Na quinta-feira, dia 12, o São Paulo inicia a jornada na Copa Sul-Americana 2018 enfrentando o Rosario Central, na Argentina. Os são-paulinos certamente se lembram dos confrontos decisivos e eletrizantes entre os dois times na Copa Libertadores de 2004. Contudo, a relação do Tricolor com essa agremiação portenha começou no já distante ano de 1945.
30 de dezembro. Pacaembu. Em um amistoso, o São Paulo empatou em 2 a 2 com o Rosário. Os “donos da casa” abriram o marcador com Pardal, mas Geromo empatou ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Antoninho pois o Tricolor à frente, mas faltando pouco para acabar, os argentinos empataram com Marracino.
O jogo, entretanto, quase não teria importância histórica não fosse o nome do goleiro que se destacou pelo time adversário, impedindo a vitória são-paulina: Jose Poy.
O Estado de S. Paulo – Poy contra o Tricolor, 1945
O Estado de S. Paulo, de 1º de janeiro de 1946, retratou assim aquela atuação: “O arqueiro Poy praticou ótimas defesas e as duas bolas que foram ter às suas redes eram, de fato, indefensáveis. Revelou absoluta segurança nas bolas altas, o mesmo não acontecendo nas baixas, naturalmente devido ao estado escorregadio do campo”.
A atuação ficou gravada na mente de um membro da comissão técnica são-paulina, Vicente Feola. Três anos e meio depois, em 1949, aquele goleiro argentino desembarcou no Canindé para fazer história no Tricolor.
Conquistou os títulos Paulistas de 1949, 1953 e 1957 – como técnico, venceu também o estadual em 1975 e foi vice em 1982, do mesmo modo, obteve o segundo lugar no Brasileirão de 1971 e 1973 e na Copa Libertadores de 1974.
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
Com 525 jogos sob a meta (298 vitórias, 108 empates, 119 derrotas e 670 gols sofridos), Poy é o sexto atleta com mais atuações na história do Tricolor. Somado a estes, outros 422 (213 vitórias, 129 empates e 80 derrotas) como treinador do clube, totalizam ao ídolo um total de 949 partidas defendendo as cores são-paulinas. Somente Rogério Ceni possui número maior, nesse aspecto.
Para coroar a são-paulinidade de Poy, o jogador, ainda ativo dentro de campo, ajudou a erguer o estádio do Tricolor ao redor dele. Ele foi figura de importância imensurável na construção do Morumbi, em que assumiu o papel de garoto propaganda e vendedor de cadeiras cativas (a principal fonte de receitas do clube para o empreendimento) – saindo de porta em porta a vender títulos de propriedade – O goleiro, sozinho, vendeu mais de 8 mil cativas!
Os fatos podem levar a crer em predestinação de Poy ao sucesso no São Paulo, mas o próprio destino pode se valer do acaso, e foi assim, fortuitamente, que a relação do Tricolor com o goleiro, então jogador do Rosario Central, começou.
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube – Revista Tricolor nº 37
Poy nasceu no dia 16 de abril de 1926 no bairro de Arroyito, em Rosario, cidade na província de Santa Fé, na Argentina. Lá, dois clubes dominam o cenário local, o já dito Rosario Central, e o Newell’s Old Boys. O pai de Poy, ferroviário e também chamado Jose, era torcedor deste último. O filho, contudo, tornou-se rosarino. Mas o pai, como a mãe Carmem, italiana, sempre o apoiou nas escolhas para o futuro, apesar das ameaças do tipo “no Rosario tu não jogas!”.
Depois de quase seguir carreira militar (pois trabalhou na Escola da Fábrica de Armas do Ministério da Guerra), e também de flertar com ciclismo e basquete, o futebol, esporte que praticava desde sempre nos terrenos baldios e desde os 13 anos no clube do coração, se revelou como a profissão do garoto, muito por influência do padre Jose (sim, outro Jose), que treinava o time da escola católica onde estudava e era amigo da família.
O padre o levou ao Central, onde, no começo, Poy jogou de meia-direita. Até que, em uma partida do juvenil, o goleiro se machucou e o técnico lhe pediu: “Mostre que é pau para toda obra” (Revista Tricolor nº 37). Resignado, Poy foi para o gol, e até fez umas boas defesas. Pegou gosto, com o tempo, e não saiu mais da posição. Foi campeão argentino juvenil já como arqueiro.
