Neste domingo, 7 de setembro, José João da Silva – vencedor de duas Corridas de São Silvestre pelo Tricolor – completa 70 anos de idade (de acordo com os registros oficiais – ver mais abaixo) e, em homenagem ao atleta, o Arquivo Histórico publica um especial sobre a vida e a carreira do campeão.
O FIM DO JEJUM
Em 1980, a tradicional corrida de São Silvestre – maior prova de pedestrianismo nacional, realizada desde 1925 – passava pelo maior jejum de vitórias brasileiras em toda a história. Desde a internacionalização da prova, em 1945, somente duas vezes um corredor brasileiro vencera a competição, justamente nos dois primeiros anos, com Sebastião Alves Monteiro (também atleta do São Paulo).
Ou seja, desde 1946 nenhum outro competidor nacional alcançara a primeira posição no pódio: eram, então, 33 anos completos (ou 34, a completar) apenas com vencedores estrangeiros. No dia 31 de dezembro de 1980, porém, esse tabu foi quebrado.
A 56ª Corrida de São Silvestre, então realizada à noite e com 8,9 km de traçado, com partida e chegada no nº 900 da Avenida Paulista – de frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero (idealizador da disputa), teve início às 23h38, com o tiro de largada dado pelo secretário de esportes Francisco Rossi, sob a costumeira garoa fina de São Paulo daqueles dias.


Depois de espaçada a multidão de gente aglomerada dos primeiros metros percorridos, José João da Silva despontou na primeira posição quando se adentrava a Avenida Brigadeiro Luís Antônio. 50 metros atrás dele vinha o português Fernando Mamede, seguido pelo norte-americano Herbert Lindsay, vencedor de 1979, pelo colombiano Silvio Salazar e pelo brasileiro Elói Rodrigues Schieder.
“Um ritmo alucinante, com braços e pernas em perfeita harmonia, cabeça erguida, era a figura do campeão que passava. O público tomava todos os lugares pelas ruas onde a prova se desenvolvia e aplaudia intensamente o inabalável José João. A sua extraordinária performance lhe dava condições de imprimir o seu ritmo constante, demolidor, arrasador e determinante”, escreveu A Gazeta Esportiva sobre a prova.
Na altura do Largo São Francisco, o pelotão dos cinco principais competidores se destacou de vez dos demais concorrentes e, já na altura da Avenida São João, ficou claro que a corrida se resumiria a José João e Fernando Mamede. Apesar de acirrada disputa, José João em nenhum momento havia sido superado pelo lusitano. Isto, até a temível subida da Consolação.
Na metade dessa avenida, Mamede ultrapassou o brasileiro. Os anos “na fila”, sem conquistas de compatriotas, pesariam na mente e na confiança de José João? Restavam poucos metros: terminada a subida, os atletas virariam à direita na Avenida Paulista, para o trecho final da prova.
Ambos entraram na mais conhecida rua paulistana próximos, mas com o português à frente. O percurso derradeiro era reto e plano, suave, mas, principalmente, apinhado brasileiros nas calçadas.
“Empolgado com a vibração da massa que o incentivava e o empurrava com gritos de ‘Brasil, Brasil’, empreende sensacional reação. José João ultrapassa a Mamede, que já não tinha mais condições de acompanhá-lo”, relatou A Gazeta. “O incrível ritmo imposto por José João naqueles últimos metros que o separava da fita de chegada era impossível de ser superado”.
O delírio tomou conta de todos. Os locutores da rádio e TV Gazeta extasiados clamavam pela vitória iminente e repentina. “Quando José João, com a camiseta do São Paulo F. C., cruzou a linha de chegada, com o nome dele e do Brasil saindo com toda a força da boca de milhares de brasileiros, houve uma apoteose”, afirmou o jornal.








Enfim, após quase 34 anos em busca do tradicional e desejado título, enfim, todos gritavam e comemoravam felizes pelo campeão, José João da Silva, que se viu a iniciar uma nova e especial fase: “É gozado… quando vi que ia vencer senti que estava renascendo para a vida. Já no pódio, me senti uma criança que não pensa em nada, que estava voando, vivendo um sonho interminável”.







