Por Eleonor Rodrigues e Wellington Vidal
Em comemoração ao Dia Nacional do Jornalista, a 1ª Mostra de Jornalismo Documental da Universidade Federal do Acre (Ufac) foi realizada, com apoio da Fundação Elias Mansour (FEM), na última segunda-feira, 7. O evento, que aconteceu no Cine Teatro Recreio, contou com a exibição de seis documentários produzidos pelos estudantes do curso de Jornalismo da instituição.
A mostra marcou o encerramento da disciplina de Vídeo Documentário, conduzida pelo professor Paulo Santiago. Desde o ano passado, os alunos se dedicaram ao aprendizado de técnicas de filmagem, planos, ângulos, roteiro, condução de entrevistas e produção de projetos audiovisuais. O principal objetivo do evento foi proporcionar aos estudantes a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.
“Os curta-metragens apresentados pelos alunos de Jornalismo mostram a qualidade desses futuros profissionais que estão em formação. É um compromisso do nosso curso fazer bons debates e pautar assuntos de interesse público. Foi isso que vimos na última noite, com documentários que evidenciam as mazelas sociais de Rio Branco, expostas sem filtros sociais”, afirma o professor da disciplina.

Com a presença de estudantes e professores do curso, a mostra se tornou um projeto importante para que os alunos compartilhassem suas produções tanto com a comunidade acadêmica quanto com a sociedade em geral, provocando reflexões sobre temas muitas vezes negligenciados.

“Participar da 1ª Mostra de Jornalismo Documental do curso foi muito especial. A gente passa tanto tempo pesquisando, gravando, editando, e ver tudo isso ganhando vida na tela, com tantas pessoas prestigiando, foi emocionante. É gratificante saber que, mesmo ainda como estudantes, conseguimos provocar reflexões e contar histórias que importam,” declara a estudante Ludymila Maia.
O evento, que teve o apoio cultural do Grupo Sans, da escola bilíngue Wizard e da FEM, encerrou com um bolo em homenagem ao Dia Nacional do Jornalista e para celebrar o sucesso dos trabalhos apresentados.
Conheça os documentários exibidos:
- “O Silêncio do Abandono”: foca nas mulheres encarceradas na Penitenciária Dr. Francisco de Oliveira Conde, explorando a solidão e o abandono enfrentado por aquelas sem visitas ou apoio familiar, além dos desafios da reintegração social.
- “A Mulher que Morre em Rio Branco”: mostra a realidade do feminicídio em Rio Branco – Acre, abordando as dificuldades das mulheres em busca de justiça e as falhas nas instituições que deveriam protegê-las, além de analisar a violência sistemática contra elas.
- “À Margem da Lei: como abordagens policiais moldam o ódio nas periferias”: examina o impacto das abordagens policiais agressivas nas periferias, criando um ciclo de desconfiança e ódio, com foco na criminalização da pobreza e estigmatização da juventude negra.
- “Tudo que Cabe na Mochila”: retrata a vida das pessoas em situação de rua em Rio Branco, oferecendo uma nova perspectiva sobre suas histórias de resistência e humanidade, e os desafios enfrentados por aqueles marginalizados pela sociedade.
- “A Noite Amazônica”: mergulha na vida de músicos em Rio Branco, que lutam para viver da sua arte, enfrentando dificuldades financeiras e buscando seu espaço no cenário musical da Amazônia.
- “Êxodo 18:21 – Entre Fé e Política”: aborda a crescente união entre o conservadorismo político e as igrejas evangélicas no Acre, questionando as implicações dessa fusão entre fé e política e suas consequências sociais e educacionais.
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