Mundo Esportivo de 17 de junho de 1954
Pouco depois, Jose Poy pai já não mais torcia para o time rubro-negro e o filho, com 17 anos, começou a realizar os sonhos da família, tornando-se titular do Rosario Central. O argentino relatou ao Mundo Esportivo, de 4 de fevereiro de 1955, uma aspiração da infância e como foi difícil realiza-la:
“Naquela época, lá em Rosario, também estavam em moda os tangos de Gardel. Eu ouvia-os e gostava, é lógico, mas outra melodia martelava-me os ouvidos. Era a dos carros que passavam nas ruas do meu bairro. E prometi a mim mesmo que haveria de comprar um calhambeque daqueles. Comecei a guardar dinheiro e recordo que a primeira quantia que coloquei no cofre foi 3 pesos. Privava-me de tudo, contanto que a ‘caixa-forte’ fosse crescendo. Levei quase quatro anos para juntar o capital. Com 700 pesos reunidos, sabe Deus como, fiz minha a estranha melodia das ruas rosarinas, adquirindo um carro velho, que mal dava o arranque, que saía, mas encalhava logo adiante. Descia ladeiras que era uma beleza, só que não subia. Quantas e quantas vezes não tive que empurrar o ‘Carlito Chaplin’?”
Naquela altura, Poy não imaginava que, ao assumir a camisa 1 do Tricolor, no futuro, não precisaria voltar a dirigir um carro: o clube lhe forneceria um motorista – pois considerava o ato “perigoso” para um jogador tão valioso.
Mundo Esportivo de 2 de maio de 1952 – A premonitória placa com o número 92 (ver abaixo)
Em 1945, com 19 anos, excursionou ao Brasil com os rosarinos. Nessa ocasião visitou Belo Horizonte, Salvador e vislumbrou o manto Tricolor pela primeira vez. Saiu do Pacaembu com o empate e deixou uma reputação de prestígio. Boa troca. Contudo, foi somente após uma situação de penúria e de conflitos de greve, é que o destino de Poy foi definitivamente ligado ao do São Paulo.
Lutando contra a imposição de teto salarial no futebol argentino, os atletas profissionais se recusaram a disputar o campeonato local durante sete meses, de novembro de 1948 a maio de 1949 (juvenis realizaram os jogos daquela temporada). Em Rosario, Poy foi um dos chefes do movimento. Sem atuar, o goleiro não recebia um centavo. Já com família formada (casou-se com Maria, e a primeira filha, Maria Cristina, nasceu no meio daquele ano), o jogador teve que contar novamente com o auxílio do pai, passando a trabalhar na oficina da família, acondicionando e consertando motores elétricos por todo aquele período longe dos gramados.
Foi então que, casualmente, em Buenos Aires, Poy topou-se com um nome que fez história no São Paulo e que ajudou Leônidas a elevar o patamar do clube: Antonio Sastre. De 1943 a 1946, Sastre atuou pelo Tricolor e levantou os canecos do Paulista de 1943, 1945 e 1946, este, invicto. Ídolo, lá como cá, Sastre logo emendou para Poy: “Por que não tentas o Brasil? O São Paulo é um grande clube e tenho certeza que te darias bem”. Ponzoníbio, outro argentino que também fez carreira no Mais Querido, pouco depois tomou as providencias e intermediou a ida do goleiro ao Canindé.
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube – Revista Tricolor nº 28
Convenceram o Rosario a liberar o passe de Poy a custo zero, pois era para um time do exterior, fato que nunca ocorreria se o pedido fosse para outro grêmio local. Faltava só convencer a família. Do pai, escutou: “Vai, meu filho, o Brasil é uma grande terra e lá se joga bom futebol. Vê Leônidas e Domingos, vê o que conseguiu lá o teu amigo Sastre”.
No Canindé, em junho de 1949, reencontrou Feola, trazendo-lhe as cartas de recomendações de Sastre e Ponzoníbio. O velho treinador, porém, tinha conduta rígida e forneceu-lhe, a princípio, um contrato de apenas 15 dias de experiência. A estreia, no dia 14 daquele mês, no Pacaembu, poderia significar o fim do sonho de Poy no Brasil: derrota para uma seleção da AAPESP (Associação dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo) por 2 a 0.
A experiência, contudo, e apesar do resultado, foi transformada em contrato oficial a 18 de julho. Três mil e oitocentos cruzeiros por mês: Poy, depois de quase um ano, voltou a receber salário como jogador de futebol. O jogador pôde, assim, deixar de se hospedar no hotel da Rua Xavier de Toledo, perto do antigo Mappin, e comprar um apartamento no bairro de Santana (onde viveria por 25 anos), zona norte da Capital e perto do Canindé, onde o Tricolor treinava.