QUEM É JOSÉ JOÃO DA SILVA
Nascido em Bezerros, no interior do estado de Pernambuco, no dia 5 de maio de 1954, e registrado oficialmente apenas no dia 7 de setembro de 1955, José João foi criado em família humilde. Pouco depois de atingir a maioridade, decidiu emigrar para a capital paulista em 1974, a fim de estudar e trabalhar.

De manhã, estudava no Colégio Assunção, e no resto do dia trabalhava em uma cantina na Rua Pamplona, onde fazia de tudo: entregava pizza, preparava drinques, carregava lenha e ainda limpava o que fosse preciso.
Em uma certa noite, dia 31 de dezembro de 1974, a vida de José João mudou totalmente, ao acaso. Ele precisava entregar uma pizza no antigo Hospital Matarazzo e, para lá chegar, tinha que cruzar a Avenida Paulista. Contudo, teve muita dificuldade para atravessá-la, justamente por causa da Corrida de São Silvestre. Ao fim da noite, com o pedido entregue, restou o fascínio de presenciar aqueles corredores.
Desde então queria fazer o mesmo. De tanto insistir, convenceu o chefe, o sr. Pelicciari, a lhe cronometrar uma corrida improvisada pelo percurso da prova. Correu de sapatos, mas foi o suficiente para o chefe lhe indicar conhecidos no Esporte Clube Pinheiros.

Foi aceito no consagrado clube poliesportivo em agosto de 1975, onde passou a ser treinado pelo professor Carlos Ventura, o Carlão. Chegou com o sonho confesso de ser campeão da São Silvestre, mas em pouco tempo a realidade lhe impôs um peculiar apelido, dado por outro técnico da equipe, o Pedrão: “Arataca”, pois José João não sabia correr. Não como um atleta…
O fato levou os companheiros a acharem que José João abandonaria o esporte. E, depois de uns dias ausentes nos treinamentos, tinham quase certeza que o Arataca havia desistido, até ele reaparecer, do nada, quase um mês depois – só havia se afastado por causa do falecimento da mãe, Dona Leopoldina, em Pernambuco.
Mas, apesar de toda a vontade, os treinamentos não avançavam e José João não colhia resultados. A rotina, dividida entre a prática esportiva e a lida no batente lhe atrapalhava o rendimento. Chegou a mudar de trabalho – indo prestar serviço no restaurante do próprio Pinheiros como garçom – e mesmo de moradia – residindo na pensão dos atletas, na Avenida Iraí, em Moema.

Ainda assim, a evolução tardou – mas daria resultados. Na primeira São Silvestre que disputou, em 1976, terminou na 89ª posição (nada mal).
Em março de 1977, participou de uma prova de Cross Country de 14 km na cidade de Mauá, na Grande São Paulo e desistiu antes de cruzar a linha de chegada. Levou uma tremenda bronca do técnico Carlão por isso: “Atleta que começa a desistir das coisas vai pegando um estigma, e passa a desistir de tudo”. José João nunca mais abandonou uma prova depois de começar a correr.
O sonho de vencer a São Silvestre começou a se tornar realidade em 1979, quando terminou aquela edição no 15º lugar. Logo apontaram José João como um dos favoritos para o ano seguinte. Em março de 1980 houve o último salto esportivo que lhe faltava: ele e o técnico Carlão receberam um convite para treinar e se federar ao São Paulo Futebol Clube.



Pela primeira vez na vida, José João passou a receber algo (uma ajuda de custo) para correr, além de um ganhar um emprego fixo e a alimentação especializada para atletas. O resultado foi imediatamente visível.
José João venceu a Corrida de São Silvestre de 1980, com a marca de 23’ 40’’ 300, foi terceiro colocado em 1981 e 1982, e vice-campeão em 1984 (sempre sendo o melhor brasileiro posicionado). Só não subiu ao pódio em 1983 pois nem correu – havia fraturado o braço pouco dias antes da competição. Em 1984, também teve a honra de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, chegando às finais dos 5.000 e 10.000 metros, e terminando ambas em oitavo lugar.

E em 1985, contudo, veio a coroação, com nova inesquecível vitória na virada do ano: o bicampeonato da São Silvestre.

