Estudantes do Alto Acre estão entre os protagonistas da fase estadual da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), realizada nesta terça e quarta-feira, 12 e 13, na Escola Estadual Armando Nogueira, em Rio Branco. O evento reúne projetos desenvolvidos por escolas de todo o estado e vai selecionar os representantes acreanos para a etapa nacional, prevista para outubro, em Brasília (DF).
De Brasileia, o Instituto Odilon Pratagi apresentou o projeto “Vamos Transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática, Transformação Social e Ambiental Hoje!”. A professora Agna Roberta Sabina Araújo explicou que a proposta surgiu a partir do tema central da conferência, com foco na aplicação imediata no ambiente escolar, sem necessidade de recursos externos.
“Toda a comunidade escolar participa ativamente. Os alunos coletam materiais recicláveis em casa, que são utilizados em atividades pedagógicas na escola. Assim, estimulamos a conscientização, mostrando que pequenas mudanças são possíveis e que, com o engajamento dos estudantes, podemos influenciar positivamente as famílias”, destacou a docente.
Para a aluna Eloani Fiesca de Sousa, do 9º ano, a experiência foi enriquecedora. “Aprendi que podemos fazer a diferença cuidando melhor do meio ambiente através da reciclagem e de práticas sustentáveis”, disse.

Outro destaque veio do município de Assis Brasil, com a Escola Iricélia Cabanela Zanini e o projeto “Reconectando Pessoas com o Meio Ambiente e Reaproveitamento da Água do Ar-Condicionado”, coordenado pelo professor João Paulo Almeida. A iniciativa nasceu da observação de que os aparelhos de ar-condicionado da escola geravam, em média, 20 litros de água por dia, que antes eram desperdiçados.
O projeto prevê o armazenamento dessa água para limpeza e irrigação de plantas em uma praça ecológica construída na escola, reforçando a importância do reaproveitamento e da conscientização ambiental.
“Nosso objetivo é criar espaços de interação com a natureza, aproveitando recursos que antes eram ignorados. Queremos incentivar práticas sustentáveis, com atenção especial às comunidades ribeirinhas, indígenas e rurais, que sofrem com a falta de saneamento e outros desafios”, afirmou o professor.

Para a aluna Hálita Nascimento, do 9º ano, a vivência foi transformadora. “Aprendi que, com união, podemos melhorar o meio ambiente. Descobri que temos voz e que precisamos dar importância a esse tema, principalmente diante das queimadas e do desmatamento que vivemos na região.”
A Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente é uma iniciativa do Ministério da Educação e do Ministério do Meio Ambiente, que incentiva estudantes de todo o país a desenvolverem projetos voltados para a sustentabilidade e a justiça climática, fortalecendo o protagonismo juvenil na defesa do planeta.
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