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube – Os companheiros e concorrentes de Poy no Tricolor
Fez parte do elenco que se sagrou campeão paulista em 1949 – o que foi o quinto título são-paulino em sete anos, desde 1943 –, mesmo sem entrar em campo em jogo algum naquela competição. Mário, o goleiro titular, vinha em uma sequência inquestionável. Após uma ou outra participação, Poy só conquistou uma chance efetiva de assumir a meta do Tricolor nos amistosos preparatórios para o Paulistão de 1950.
Foram 12 vitórias, 6 empates e apenas uma derrota. A campanha rendeu a Poy a titularidade na estreia do Campeonato Paulista. Porém, os primeiros anos do goleiro no Tricolor foram de forte concorrência. Além de Mário, Bertolucci também lutava pelo posto e, assim, o argentino só passou a ser considerado o guardião absoluto da posição na temporada de 1953. Resultado? Tricolor Campeão Paulista.
Poy foi tão bem na meta são-paulina que mesmo sendo argentino chegou a ser cotado para assumir o gol da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1954, naturalizando-se, fato que não se concretizou pois o goleiro recusou a oferta, polidamente. Toda forma, ele se sentia realizado no Mais Querido: “É verdade, e não pretendo ter mais do que isto. Estou muito satisfeito no São Paulo e nele desejo jogar até ‘pendurar as chuteiras'” (Revista Tricolor nº 37).
Revista Placar – Abril de 1993
Transformou-se em um grande ídolo, tanto que era o principal rosto das campanhas publicitárias do São Paulo em materiais referentes a construção do Estádio do Morumbi, e, mais efetivamente, ia para a linha de frente em busca de recursos para a obra. Sem jamais, porém, deixar de lado os afazeres profissionais. (Em quase treze anos de carreira no Tricolor, Poy só foi repreendido por perder um treino uma vez).
Depois de tanto suor derramado pelo “Cícero Pompeu de Toledo”, dentro e fora dos gramados, maior justiça foi o fato de Poy ter sido o primeiro atleta a pisar em campo no novo estádio, e como capitão do time, quando da inauguração deste no dia 2 de outubro de 1960.
Feliz, afirmou à Gazeta Esportiva Ilustrada, nº 169: “Se eu parasse de jogar futebol hoje, nada teria faltado na carreira”.
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
Após efetivamente pendurar as chuteiras, em 1962 (16 de dezembro, Morumbi, São Paulo 3 x 0 Esportiva de Guaratinguetá), Poy assumiu o comando técnico de categorias de base e da equipe profissional do Tricolor por diversas vezes entre 1963 e 1983. A primeira experiência no time principal foi na excursão do São Paulo a El Salvador, no começo de 1964 e de lá trouxe um caneco após vitórias sobre o Alianza, local, e o Slovan, de Bratislava. Regressou para à base e sagrou-se campeão paulista juvenil no mesmo ano (e repetiu o feito em 1969, depois de voltar à formação de jogadores, em 1965).
Formador de times altamente competitivos, principalmente nas passagens posteriores, o argentino, porém, só conquistou um grande título nessa função: o Campeonato Paulista de 1975. Bateu na trave em outras grandes competições, mas teve a honra de levar o Tricolor à primeira final de Libertadores da história do Clube, em 1974, contra o Independiente da terra natal.
Além de troféu e medalhas, estabeleceu dois dos mais importantes recordes da história do São Paulo: a maior sequência invicta e o melhor sistema defensivo. De 13 de novembro de 1974 a 3 de agosto de 1975, o Tricolor permaneceu sem conhecer a derrota durante 47 jogos consecutivos. E no que se refere a defesa, o time armado por Poy é até hoje insuperável nesse aspecto. Por três temporadas apresentou espetacular média de gols sofridos. (Em 1975, apenas 40 em 72 jogos – 0,56 de média –, em 1974, 42 em 67 partidas – 0,63 de média – e por fim, 1973, 54 gols em 81 disputas – 0,67 de média). Algo que somente foi repetido, e por alguns meses, em 2007, com Muricy Ramalho.
Depois de comandar o Tricolor pela última vez (7 de maio de 1983, quartas de final do Brasileirão no Morumbi, São Paulo 0 x 1 Atlético Paranaense – renunciou ao cargo), Poy treinou a Portuguesa e o XV de Jaú.