A SEGUNDA VITÓRIA
Favorito, José João causava euforia entre torcedores e corredores antes da largada da 61ª Corrida Internacional de São Silvestre. Muito por causa disso, ele preferiu se aquecer à parte, longe dos holofotes, em uma garagem na rua Ministro Eugênio de Lima.
Sua ausência causou preocupação nos organizadores, que só ficaram aliviados minutos antes da hora marcada para o início da corrida (23h01) ao verem o atleta chegar à posição pelo lado contrário ao esperado.
Esse, porém, foi o único susto que José João causou em quem torcia por ele naquela prova. O prefeito Mário Covas deu o tiro de largada e 10 mil atletas (e entusiastas) debandaram no início dos 12.640 metros do traçado daquela edição.
Foi somente ao fim da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no começo do viaduto Dona Paulina, que um grupo principal se destacou dos demais. E nele, à frente, José João, seguido de perto pelo colombiano Sílvio Salazar e pelo italiano Gianni Poli. Já próximo à Catedral da Sé, o brasileiro ampliava a distância para o segundo colocado.

O ritmo de José João era tão forte que não era mais possível ver oponente perto dele na Rua Boa Vista e, em frente a estação São Bento do Metrô, ele quase escorregou nos poucos paralelepípedos que ainda haviam por ali.
“Ao chegar à Avenida São João, o atleta do São Paulo FC, José João da Silva, voltou a ouvir o entusiasmo do público espalhado pelas calçadas. Famílias inteiras gritando o seu nome, cantando o nome do Brasil, bandeiras agitadas, aplausos, pulos, socos no ar… Ele admitiu, depois, ter sido mais de uma vez contagiado pelas manifestações de apoio… e aumento ainda mais o ritmo”, registrou A Gazeta Esportiva.
Muitos desses torcedores se arriscaram a correr alguns metros ao lado de José João, tirando risadas do atleta e causando muito temor nos batedores da Polícia Militar, que chegou a intervir algumas vezes em momentos em que alguns mais exaltados insistiram em oferecer água, ostensivamente, ao veloz são-paulino.

A passada acelerada de José João causava espanto e preocupação até em seu treinador, Carlão, que acompanhava de perto o pupilo dentro de um carro da rádio Jovem Pan, na altura da Avenida Rio Branco. “Ele está forçando demais agora. Ele deveria respirar nesse trecho. Mas se ele conseguir manter esse ritmo, nessa velocidade, acredito que dificilmente será alcançado”, disse à imprensa.
“Com o visível desejo de terminar o ano vencendo, José João da Silva começou a subir os 800 metros da Alameda Eduardo Prado. Asfalto irregular, buracos, bueiros, valetas… José João da Silva ultrapassou tudo isso com o queixo erguido, peito estufado, e braços equilibrando a cadência de suas passadas”, escreveu o jornalista Wanderley Nogueira.
Perto do trecho mais doloroso para todos que experimentam se testar na Corrida de São Silvestre se aproximava – a subida da Consolação – uma cortesia do policial motorizado lhe deu um momento de alívio: “… Ele está a 300 metros de você…”. Com essa distância para o segundo colocado – o equatoriano Rolando Vera – ele poderia performar a subida sem exagerar no esforço.
Ao chegar na Avenida Paulista, luzes de postes e archotes, sirenes e rojões, e uma verdadeira multidão à esquerda e a direita dele, prenunciavam que a vitória estava, mais uma vez, por vir. Com o tempo de 36 minutos, 48 segundos e nove décimos, José João da Silva venceu mais uma vez a Corrida de São Silvestre.

No pódio, José João confessou à repórter Rosana Sanches, de A Gazeta Esportiva, que poderia ter sido ainda mais rápido, não fosse o assédio e as distrações, dignos de “pop star”, antes e durante a prova: “Poxa, foi o ano mais forte da minha carreira. Em todas as provas das quais participei fiquei entre os dez melhores do mundo. E agora sou campeão da Corrida Internacional de São Silvestre, pela segunda vez, e sem fazer muito esforço. Posso até dizer que eu faria um tempo bem melhor, superando esse, se não fosse a agitação de todos”.

O importante, porém, é que José João da Silva grafara, indubitavelmente, o próprio nome para a posteridade. “como um senhor de meia idade, que ficou o tempo todo ao lado do vencedor, repetindo para as pessoas que chegavam perto dele: ‘É um monstro sagrado do clube. Já virou patrimônio do Morumbi. Entrou para a galeria dos campeões’. José João não conhecia esse senhor. No entanto, certamente era a prova mais concreta da admiração e emoção que esse atleta causou a todos os brasileiros na última noite do ano de 1985”, finalizou a repórter.


