Novo Prodetur surge com R$ 5 bilhões disponíveis para todo o Brasil. Para acessar o recurso, municípios têm de integrar o Mapa do Turismo Brasileiro
O Governo de Roraima, por meio da Seplan (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento) realiza nesta sexta-feira (27), a partir das 10 horas, uma reunião entre representantes do Departamento de Turismo do Estado de Roraima e prefeitos para apresentar o programa do Ministério do Turismo “Prodetur + Turismo”. O evento acontece no auditório da secretaria.
O Programa Brasil + Turismo, criado pela portaria nº 74 do Ministério do Turismo é um projeto de desenvolvimento do turismo nacional. Aqui, o programa se chamará “Roraima + Turismo”. Quem conduzirá a reunião é o diretor do Departamento de Turismo do Estado de Roraima, Ricardo Peixoto.
“O planejamento inicia com essa reunião. Nós vamos reunir os prefeitos, vamos ouvi-los. Se Roraima for ágil e os municípios forem perspicazes e tiverem a capacidade de gerarem projetos, nós poderemos ter mais recursos. É uma oportunidade que os prefeitos terão nesta parceria entre Governo do Estado e Governo Federal para criarem ações de desenvolvimento. Sabemos que eles não têm neste momento, a estrutura necessária para criar estes projetos. Nisso, o Governo entra como o gestor dos projetos. Vamos dar condições para que os municípios se planejem. Vamos ouvi-los em suas demandas, e depois, juntar todos os projetos e separá-los de acordo com as três regiões turísticas com um volume de recursos total”, informou o diretor.
Ações do Roraima + Turismo – Em Roraima, há 12 municípios divididos em três regiões turísticas que compõem o plano nacional do turismo, são eles: Águas e Florestas da Linha do Equador, Savanas Amazônicas e Extremo Norte do Brasil.
O objetivo é estruturar os municípios para o turismo criando estâncias de governança, capacitando primeiramente os gestores destas estâncias, que administrarão o processo e prestarão contas ao Ministério do Turismo.
“Estes doze municípios estão habilitados para fazer parte do Prodetur + Turismo. Existem várias formas de se trabalhar com eles, uma delas é por meio de estâncias que vão deste uma associação de classes até mesmo uma fundação, desde que tenhamos a participação da iniciativa privada e do poder público. com isso, estaremos dando todas as condições para que os municípios possam se estruturar”, informou.
Infraestrutura – O processo de estruturação pode envolver desde melhorias no acesso para os atrativos como estradas, pontes até melhorias dos atrativos e construção de novos, tudo para que o município tenha melhorias e fique pronto para receber turistas.
Recursos – Roraima dispõe de U$ 124 milhões para o Prodetur + Turismo. Os recursos foram captados anteriormente via Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e atualmente estão disponíveis via Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDS).
“Para financiar as ações de desenvolvimento destes novos projetos, o Ministério do Turismo reativou o programa que antes se chamava Prodetur, que foi encerrado em 2015. A diferença entre o Prodetur e o Prodetur + Turismo é que o antigo tinha um modelo de desenvolvimento do Estado baseado na capital, enquanto que o segundo tem as ações concentradas nos municípios que fazem parte do Mapa do Turismo”, disse Peixoto.
Etapas – A captação dos recursos financeiros depende muito dos prefeitos e das equipes que estarão envolvidas nos projetos. O mais importante no momento é a formação destes gestores.
Passo 1: explicar aos prefeitos a importância e o conhecimento do que é o Roraima + Turismo;
Passo 2: Sensibilização e criação dos órgãos municipais de turismo;
Passo 3: Inicio do planejamento das obras estruturantes;
Passo 4: Ordenamento do turismo criando os produtos de cada município e
Passo 5: A regionalização do turismo, pensar o turismo de forma ampla.
Turismo como rotas – Um dos últimos processos é direcionar o pensamento político e administrativo dos munícipios com ações em bloco, ou seja: pensar o turismo como rotas. Criar caminhos que deem ao turista não apenas a sensação de conhecer um lugar, mas sim, criar um roteiro que possa, ou não, passar por dentro de outros munícipios.
“Cada município tem que estar pensando no seu vizinho, não dá mais para os municípios oferecerem seus produtos de forma isolada. Por exemplo: Boa Vista não se vende só, quem vem pra capital quer conhecer outros lugares também e assim por diante, como conhecer o Tepequem e o Monte Roraima. Se temos o turismo náutico, quem pode oferecer? Temos Rorainópolis e Caracaraí”, disse.