Em 1992, quis o destino ofertar a Poy uma nova chance de tomar parte da conquista da América. Se em 1974, frente ao Independiente, não foi possível, outra oportunidade surgiu ao receber o convite da Diretoria do São Paulo para que fosse o embaixador do Tricolor na decisão da Copa Libertadores daquele ano, contra o Newell’s Old Boys, time da cidade em que nasceu, Rosario.
No dia 7 de junho, Poy já estava na Argentina, preparando o terreno para a chegada da delegação são-paulina que enfrentaria o time local no dia 10, não no estádio o qual era detentor, mas, curiosamente, no do rival, o Gigante de Arroyito – que o ex-goleiro e treinador conhecia tão bem, em fases anteriores. O fato ajudou Poy a cooptar torcedores do Rosario para torcer pelo São Paulo contra o rival.
O Estado de S. Paulo de 11 de junho de 1992
Aquela partida, o Tricolor perdeu, mas no jogo de volta, no Morumbi que o ex-goleiro e treinador ajudou a erguer, o São Paulo venceu a Copa Libertadores da América pela primeira vez, contando com outra emblemática contribuição daquele craque do passado que, de todas as formas, sempre ajudou o São Paulo a elevar-se no futebol.
O argentino, aliás, manteve-se ligado ao esporte até os momentos finais da vida. Em 1994, salvou o XV de Jaú do rebaixamento para a terceira divisão e no ano seguinte o promoveu à série A1 (revelando e cedendo ao Tricolor, depois, França e Edmilson). Dirigiu o clube do interior sobre uma cadeira de rodas nas últimas rodadas daquele campeonato, doente. 1996 foi a última vez que o XV de Jaú disputou a divisão principal do Estado de São Paulo, graças ao treinador.
Poy faleceu na cidade de São Paulo, no dia 8 de fevereiro de 1996. A história do ídolo, porém, permanece para posteridade.
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
JOSE POY
Estreia: 14/06/1949 Último jogo: 16/12/1962Nascimento: 16/04/1926, Rosário (Argentina)Falecimento: 08/02/1996, São Paulo (SP).Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 1949, 1953 e 1957 (e de 1975, como técnico).
Revista Estádio, Chile
Cartel geral como jogador do São Paulo
J
V
E
D
GS
%P
%V
MS
525
298
108
119
670
63,61
56,76
1,28
BAIXE O E-BOOK COM A LISTA COMPLETA DE JOGOS DE JOSE POY
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Gazeta Esportiva Ilustrada nº 149
Competições
Nome
J
V
E
D
P3
%P
%V
Torneio Rio-São Paulo
57
17
15
25
66
38,60
29,82
Campeonato Paulista
266
174
45
47
567
71,05
65,41
Outros Oficiais
8
3
4
1
13
54,17
37,50
Torneios Amistosos
53
28
10
15
94
59,12
52,83
Amistosos
141
76
34
31
262
61,94
53,90
Temporadas
Ano
J
V
E
D
P3
%P
%V
1949
3
2
0
1
6
66,67
66,67
1950
36
25
7
4
82
75,93
69,44
1951
29
14
6
9
48
55,17
48,28
1952
17
8
3
6
27
52,94
47,06
1953
53
33
9
11
108
67,92
62,26
1954
50
32
7
11
103
68,67
64,00
1955
58
28
16
14
100
57,47
48,28
1956
22
14
2
6
44
66,67
63,64
1957
31
21
8
2
71
76,34
67,74
1958
54
33
14
7
113
69,75
61,11
1959
66
34
17
15
119
60,10
51,52
1960
47
21
9
17
72
51,06
44,68
1961
39
18
10
11
64
54,70
46,15
1962
20
