“Não há necessidade de se fazer terra arrasada, e sim ajustes pontuais”, disse o treinador.
As falhas cometidas por Antônio Carlos tanto na final do Campeonato Paulista quanto no jogo contra o Boca Juniors bastaram para parte da torcida pedir sua cabeça no time titular, mas o técnico Roger Machado já deixou avisado que não trabalha assim.
“É um pouco injusto avaliar por 2 eventos a utilização e a capacidade do atleta. Tenho por preferência recuperar o atleta dentro de campo, mas também temos de observar a confiança do atleta. Tenho o Edu (Dracena) à disposição, assim como outros zagueiros, mas não vejo nesse momento a obrigatoriedade de mexer e gerar uma perda de confiança ainda maior” disse o treinador, em entrevista coletiva.
De acordo com Roger, as falhas de Antônio Carlos só aconteceram porque outros jogadores também vacilaram: “Assim como no gol contra o Boca, não posso tomar uma bola nas costas com meu lateral posicionado, como contra o Corinthians houve uma falha de comunicação. Tem um viés coletivo muito grande em cima das falhas individuais. Não há necessidade de se fazer terra arrasada, e sim ajustes pontuais”.
Além de não mexer na defesa, o técnico também não pretende promover outras alterações: “Neste momento não vejo obrigatoriedade de mexer nas peças e acredito que com os treinamentos e observações pontuais a gente consiga minimizar. Outro dia comentei que fazia 30 dias que não tínhamos folga, e nesse período não tivemos 5 treinos. Temos de treinar estratégia do jogo e ainda assim trabalhar essas questões pontuais. Se for necessário em algum momento a gente efetua as trocas”.
Roger ainda finalizou: “São 3 meses de trabalho, a equipe está evoluindo, mas sempre há ajustes para se fazer, mencionei que haveria instabilidades, pena que ocorreram agora, mas logo voltaremos ao nosso nível normal. O aproveitamento é bom e a produção também é de bom tamanho”.