O senador José Pimentel (PT-CE) afirmou nesta quarta-feira (11) que a prisão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva tem relação direta com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como uma grande articulação para prejudicar Lula e o PT.
Pimentel afirmou ainda que Lula, condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro, não teve direito pleno de defesa e que uma comissão de senadores de vários partidos deverá visitá-lo em Curitiba, “com os gastos pagos pelos próprios bolsos”. O senador disse não concordar com o isolamento a que o ex-presidente estaria sendo submetido, por não ter direito a receber visitas livremente.
Para ele, a postura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de não reconhecer a vitória de Dilma em 2014 colaborou para a crise política. Pimentel declarou em Plenário desde o momento em que não reconheceu os resultados, Aécio, derrotado no segundo turno na disputa pela Presidência da República, procurou afastar Dilma do poder.
O senador também lembrou que o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje também preso no âmbito da Operação Lava Jato, tentou chantagear Dilma para que a bancada do governo não votasse pela autorização de processo no Conselho de Ética da Câmara. Como Dilma não teria cedido, imediatamente Cunha aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment na Câmara, sempre apoiado pelos tucanos.
Além disso, o senador criticou a política econômica do governo de Michel Temer, que seria responsável por retirar o Brasil do posto de sexta economia mundial. Durante os governos do PT, disse Pimentel, o Brasil retirou mais de 40 milhões de pessoas da linha da pobreza e executava programas como o Ciência Sem Fronteiras, que foi cancelado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)