupir a goela de quem fala mal de nós!”
Confúcio ainda destacou obras como o maior teatro da Amazônia em Porto Velho e o Palácio Rio Madeira, onde fez questão de homenagear o governador anterior, diferentemente do que, segundo ele, fizeram agora em Ariquemes. “Quando terminei o Palácio Rio Madeira, chamei o Cassol para ser homenageado. Ele não foi, mas a placa está lá. Aqui, não. Aqui esqueceram de quem fez.”
O senador também aproveitou o momento para criticar a polarização política e reiterar sua atuação como parlamentar comprometido com Rondônia. Lembrou que no Governo Federal anterior eram destinados R$ 130 milhões para manutenção da BR-364 e agora, por meio de sua atuação esse número aumentou consideravelmente.
“Todo ano caem R$ 600 milhões na conta do Estado pra arrumar rodovias. Isso não se faz com discurso, se faz com dinheiro!”
Aos 77 anos, Confúcio manteve em sua fala o tom de emoção, reafirmando seu papel como pioneiro e construtor. “Eu cheguei aqui antes da cidade. Estou aqui até hoje, de pé, sonhando com o crescimento desse Estado!”