15
0
5
45
75,00
75,00
Manchete Esportiva nº 104
Principais adversários
Clubes
J
V
E
D
P3
%P
Portuguesa
36
19
6
11
63
58,33
Corinthians
34
13
7
14
46
45,10
Palmeiras
32
9
11
12
38
39,58
Santos
32
11
4
17
37
38,54
Guarani
21
12
4
5
40
63,49
XV de Piracicaba
21
16
5
0
53
84,13
Ponte Preta
17
9
6
2
33
64,71
Juventus
15
12
2
1
38
84,44
XV de Jaú
14
13
0
1
39
92,86
Portuguesa Santista
14
12
2
0
38
90,48
Principais estádios
Estádio
J
V
E
D
PG
%P
%V
Pacaembu
241
145
42
54
477
65,97
60,17
Morumbi
20
11
2
7
35
58,33
55,00
Maracanã
17
3
4
10
13
25,49
17,65
Vila Belmiro
17
7
1
9
22
43,14
41,18
Moisés Lucarelli
10
4
4
2
16
53,33
40,00
Brinco de Ouro
9
4
2
3
14
51,85
44,44
Parque Antarctica
9
7
0
2
21
77,78
77,78
Artur Simões (Jaú)
8
7
0
1
21
87,50
87,50
Atanásio Girardot
8
4
2
2
14
58,33
50,00
RGP (Piracicaba)
8
4
4
0
16
66,67
50,00
Museu da Pessoa – Treinando com outro grande ídolo, Leônidas, no Canindé
Principais companheiros de jogo
Jogador
P
J
V
E
D
G
Gino Orlando (Gino Orlando)
AT
322
190
62
70
170
De Sordi (Nilton de Sordi)
LD
318
183
69
66
0
Mauro (Mauro Ramos de Oliveira)
DF
257
159
52
46
1
Víctor (Víctor Ratautas)
DF
246
134
56
56
4
Canhoteiro (José Ribamar de Oliveira)
AT
241
141
51
49
71
Dino Sani (Dino Sani)
VL
222
121
54
47
67
Riberto (Osvaldo Riberto)
LE
211
121
46
44
10
Maurinho (Mauro Raphael)
AT
208
127
43
38
87
Alfredo Ramos (Alfredo Ramos Castilho)
LE
205
123
36
46
1
Bauer (José Carlos Bauer)
LM
159
92
30
37
5
Treinadores
Técnico
J
V
E
D
P
%V
Vicente Feola
201
105
46
50
59,87
52,24
Jim Lopes
71
48
10
13
72,30
67,61
Leônidas da Silva
63
36
13
14
64,02
57,14
Armando Renganeschi
51
31
12
8
68,63
60,78
Béla Guttman
41
26
10
5
71,54
63,41
Flávio Costa
36
15
7
14
48,15
41,67
Cláudio Cardoso
15
11
1
3
75,56
73,33
Osvaldo Brandão
13
10
0
3
76,92
76,92
Caxambu
10
6
3
1
70,00
60,00
Manoel R. Paes de Almeida
9
5
4
0
70,37
55,56
Remo Januzzi
6
1
1
4
22,22
16,67
Ariston de Oliveira
5
2
1
2
46,67
40,00
Aymoré Moreira
4
2
0
2
50,00
50,00
A Gazeta Esportiva Ilustrada
Cartel geral como treinador do São Paulo
J
V
E
D
GM
GS
SG
P3
%P
%V
MM
MS
422
213
129
80
662
361
301
768
60,66
50,47
1,57
0,86
Arquivo Público do Estado de São Paulo
Competições
Nome
J
V
E
D
GM
GS
SG
P3
%P
%V
MM
MS
Libertadores da América
19
10
5
4
32
15
17
35
61,40
52,63
1,68
0,79
Campeonato Brasileiro
157
71
60
26
227
116
111
273
57,96
45,22
1,45
0,74
Campeonato Paulista
168
87
46
35
255
141
114
307
60,91
51,79
1,52
0,84
Outros Oficiais
9
4
4
1
12
6
6
16
59,26
44,44
1,33
0,67
Torneios Amistosos
29
17
7
5
60
30
30
58
66,67
58,62
2,07
1,03
Amistosos
24
17
5
2
44
20
24
56
77,78
70,83
1,83
0,83
Temporadas
Ano
J
V
E
D
GM
GS
SG
P3
%P
%V
MM
MS
1964
32
16
6
10
73
48
25
54
56,25
50,00
2,28
1,50
1965
41
19
10
12
79
66
13
67
54,47
46,34
1,93
1,61
1970
2
2
0
0
5
1
4
6
100,00
100,00
2,50
0,50
1971
13
7
4
2
17
8
9
25
64,10
53,85
1,31
0,62
1972
17
11
2
4
42
20
22
35
68,63
64,71
2,47
1,18
1973
40
13
19
8
40
27
13
58
48,33
32,50
1,00
0,68
1974
79
38
30
11
104
48
56
144
60,76
48,10
1,32
0,61
1975
