Reprodução/ Manual de Marca
Esta terça-feira, 10 de abril de 2018, marca mais uma data histórica na vida do Flamengo. Os símbolos do clube – o monograma CRF, o escudo dos esportes aquáticos e o escudo dos esportes terrestres – passaram por reformulação, modernização e foram apresentados oficialmente ao grande público. A partir de agora, de forma gradual ao longo dos próximos meses, as novas marcas passarão a fazer parte do dia a dia dos nossos associados e torcedores, estando presente em uniformes e equipamentos esportivos, documentos oficiais, campanhas de marketing e fachadas na Gávea, no Centro de Treinamento George Helal e na Ilha do Urubu. O novo monograma já está presente, desde a madrugada, em nossas redes sociais. No Twitter, o Emoji CRF está disponível para uso por um mês para quem digitar #CRF em suas postagens. Todas as demais redes receberam novos avatares e imagens de fundo com as mudanças. No próximo dia 13, a Wix, patrocinadora oficial do Flamengo, lança um hotsite que explica todo o estudo realizado pelos designers envolvidos no projeto de modernização dos símbolos rubro-negros. E no dia 18 de abril, o novo Manto Sagrado, revelado também nesta terça-feira e disponível para venda a partir da próxima quarta-feira (12), fará sua estreia nos gramados na partida entre Flamengo e Santa Fé, pela Conmebol Libertadores. Um dos idealizadores da mudança, o ex-vice-presidente de Comunicação, atual vice-presidente de Relações Externas do Flamengo, o publicitário Antonio Tabet, ressalta que a inovação vai muito além de mera estética e coloca o Flamengo, mais uma vez, como tendência entre os grandes times do mundo. “A reformulação dos escudos, mesmo que discreta para alguns, foi extremamente importante por questões técnicas, institucionais e até mercadológicas. É uma tendência entre as maiores instituições esportivas do mundo, e demos um passo de muito bom gosto, mantendo a identidade tradicional e aliando com a agilidade e a modernidade dos novos tempos. A aprovação gigantesca dentro do clube mostrou que acertamos em cheio”, disse Tabet, que apresentou o estudo de renovação das marcas rubro-negras ao Conselho Deliberativo do Flamengo em maio de 2017. O trabalho técnico ficou a cargo do designer Fabio Lopez, carioca, rubro-negro, Mestre pela ESDI/UERJ e professor da PUC-Rio, que observou, em 2017, que o CRF havia passado por diversas alterações ao longo dos anos, muito por conta de novos fornecedores esportivos, ou desgaste natural do tempo e derivação acidental. “Ao analisar os arquivos digitais do monograma CRF, não fiquei surpreso em constatar problemas de natureza técnica, tanto em aspectos tipográficos quanto de acabamento vetorial. Além disso, o material apresentava-se desatualizado, com uma série de inconsistências, problemas e lacunas. Indicava a necessidade de um processo de redesign, como também um urgente trabalho de revisão, normatização e padronização do uso destes elementos nas esferas institucional e comercial do clube”, explica Lopez que trabalhou ao lado de Eduardo Franco, ex-designer do Departamento de Comunicação do Flamengo, hoje mestrando da California College of the Arts, e de Frederico Tannure, designer gráfico de formação e atualmente coordenador do Departamento de Marketing do clube. O ajusteO trabalho começou com uma análise detalhada no monograma CRF, em função de sua importância na identidade visual do clube. Foram identificadas necessidades de melhoria em algumas estruturas, como as serifas, hastes, terminações e renovações, também detalhes de alinhamento, desenho, entre outros. Para preservar a essência do monograma, ajustaram-se essas inconsistências. Em seguida, Lopez trabalhou no escudo de esportes terrestres. O designer observou que o escudo possuía um contorno linear preto, que, ao se encontrar com a primeira faixa horizontal de mesma cor, acaba fazendo com que esta se torne mais grossa que as demais. Então, foi feito um ligeiro aumento da espessura da linha de contorno, conferindo mais peso ao elemento e protegendo o fundo em que está aplicado. Desta forma, o escudo ficou mais forte e estreito, o que também agrega ao visual no que tange ao aspecto esportivo. Resolvido o escudo terrestre, chegou a vez de trabalhar no escudo dos esportes aquáticos. Segundo Lopez, após analisar o escudo, ele percebeu uma assimetria na forma, além de falta de padrão no peso e no tamanho das letras “CRF” do miolo. Com isso, notou que era possível simplificar e atualizar o desenho da âncora e dos remos cruzados. Redesenhou o entorno, aumentando reentrâncias encontradas na parte superior. Mudou o formato das letras para algo mais legível e contemporâneo. Simplificou a âncora, eliminando detalhes que prejudicavam o reconhecimento, e redesenhou os remos, atualizando-os e os deixando mais parecidos com os atuais no esporte. O exato ponto onde eles se cruzam passou a ser o divisor das cores vermelha e preta, o que também ajuda a organizar visualmente o símbolo. A modernizaçãoEscudos ajustados. Mas depois de olhar para eles, Fábio Lopez percebeu que era possível modernizar os mesmos sem perda de tradição e essência. Com a intenção de evoluir, e não apenas modificar, o designer mudou as serifas, que tinham uma inspiração vitoriana para algo mais arrojado. O “C” e o “R” foram alterados para ganhar mais força e velocidade, com aspecto mais contemporâneo. “O resultado de todo esse processo é uma identidade visual renovada, mas que em momento algum descaracteriza a personalidade e o patrimônio visual do Clube de Regatas do Flamengo. Afinal, nosso objetivo sempre foi modernizar sem desrespeitar as tradições”, conclui Fabio Lopez, que tem em seu currículo outra importante logo, a dos Jogos Olímpicos Rio 2016, além do projeto mini Rio, com 100 miniaturas de ícones do Rio de Janeiro.O futuroUm símbolo moderno, novo, mas com toda a tradição rubro-negra e a força por trás do escudo mais popular do mundo. Agora, clube e Nação têm a missão de espalhar pelo planeta a nova identidade do Clube de Regatas do Flamengo.