AS CONQUISTAS
PROVA | Local | Data | Distância | Tempo |
Aniversario do E.C. Pinheiros | São Paulo-SP | 11/11/77 | 3.000 | 8’53″00 |
Cross Country | São Paulo-SP | 11/02/78 | 6.600 | 21’59″00 |
Campeonato de Fundo e Meio Fundo | São Paulo-SP | 22/10/78 | 5.000 | 15’25″00 |
Prova de Atibaia | Atibaia-SP | 23/06/79 | 4.000 | 11’26″00 |
Preliminar Tampa (EUA) x São Paulo | São Paulo-SP | 24/06/79 | 3.000 | 8’43″00 |
55ª Preliminar São Silvestre | São Paulo-SP | 22/12/79 | 9.000 | 24’55″20 |
55ª São Silvestre | São Paulo-SP | 31/12/79 | —- | 24’41″00 |
16ª Prova Pedestre Fábio Ravaglia | São Miguel-SP | 15/06/80 | 8.000 | 22’47″00 |
50ª Volta da Penha | São Paulo-SP | 14/07/80 | —- | 18’58″40 |
II Mini Maratona Independência | São Paulo-SP | 10/09/80 | 21.100 | 1h01’19” |
Prova Pedestre do Corinthians | São Paulo-SP | 02/10/80 | 4.700 | 13’16″00 |
Torneio Internacional de Buenos Aires | Buenos Aires-ARG | 10/10/80 | 10.000 | 28’45″02 |
Circuito Municipal de Santiago | O’Higgins-CHL | 15/10/80 | 7.800 | 23’01″00 |
Torneio Orlando Guaita | Santiago-CHL | 18/10/80 | 5.000 | 13’51″30 |
Torneio Orlando Guaita | Santiago-CHL | 19/10/80 | 10.000 | 28’41″31 |
7ª Etapa Camp. Fundo/Meio Fundo | São Paulo-SP | 16/11/80 | 5.000 | 14’25″00 |
7ª Etapa Camp. Fundo/Meio Fundo | São Paulo-SP | 17/11/80 | 10.000 | 28’56″00 |
I Maratona Inter. La Plata | La Plata-ARG | 29/11/80 | 10.000 | 28’53″07 |
Camp. Estadual de Fundo e Meio Fundo | São Paulo-SP | 04/12/80 | 10.000 | 28’54″07 |
56ª Preliminar São Silvestre | São Paulo-SP | 14/09/80 | 8.900 | 24’03″08 |
56ª São Silvestre | São Paulo-SP | 31/12/80 | 8.900 | 23’40″30 |
Torneio Inter. de Atletismo | São Paulo-SP | 02/01/81 | 10.000 | 29’17″00 |
7ª Corrida de San Fernando | Punta del Este-URU | 05/01/81 | 8.600 | 22’26″34 |
II Volta do Morumbi | São Paulo-SP | 01/02/81 | 7.000 | 20’13″08 |
Prova dos Campeões | São Paulo-SP | 05/03/81 | 3.000 | 08’08″00 |
I Prova Ped. Governo de Manaus | Manaus-AM | 15/03/81 | 10.800 | 31’51″25 |
56º Camp. Estadual Adulto Masculino | São Paulo-SP | 26/04/81 | 5.000 | 14’14″60 |
VII Troféu Brasil | São Paulo-SP | 09/05/81 | 10.000 | 29’03″03 |
VII Troféu Brasil | Rio de Janeiro-RJ | 27/06/81 | 5.000 | 13’57″30 |
Camp. Paulista de Fundo/Meio Fundo | São Paulo-SP | 25/11/81 | 10.000 | 29’53″00 |
57ª Preliminar da São Silvestre | São Paulo-SP | 06/12/81 | 8.900 | 24’13″50 |
57º Camp. Estadual Adulto Masculino | São Paulo-SP | 24/04/82 | 5.000 | 14’06″80 |
Olimpíada dos Imigrantes | São Paulo-SP | 30/05/82 | 5.000 | 14’08″09 |
IV Mini Maratona da Independência | São Paulo-SP | 07/09/82 | 21.158 | 1h05’55” |
Torneio Orlando Guaita | Santiago-CHL | 20/11/82 | 5.000 | —- |
