
De volta ao Tricolor, o técnico Hernán Crespo foi apresentado nesta terça-feira (24) e concedeu entrevista coletiva no MorumBIS. O treinador, que chega com contrato válido até o fim de 2026, recebeu as boas-vindas do presidente Julio Casares antes de bater um papo com os jornalistas.
“Quando falamos com Hernán Crespo, em 2021, tivemos a convicção de que era um técnico trabalhador e vencedor, com a nossa cara. E naquele momento ele foi o escolhido. Tenho sempre que registrar um título importante que o Hernán deixou, o Paulistão, e aquilo reconectou o torcedor ao clube. Tivemos um momento de muita dificuldade e conseguimos um grande título. E como todos profissionais com o perfil do Hernán, eles deixam a porta aberta. Eu me lembro do Muricy, que foi técnico e depois voltou. O próprio Rogério Ceni e depois o Dorival”, disse Casares.
Na sequência, o treinador argentino revelou as suas expectativas neste retorno ao São Paulo após quatro anos.
“Penso que sou melhor agora, mas todos somos melhores. Sou um melhor treinador nesse momento. Eu sigo sendo a mesma pessoa que antes, mas, sim, tenho mais ferramentas para poder oferecer ao grupo de trabalho. O primeiro a fazer é tratar de competir. E dar uma identidade que eu creio que é minha identidade. O meu prazer será que o torcedor do São Paulo se identifique com o time”, afirmou o comandante, que completou.
“Queremos jogar bem. Jogar bem significa que os jogadores entendam as necessidades da partida para fazer melhor do que o adversário. Estamos falando de um time com uma história muito grande como o São Paulo, que tem de pensar no gol. Não são coisas separadas, não pode ser uma maneira ou outra”, analisou.
Crespo também falou sobre a sua decisão de retornar ao futebol brasileiro após conquistar três troféus pelo Al-Duhail, do Catar, e faturar a Liga dos Campeões da Ásia pelo Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.
“É o São Paulo. Aqui tem de estar pronto sempre. Tem de fazer e trabalhar. Nada mais, porque aqui não há espaço para esperar. E tem de merecer estar no São Paulo. O São Paulo é grande. Quem está pronto, joga. E quem não estiver vai esperar a oportunidade. Todos têm de demonstrar, porque o São Paulo é exigência”, disse o treinador, que emendou.
“O primeiro que podemos dizer é que foi sentimento. Quando me chamaram, eu não pensei. É o São Paulo. Ponto. É ter prazer de pertencer a um lugar mágico e com muita história. Por isso me sinto muito orgulhoso de pertencer, de estar aqui. Isso para um apaixonado de futebol é espetacular. É um lugar mágico. Não tem uma explicação. Não sei o que tem. A história é importante e todos conhecemos, mas há algo na mente quando você chega ao estádio. Se me permitem sonhar? Gostaria de estar ao lado de Telê, de Muricy. Se vamos sonhar, vamos sonhar grande. É difícil, mas vamos tentar”, concluiu.
