Projeto Raízes da Liberdade
“O trabalho dignifica o homem”, proclama o slogan do Projeto Raízes da Liberdade, executado pela Unidade Prisional de Senador Guiomard, com o objetivo de promover a ressocialização. Recentemente, o diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Aberson Carvalho, junto com a direção da unidade e representantes da Vara Criminal da Comarca da cidade, participou da conclusão da primeira fase do projeto: a entrega de uma extensão de terra para o cultivo de hortaliças nas redondezas do presídio.
A área interna já dispunha de um espaço menor para as plantações, que subsidiam o preparo das refeições dos apenados. Já a horta da área externa vai ampliar a quantidade de internos no trabalho e possibilitar a comercialização das hortaliças em maior escala, visto que há procura por parte de produtores que participam de feiras regionais na cidade.
A conquista é resultado de uma parceria privada, por meio da concessão do uso da terra. Toda a articulação foi feita pela direção da unidade, que contou com o apoio da Secretaria de Extensão Agropecuária e Florestal (Seaprof) para a prestação de assistência técnica e do poder judiciário local para a aquisição de material de infraestrutura.
A concessão foi feita pelo produtor Alexandre Vasconcelos, morador há 19 anos das proximidades. Segundo ele, nunca foi motivo de insegurança residir ao lado do presídio, pelo contrário: “Eu vejo isso é como uma questão de segurança pra mim e minha família, porque é visível a presença de policiais sempre aqui por perto. Isso me motivou também a ajudar, porque quem está aí dentro precisa de novas chances, e se a sociedade virar as costas poderão a voltar a cometer delitos novamente”.
O Raízes da Liberdade também envolverá a avicultura e a suinocultura, atividades previstas para as próximas fases do projeto. O objetivo do Iapen é tornar a unidade sustentável, com a geração de mais oportunidades de trabalho. “Essa já é unidade que é referência no estado e que tem investido em qualificação e políticas de ressocialização, o que nos orgulha. Assim teremos cada vez mais presos fora do ócio e mão de obra qualificada para que, no futuro, eles progridam e se reconduzam nas suas vidas tendo uma profissão”, enfatizou o diretor-presidente Aberson Carvalho.