Torneio Orlando Guaita | Santiago-CHL | 21/11/82 | 10.000 | 28’47″01 |
16ª Gonzaguinha | São Paulo-SP | 12/12/82 | 9.000 | 29’10″02 |
Torneio Internacional de Atletismo | São Paulo-SP | 02/01/83 | 5.000 | 14’18″02 |
6ª Strapescara | Pescara-ITA | 15/05/83 | 17.000 | 50’24″77 |
Olimpíada dos Imigrantes | São Paulo-SP | 29/05/83 | 5.000 | 14’18″33 |
IX Troféu Brasil | São Paulo-SP | 24/06/83 | 10.000 | —- |
IX Troféu Brasil | São Paulo-SP | 25/06/83 | 5.000 | 13’58″70 |
Camp. Brasileiro de Atletismo Masc. | São Paulo-SP | 04/09/83 | 10.000 | 29’37″72 |
Camp. Paulista de atletismo | São Paulo-SP | 14/04/84 | 5.000 | 14’00″01 |
Camp. Paulista de atletismo | São Paulo-SP | 15/04/84 | 10.000 | 28’57″00 |
7ª Strapescara | Pescara-ITA | 13/05/84 | 17.000 | 50’04″00 |
6ª Tre Ponti di Bari | Bari-ITA | 20/05/84 | 13.200 | 37’08″00 |
Prova de Catania | Sicilia-ITA | 05/09/84 | 11.300 | —- |
Giro de Mirano | Veneza-ITA | 08/09/84 | 7.200 | 20’04″00 |
Torneio San Lucca de Atletismo | Bologna-ITA | 28/09/84 | 10.200 | 30’48″50 |
18ª Gonzaguinha | São Paulo-SP | 09/12/84 | 9.700 | 28’14″20 |
Giro de Mirano | Veneza-ITA | 08/09/84 | 7.200 | 20’04″00 |
Torneio San Lucca de Atletismo | Bologna-ITA | 28/09/84 | 10.200 | 30’48″50 |
18ª Gonzaguinha | São Paulo-SP | 09/12/84 | 9.700 | 28’14″20 |
7ª Tre Ponti di Bari | Bari-ITA | 19/05/85 | 11.000 | 29’48″00 |
Garden of Gods | Colorado Springs-EUA | 09/06/85 | 16.090 | 51’20″00 |
Misterbianco | Catania-ITA | 10/09/85 | 11.100 | 32’20″00 |
14ª Settefoni | Bologna-ITA | 15/09/85 | 14.300 | 47’40″05 |
10ª Prova da Primavera | Campos do Jordão-SP | 09/11/85 | 9.500 | 26’36″19 |
Preliminar São Silvestre | Salvador-BA | 30/09/85 | 12.700 | 37’03″00 |
19ª Gonzaguinha | São Paulo-SP | 08/12/85 | 9.700 | 27’58″00 |
61ª São Silvestre | São Paulo-SP | 31/12/85 | 12.640 | 36’48″09 |
Troféu Vivicitta | Perugia-ITA | 06/03/86 | 12.000 | 38’41″00 |
Denver Simphony Run | Denver-EUA | 14/09/86 | 10.000 | 28’43″00 |
Prova Cidade Campos do Jordão | Campos do Jordão-SP | 22/11/86 | 13.000 | —- |
Prova Pedestre de Salvador | Salvador-BA | 06/12/86 | 12.900 | 38’47″00 |
Prova Rústica de São Paulo | São Paulo-SP | 04/06/89 | 7.800 | 24’08″42 |
53ª Corrida da Fogueira | Recife-PE | 29/06/89 | 10.000 | 29’40″00 |
14ª Prova da Primavera | Campos do Jordão-SP | 21/10/89 | 8.000 | 23’00″26 |
23ª Prova Pedestre Sargento Romão | Campos do Jordão-SP | 17/12/89 | 9.700 | 28’47″00 |
54ª Corrida da Fogueira | Recife-PE | 29/06/90 | 10.000 | 29’01″00 |
5ª Edizione Della Maratona Vendemmia | Asti-ITA | 23/09/90 | 21.097 | 1h03’25” |


Por Michael Serra / Arquivo Histórico João Farah