O impacto da ação já foi sentido, com a redução do número de ocorrências no primeiro dia da Operação. Forças de Segurança fizeram varredura nos principais pontos da cidade, para coibir a violência
Com o intuito de combater a criminalidade, 132 agentes das Forças de Segurança de Roraima saíram às ruas da Capital, na noite deste sábado, 24, cumprindo determinação da governadora Suely Campos. Foram utilizadas na ação 30 viaturas das Polícias Civil e Militar e seis motocicletas. Houve revistas em pessoas e em veículos, além de apreensão de armas, de balança de precisão e de substâncias com aparência de maconha e de cocaína.
Segundo o comandante-geral da PMRR (Polícia Militar de Roraima), coronel Edison Prola, o objetivo da Operação é atuar nos principais pontos onde o índice de violência é maior. “Tenho certeza de que vamos dar uma resposta à bandidagem deste Estado, retirando das ruas aquelas pessoas que fazem do crime o seu modo de viver”, declarou.
A Operação “Roraima Seguro” começou às 21horas e terminou às 3 horas da madrugada. Em comboio pela cidade, policiais civis e militares revistaram quase 200 pessoas, que estavam em locais e atitudes suspeitos. O primeiro ponto estrategicamente escolhido foi a região em torno da Feira do Passarão, no bairro do Caimbé. Bares e ruas adjacentes foram vistoriados, e os estabelecimentos sem alvará de funcionamento foram fechados.
Após patrulhamento na Zona Oeste, as esquipes seguiram para a Zona Leste de Boa Vista, realizando ações no estacionamento do Estádio Canarinho e em praças do bairro Paraviana. Para encerrar a Operação, o comboio se dirigiu aos bairros Pedra Pintada e Said Salomão, concluindo as atividades no entorno da PAMC (Penitenciária Agrícola do Monte Cristo).
Presente na Operação “Roraima Seguro”, a delegada-geral da PCRR (Polícia Civil de Roraima), Giuliana Castro, afirmou que a ação foi uma resposta da união das forças policiais, com o propósito de levar segurança para a população. “As famílias roraimenses estão clamando. Houve um aumento repentino da criminalidade; e a governadora Suely Campos determinou que fizéssemos diversas ações, para garantir a segurança das pessoas. É isso que estamos fazendo agora”, ressaltou a delegada e acrescentou que essa união é um momento histórico e que a população só tem a ganhar.
As operações de segurança não têm data para terminar e, além da Capital, os demais municípios do Estado serão contemplados também com ações.
PRIMEIROS RESULTADOS
Durante a Operação, foram apreendidos: facas, canivete, substâncias aparentando ser maconha e cocaína, e balança de precisão. Houve apreensão também de dois rádios HT na frequência da PMRR, que estavam com um homem na Praça do River Park. Ele foi preso em flagrante. Além desta prisão, três homens foram detidos e liberados em seguida.
Os veículos também foram alvo da ação integrada das Forças de Segurança. Condutores de carros e de motocicletas foram abordados.
Já nessa primeira noite da Operação, que tem também o objetivo de prevenir a violência, foi observado que houve diminuição das ocorrências criminais. O comandante-geral da PM e a delegada-geral da Polícia Civil afirmaram que as operações ocorrerão com mais frequência para prevenir e inibir os crimes no Estado. Os dias e locais não serão anunciados, para não atrapalhar as ações.
Conforme as autoridades, o objetivo da Operação não é apenas realizar prisões e apreensões, mas também garantir o aumento da sensação objetiva de segurança da sociedade roraimense, com a presença massiva e integrada dos órgãos de segurança e trânsito nos bairros da Capital e em localidades do interior do Estado.
FORÇAS DE SEGURANÇA INTEGRADAS:
Participaram da Operação: policiais militares do Canil, Cavalaria, Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), Giro (Grupamento Independente de Intervenção Rápida Ostensiva) e 1º e 2º BPM (Batalhão da Polícia Militar). Da Polícia Civil, foram 40 agentes de Polícia das Delegacias da Capital, além do Dopes (Departamento de Operações Especiais) e GRT (Grupo de Resposta Tática). Agentes da Sesp (Secretaria da Segurança Pública), Sejuc (Secretaria da Justiça e Cidadania), Dicap (Divisão de Inteligência e Captura) e do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) também foram empregados na ação.