72
42
24
6
104
40
64
150
69,44
58,33
1,44
0,56
1976
53
22
18
13
72
41
31
84
52,83
41,51
1,36
0,77
1982
51
30
11
10
79
45
34
101
66,01
58,82
1,55
0,88
1983
22
13
5
4
47
17
30
44
66,67
59,09
2,14
0,77
Setor do Galo (site sobre o XV de Jaú) – Poy treinando o time do interior em cadeira de rodas
Principais adversários
Clubes
J
V
E
D
GM
GS
SG
P3
%P
MM
MS
Corinthians
27
11
5
11
33
30
3
38
46,91
1,22
1,11
Palmeiras
26
6
10
10
22
29
-7
28
35,90
0,85
1,12
Portuguesa
24
8
12
4
31
20
11
36
50,00
1,29
0,83
Guarani
18
6
10
2
29
16
13
28
51,85
1,61
0,89
Santos
17
5
9
3
20
16
4
24
47,06
1,18
0,94
Botafogo (RP)
13
7
3
3
21
15
6
24
61,54
1,62
1,15
São Bento
12
10
2
0
22
3
19
32
88,89
1,83
0,25
Noroeste
11
7
4
0
21
4
17
25
75,76
1,91
0,36
América (SJRP)
10
4
3
3
9
6
3
15
50,00
0,90
0,60
Comercial (RP)
9
5
3
1
14
7
7
18
66,67
1,56
0,78
Ferroviária
9
7
1
1
21
5
16
22
81,48
2,33
0,56
Juventus
9
4
2
3
13
12
1
14
51,85
1,44
1,33
Ponte Preta
9
6
1
2
13
7
6
19
70,37
1,44
0,78
Cruzeiro
9
5
2
2
9
5
4
17
62,96
1,00
0,56
Estádios mais vezes frequentados
Nome
J
V
E
D
GM
GS
SG
PG
%P
%V
MM
MS
Morumbi
152
76
48
28
234
116
118
276
60,53
50,00
1,54
0,76
Pacaembu
69
38
17
14
117
67
50
131
63,29
55,07
1,70
0,97
Maracanã
12
1
3
8
9
20
-11
6
16,67
8,33
0,75
1,67
Colosso do Arruda
10
5
4
1
19
6
13
19
63,33
50,00
1,90
0,60
Parque Antarctica
9
5
3
1
11
5
6
18
66,67
55,56
1,22
0,56
Mineirão
8
3
2
3
6
5
1
11
45,83
37,50
0,75
0,63
Brinco de Ouro
7
3
4
0
16
7
9
13
61,90
42,86
2,29
1,00
Mário de Mendonça
7
3
2
2
7
4
3
11
52,38
42,86
1,00
0,57
Alfredão
6
3
3
0
8
4
4
12
66,67
50,00
1,33
0,67
Moisés Lucarelli
6
4
0
2
9
6
3
12
66,67
66,67
1,50
1,00
Couto Pereira
6
1
3
2
7
8
-1
6
33,33
16,67
1,17
1,33
Santa Cruz
6
3
1
2
8
6
2
10
55,56
50,00
1,33
1,00
Arquivo Histórico do São Paulo – Poy (3º) com o time juvenil campeão paulista de 1969
Jogadores mais vezes escalados
Nome
P
J
V
E
D
GM
Waldir Peres (Waldir Peres Arruda)
GL
256
130
88
38
0
Arlindo (Arlindo Galvão)
DF
231
111
85
35
3
Terto (Tertuliano Severiano dos Santos)
AT
226
115
76
35
42
Gilberto Sorriso (Gilberto Ferreira da Silva)
LE
226
115
75
36
4
Nelson (Nelson Baptista Junior)
LD
215
108
78
29
3
Pedro Rocha (Pedro Virgílio Rocha Franchetti)
MC
214
114
68
32
70
Paranhos (Marivaldo Paranhos Prado)
DF
185
87
72
26
0
Zé Carlos (José Carlos Serrão)
MD
183
84
69
30
17
Chicão (Francisco Jesuíno Avanzi)
VL
171
78
70
23
15
Serginho Chulapa (Sérgio Bernardino)
AT
157
84
51
22
80
Ademir (Ademir Antônio Chiarotti)
MC
128
66
48
14
9
Piau (Eronides de Souza)
AT
121
56
46
19
9
Muricy (Muricy Ramalho)
AT
116
63
38
15
14
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
“Realmente, eu tive muita sorte, fui feliz em muita coisa, em tudo que fiz… então futebol é minha paixão. Eu gostaria de finalizar minha vida desportiva dentro do São Paulo, fazendo aquilo, onde eu me iniciei, não jogando bola, naturalmente, mas fazendo alguma coisa, colaborando com o São Paulo na medida do possível” – Poy ao Memorial do São Paulo e Museu da Pessoa, 1994.