Daiane é uma das filhas do meio de 23 irmãos do mesmo pai, José Carlos, e da mesma mãe, Edleuza. Como toda integrante de família grande, a grana não era muita e para que ela seguisse no futebol contou com a ajuda do amigo-professor Leonardo, que pagava uniforme, chuteira, viagens para peneiras… Até que teve a oportunidade de jogar no Kindermann, de Santa Catarina, futsal e campo, e aí as oportunidades foram aparecendo.
A primeira convocação para a Seleção Brasileira foi na categoria Sub-20, quando jogava no XV de Piracicaba, em São Paulo. Foi sob comando do técnico Doriva Bueno, que começou a jogar de zagueira e foi titular do Brasil na Copa do Mundo da categoria, disputada na Papua-Nova Guiné, em 2016.
– Na Sub-20 eu tive um pouco de dificuldade na posição, mas quando coloquei na minha cabeça que era isso que eu queria, comecei a me dedicar mais e consegui ser titular na Copa do Mundo. Teve um jogo contra a Suécia, que eu fui eleita a jogadora da partida. Acho que isso nunca aconteceu com uma zagueira. Foi muito bacana – lembra.
Um ano e meio depois do Mundial, Daiane chegou à equipe Principal, convocada pelo técnico Vadão para etapa de treinamentos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), e para a Copa América do Chile. A zagueira, além de ter a oportunidade de representar o Brasil mais uma vez, conheceu de perto sua grande inspiração no futebol: a Marta.
– Quando eu fui convocada fiquei muito feliz, a família toda comemorou muito. Mas quando eu soube que a Marta estaria na convocação foi ainda mais especial. Eu cresci assistindo ela jogar, ela conquistar prêmios, ser a Melhor do Mundo, e agora eu estava ao lado dela. Tem sido uma experiência maravilhosa – conta a zagueira, que é a caçula do grupo da Copa América com 20 anos.
Daiane, Marta e suas companheiras de Seleção Brasileira enfrentam nesta quarta-feira (11) a Venezuela, às 19h, no Estádio Sanchez Rumoroso, pela quarta rodada do Grupo B da Copa América do Chile.